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Mensagem por Hazel Guinevere Nikolaev Sex Jun 28, 2019 12:51 pm

DO IT FOR ME
A passagem a seguir é FECHADA AOS ENVOLVIDOS. Os envolvidos são Hazel Guinevere Nikolaev e Hektor Gottschalk. Em SETOR DE PESQUISA E DESENVOLVIMENTO DA BASE MILITAR, por volta das 14:00. O conteúdo que o texto aborda é LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS.

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Mensagem por Hazel Guinevere Nikolaev Sáb Jun 29, 2019 8:47 pm



I found solace in the strangest place. Way in the back of my mind. I saw my life in a stranger's face and it was mine.
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Ainda criança, Hazel aprendeu a história sobre a construção das muralhas. Cresceu ouvindo Miranda falar sobre a importância da base militar de Le Ange em proteger o império, a comunidade e garantir os recursos necessários para a sobrevivência. Nunca havia pensado sobre o caminho que trilharia quando crescesse, porém, a morte do pai incitou sua escolha em ser da tropa expedicionária. Sem almejar um futuro glorioso ou grandes objetivo, Nikolaev é focada em cumprir seu dever. Alguns companheiros questionam a postura imparcial e um tanto quanto fria da garota de olhos castanhos, mas ela não compreendia o estranhamento, afinal, não sabia viver de outra fora. Ou, pelo menos, nunca havia aprendido a viver de outra forma. Fora criada para cumprir regras e sobreviver.

A voz de Calvin ressoou mais uma vez, atraindo a atenção de Guinevere. — Preciso pensar. – Respondeu com calma, segurando com firmeza as rédeas do cavalo. Após o sol nascer, ela e o homem deixaram a segurança das muralhas com a missão de buscar suprimentos, mas no caminho de volta depararam-se com uma substância azulada e pegajosa que recobria uma rocha. Era óbvio que não deviam se aproximar, até porque poderia ser venenoso. Hazel nunca tinha visto algo parecido e com a situação crítica em que se encontravam, não deveria incomodar os superiores, principalmente se não fosse nada demais. Pense, pense.. A dúvida era descontada nos lábios cheios, cujos quais mordia na tentativa inútil de encontrar uma resposta.

Era sua obrigação reportar a descoberta, porém, não era justo retardar as outras preocupações da tropa com algo que, talvez, não fosse útil ou merecesse realmente atenção. Poderia solicitar que alguém da linha de pesquisa e desenvolvimento avaliasse o líquido azulado. Por mais que odiasse a ideia, precisava da ajuda dele. Hazel suspirou pesadamente e revirou os olhos, ficando visivelmente irritada. — Calvin, não diga nada para ninguém, ok? Eu tive uma ideia. Confie em mim. – Disse por fim, alinhando as rédeas do equino e cavalgando em direção as muralhas.

[...]

A base onde funcionava as pesquisas da base militar era diferente dos campos de treinamento que estava acostumada. Não tinha o hábito de visitar o local, mas sabia onde encontrar o químico que precisava. Por vezes, enquanto caminhava, pensou em retornar e reportar o ocorrido para a tropa expedicionária, mas ao mesmo tempo algo a impedia. Estava sendo racional e apesar de não estar cumprindo o protocolo padrão, estava pensando no bem de todos. A atual situação do império era crítica, além da falta de suprimentos estavam sofrendo grandes perdas durante as explorações no exterior da muralha. A taxa de mortalidade estava crescendo e, com ela, a preocupação de todos. Não confiava em Hektor, mas sabia que ele era o único que toparia avaliar a substância encontrada sem fazer grandes perguntas, além de não ter nenhum apego a burocracias.

— Hazel Nikolaev. Sou da tropa expedicionária e preciso falar com Hektor Gottschalk. – Identificou-se na entrada para os guardas responsáveis, seguindo pelos corredores após a liberação. Como tratava-se de um lugar restrito da base de Le Ange, a segurança era redobrada, afinal, os avanços tecnológicos da humanidade dependiam das pesquisas desenvolvidas. Acompanhando um guarda com o triplo de sua altura, a russa permaneceu em silêncio e pensativa. O que diabos você está fazendo? Isso é errado! , resmungou uma voz em sua cabeça, fazendo-a hesitar ao ficar de frente para a sala de Hektor. A morena respirou fundo e aguardou por alguns minutos, encarando o químico no instante em que o mesmo surgiu em seu jaleco de dentro do cômodo fechado.

Com o semblante ainda apreensivo, Hazel fisgou o canto do lábio inferior. Não era próxima de Hektor, mas o conhecia o suficiente para entender – mesmo que minimamente – sua personalidade. Era detestável a ideia de precisar dele, mas não conseguia encontrar outro caminho. — Podemos conversar? – Perguntou com os olhos fixos nos dele, desviando lentamente para o guarda que a acompanhava, cuja presença era desnecessária. — Sozinhos? É importante.

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Mensagem por Hektor Gottschalk Dom Jun 30, 2019 1:27 pm


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Os dias que se passavam dentro do laboratório de química - e de pesquisa - de Le Ange não eram nem um pouco animados para Hektor. Durante os últimos meses, não parava de pensar e comparar sua realidade de liberdade com a que tanto almejou há três anos atrás, quando decidiu sair de Calipso e se aventurar em uma vida agitada e militar. Talvez e, só talvez, aquilo não chegava nem perto do que ele esperava. Por mais que seu tempo fosse bem escasso devido à alta demanda de análises de substâncias, o Gottschalk se via muita das vezes em meio ao mais puro tédio, acabando por criar coisas e experimentos aleatórios para que somente ele pudesse ver. Parecia que ou ele deveria escolher entre a diversão ou entre o encanto familiar pela química... O problema é que nada mais o surpreendia nessa última opção.

Assim que atendeu uma ligação de anuncio de visita, Hektor franziu a testa e sorriu ao mesmo tempo. O nome da visitante era conhecido pelo rapaz, mas não fazia sentido ela estar ali por ele. Aquilo - as visitas em geral - não era comum, tirando algumas poucas visitas discretas de pessoas aleatórias com pedidos mais aleatórios ainda. Estava acostumado a receber solicitações de análises secretas de substâncias e, acredite se quiser, de encomenda de drogas - principalmente as químicas que Hektor tinha uma facilidade enorme de fazer e vender por preços absurdos -, mas sabendo do perfil rígido e bem correto de Hazel, Schalk só conseguia pensar na primeira opção; E mesmo assim, a situação continuava estranha. Ele sabia que era, provavelmente, a última opção em tudo para a garota.

Sabendo que talvez aquela situação seria exaustante, Hektor não ousou se levantar rapidamente da única cadeira confortável que tinha diante de uma mesa de vidro, onde seus pertences, cadernos de anotações, notebook e livros descansavam de uma maneira bagunçada. O sorriso malicioso e matreiro não saiam de seus lábios enquanto seu olhar se fixava na porta à frente. Não demorou para que alguém batesse na porta e, com um suspiro longo, ele se levantar enfim. Andou preguiçosamente até o local e abriu a porta, dando de cara com um oficial carancudo e uma Hazel pequenininha e também com a cara fechada. — O humor não tá muito legal não? — Perguntou soltando um riso debochado, alternando o olhar entre a garota e o oficial até que a voz dela soasse. Seu olhar à ela possuía um interesse e curiosidade. — Sim, podemos. — Ele sorriu de qualquer jeito, olhando para o oficial e gesticulando apenas com um sinal de cabeça para que ele seguisse seu caminho a diante. — Você ouviu, ela quer conversar sozinha comigo. — Piscou, brincando com o assunto e deixando algo no ar sobre o "sozinha".

Abriu mais a porta e deu as costas à eles, entrando novamente dentro do ambiente fechado e esperando que ela fechasse a porta. — Eu até te convidaria para sentar mas só tem uma cadeira. — Disse ao chegar perto do assento e tomá-lo para si sem nem pensar duas vezes. Esticou o corpo, espreguiçando-o na cadeira enquanto encarava em silêncio, sorrindo de leve ao perceber que ela não era de muitas palavras. Ele pigarreou. — Enfim... O que te traz aqui, Hazel? Pensei que você nunca mais queria dar de cara comigo ou, abre aspas, estar no mesmo ambiente que eu. Pelo menos foi o que você disse da última vez que nos vimos. — Movimentava seu corpo na cadeira, fazendo com que ela girasse para os lados repetidamente. Os dois eram do tipo mais oposto que se podia encontrar dentro de Le Ange e, infelizmente, Hektor já havia tirado ela do sério em uma situação antiga.  


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Mensagem por Hazel Guinevere Nikolaev Seg Jul 01, 2019 12:25 am



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Hazel acompanhou o oficial se afastar, voltando-se para o químico apenas quando teve certeza de que estavam sozinhos. Ele não havia mudado nada desde a última vez que tinham se encontrado. Sempre irritante, debochado e relaxado. Com um revirar nos olhos adentrou a sala de Gottschalk e fechou a porta atrás de si, encarando-o afundar na cadeira como o bom preguiçoso que era. — Acredite, se não fosse importante eu não estaria aqui. – Disse com sinceridade, atentando-se para os diversos recipientes de vidro e livros espalhados pelo cômodo. A mesa dele era tão desorganizada que ficava difícil entender como alguém conseguia trabalhar daquela forma. Entretanto, por mais duvidoso e indisciplinar que Hektor fosse, seus conhecimentos eram inquestionáveis e um tanto quanto admiráveis. Ela reconhecia isso.

O semblante da Nikolaev permanecia imparcial mesmo com as provocações do rapaz. Por mais que possuíssem suas diferenças, não estava lá para discuti-las. Recostou o corpo em uma das bancadas e cruzou os braços sob o busto antes de encarar os olhos alheios. Ainda tinha receio se podia ou não confiar nele, até porque se ele comentasse sobre o assunto com alguém, ela poderia até mesmo ser expulsa da base militar. Quando o silêncio se tornou quase incomodo, a russa umedeceu os lábios e suspirou. — Hoje, quando estávamos voltando de uma missão fora das muralhas, encontramos uma espécie de... – Hazel esforçou-se para lembrar de cada detalhe do que havia visto, sendo perceptível em seu semblante a dúvida sobre o assunto. — Era uma espécie de líquido azul e pegajoso recobrindo uma rocha. Pode não ser nada, mas ainda assim é estranho. Eu nunca tinha visto algo como aquilo, Hektor. – Os orbes cor de avelã pousaram sobre os dele na tentativa de faze-lo prestar atenção em suas palavras. Precisava mostrar para ele que aquilo não era brincadeira ou motivo para piada.

Pela primeira vez ela não tinha ideia do que estava fazendo. Pela primeira vez estava descumprindo um protocolo padrão, mas sentia que era aquilo que devia fazer. Sentiu o corpo trêmulo, mas era impossível voltar atrás em sua decisão. Calvin havia prometido sigilo apenas por um dia, caso ela não retornasse com respostas ele contaria tudo para os superiores. Gottschalk era sua única opção, por mais detestável que fosse. — As coisas não estão fáceis nas muralhas e toda a base militar está articulada para minimizar os impactos. Eu só... – Hesitou mais uma vez, dando alguns passos em direção ao químico até ficar de frente para ele. — Eu não quero alarmar ninguém sem necessidade. Então, eu preciso saber o que é aquilo. Nós precisamos. – Frisou o “nós” intencionalmente, antecipando o real motivo de ter ido vê-lo.—Preciso da sua ajuda para analisar aquela substância, mas sem contar para ninguém. Apenas eu e outro colega sabemos, e agora você. – Finalizou, retornando para a bancada em seguida.

A expressão de Hektor era uma completa incógnita para ela, e toda aquela situação embaraçosa demais. Ele era a última pessoa que gostaria de compartilhar seu “burlamento de regras”, afinal, era conhecida por ser certinha demais. Na verdade, a primeira vez que os dois discutiram foi justamente por isso. — Você pode me ajudar? – Questionou sem fita-lo diretamente, sentindo as bochechas corarem. — Eu não pediria se não fosse importante. – Fisgou o lábio inferior e voltou os olhos para os dele rapidamente, cruzando os braços novamente sob o corpo pequeno. Por um momento Hazel olhou em volta, certificando-se de que realmente estavam sozinhos ou se tinha alguma câmera pelo lugar. Sempre ouvia comentários sobre a vigilância dentro do prédio de pesquisa, mas Gottschalk não parecia do tipo que deixaria que o vigiassem. Ele era imprevisível e, por isso, temia sua resposta.

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Mensagem por Hektor Gottschalk Ter Jul 02, 2019 10:15 am


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Se houvesse uma característica que poderia descrever a porcentagem maior da personalidade de Hektor, essa com certeza seria a característica de ser folgado. O modo que sentava, o modo que andava e até mesmo o que falava passavam a mesma impressão na maioria das vezes em que ele se comunicava com alguém. Talvez fosse o real motivo de ser uma das pessoas mais odiadas dentro da base de Le Ange; E também, uma das mais amadas por assim dizer. Assim que a garota começou a se movimentar pelo local fechado, os olhos de Schalk a acompanharam lentamente e precisamente, tentando de alguma maneira decifrá-la. Hazel começa a falar e um sorriso satisfeito volta à preencher os lábios do maior. Ela parecia diverti-lo. — Realmente, se não fosse algo importante e interessante você não estaria aqui. — Ele soltou a fala juntamente com um riso discreto e debochado.

O silêncio incomodo de Hazel não foi passageiro e mesmo após Hektor ter tentado descontrair o ar pesado, ele não pode deixar de franzir a testa, estranhando aquilo tudo. Começava a ficar ansioso, se perguntando o que diabos ela realmente queria e quando ela finalmente desembuchou, tudo ficou mais claro na mente do químico. Processando toda a informação de Nikolaev, ele suspirou intrigado, elevando as sobrancelhas como um gesto de surpresa boa. Ela tinha a atenção dele e nem mesmo o olhar intenso que direcionara à ele fora necessário. Sorriu e assentiu com a cabeça, gesticulando para que ela continuasse o assunto. Ele ficaria em silêncio até que ela terminasse.

De fato a situação parecia verossímil e complicada para a oficial diante de Hektor, que mesmo em silêncio e prestando atenção na fala da menor, não parava de processar o assunto principal em sua mente: a substância azul. Muitas toxinas atuais e resultantes da catástrofe mundial possuíam a coloração azul, mas em contrapartida, poderia ser algo sem muita importância, o que com certeza o deixaria chateado e irritado. Se fosse esperto o suficiente o quanto achava que era, sabia que aquele pedido escondia o fato de que sim, Hektor teria que sair das muralhas. Era um pedido ousado, realmente... Até porque não era certo de que ele teria permissão para aquilo, o que deu à ele outra ideia: Ela não estava cogitando o fato de fazerem aquilo de acordo com a legislação de Le Ange. Ao perceber isso, a expressão e postura corporal de Hektor mudou. Era perigoso e contra a lei... Ele se sentiu atraído imediatamente. — Ahh, eu gosto da ideia!
 
Enquanto inclinava seu corpo um pouco mais para frente e deixava suas mãos acima da mesa, Hektor pensava em uma maneira inteligente de aceitar aquele acordo. Ele queria e almejava por aquilo, é verdade, mas gostaria também de receber algo em troca. De repente, aquele trabalho expedicionário parecia muito apetitoso. Assim que o pedido formal veio, junto de uma Hazel corada e provavelmente embaraçada, Hektor se levantou. — Eu super topo dar esse rolezinho discreto com você, pequena Hazel — Debochando como sempre, ele sorria ao dar a volta na mesa e ir na direção da oficial lentamente. — Mas não é preciso dizer que vamos ter trabalho em fazer isso, não é? Afinal, tem probabilidade de sermos detidos. É uma faca de dois gumes, não acha? — Chegou próximo à ela, mais mantendo uma distância boa. — Pois é, eu acho... E sendo assim, eu também vou precisar de um favor. — Sorriu dissimuladamente, afastando-se novamente e passando à andar por entre os instrumentos químicos. — Eu venho pensando esses dias... Na verdade, você até que foi um sinal divino para mim, se quer saber — Ele pigarreou, voltando ao assunto — Mas então, eu venho pensando e... Esse trabalho está muito parado para mim. Você chegando do nada e wow, falando sobre uma substância estranha... Meu coração foi fisgado. — Ele parou de frente aos tubos de ensaio, virando de costas à eles e escorando o corpo na mesa. — Acho que eu quero mudar de cargo e uma indicação sua seria bem-vinda. O que acha? — Cruzou os braços e deu de ombros, deixando para que ela escolhesse o final.        


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Mensagem por Hazel Guinevere Nikolaev Dom Jul 07, 2019 3:34 am



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Nos minutos que se seguiram, Hazel limitou-se a observar os movimentos do químico enquanto aguardava uma resposta. Estava preparada para qualquer possibilidade, mas ansiava para que fosse afirmativa. Se alguém a visse, provavelmente não acreditaria no que estava fazendo. Na verdade, nem ela conseguia crer nas suas ações e decisões. Cogitava estar sendo movida por uma espécie de altruísmo repentino, ou simplesmente estava cansada da acomodação que se instalou no interior das muralhas. Muitos acreditavam na segurança eterna daquelas paredes, inclusive membros da tropa expedicionária, e não conseguiam visualizar a situação crítica em que se encontravam. Nikolaev sentia que precisava ir além, precisava continuar, pois enquanto continuasse respirando era sua obrigação continuar vivendo. Sobreviva, a voz do patriarca da família soou em sua cabeça. Conseguia ouvi-lo todos os dias, ressoando em sua mente como uma espécie de mantra. Ele era sua maior motivação.

A perspicácia na fala de Hektor não foi nenhuma surpresa para a russa, mas ainda sim esperava que ele tivesse um pouco de discernimento. Se bem que, era muita ingenuidade sua acreditar que ele a ajudaria de graça. — Você é mesmo inacreditável. – Um suspiro foi o suficiente para demonstrar sua decepção com o maior. Não possuía grandes esperanças nele, mas por um segundo imaginou que poderia contar com ele. A tropa expedicionária era sua família, não poderia colocar todos em risco por algo que soava mais como um impulso de uma pessoa desesperada. Normalmente, apesar da cooperação de todos, as taxas de mortalidade de seus membros eram gritantes, sendo minimizado o número de vítimas através do trabalho em equipe. Gottschalk não parecia do tipo que cooperava com alguém além de si mesmo, ele seria incapaz de entender uma relação como a que Guinevere estava acostumada.

— Minha resposta é não a sua proposta. – Disse, decididamente. – Eu jamais colocaria meus amigos em risco para saciar um capricho seu. – Hazel encontrava-se em uma situação delicada, afinal, o químico tinha informações o suficiente para prejudica-la. Ela moveu os ombros como se estivessem pesados demais para suportar. Amava viver em Le Ange, fazer parte do corpo militar, mas estava preparada para sofrer as consequências de seus atos. A russa castigava os lábios roliços mediante a tensão na atmosfera, recusando-se a encarar diretamente o homem. — Você não entenderia.... – Murmurou em voz baixa, erguendo o olhar novamente para ele. – Pode soar estúpido para você, mas dependemos uns dos outros nas missões. É estabelecida uma confiança nos grupos. Você não entenderia, não consegue olhar para nada além do seu próprio umbigo. Não seria capaz de ter um vínculo assim. – Guinevere avançou na direção do Schalk, ficando a apenas alguns centímetros do mesmo. — Pode me entregar para os oficiais, faz o que quiser. Eu não me importo. Não vou arriscar a vida dos meus amigos só porque você está entediado com o seu trabalho aqui. Lá fora não é um parque de diversões. – Estava há tempo suficiente na tropa expedicionária para afirmar com propriedade os horrores que existiam além das muralhas. Ela presenciou pessoas morrerem para as mais variadas criaturas existentes. Hektor não conhecia a dor de perder um companheiro. Para ele, tudo não passava de uma aventura, por isso era tão difícil para a russa conviver com alguém como o Gottschalk. Tudo que prezava era efêmero para ele.

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