Juste un jour de plus

A passagem a seguir é FECHADA AOS ENVOLVIDOS. Os envolvidos são James Cheshire e Blake. Na base militar de Le Ange, por volta das dez horas da noite. O conteúdo que o texto aborda é LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS. No texto, James e Blake conversam durante uma confraternização simples dos expedicionários. Um pouco de comida e lenha na fogueira simples, apenas uma interação de conhecidos de um mesmo grupo social com realidades parecidas.

Não tinha real conhecimento de muitos na tropa, ia nas expedições, mas fora do “trabalho” agia meio roboticamente sem laços pois reconhecia o perigo deles e os temia também. A ideia de ser traído circundava minha mente como um peão que girava sem fim. Podia ir atrás de quem matara meu pai, mas os ideais deles poderiam não ser realmente deles de verdade e sim do exército sobre cargos e algum tipo de fama maior, talvez um tipo de chance de sair dessa vida. Desconhecendo essa aspiração com Éliphas de capitão, ou Lancas (Val) no grupo, aquilo parece mais louco como um sonho que sequer se admite ter tido um dia.

O primeiro possuía chamas, não tão perigosas como as minhas, mas chamas ainda assim e com sua idade com certeza era mais experiente em combate do que poderia chegar ainda com sete anos na tropa. Já o segundo, ele era bonito e assustador com um potencial que não sabia se queria ficar acima dele, com certeza não o controlaria e apesar de respeitar, era mais uma segurança pessoal. Aquele primeiro treino em mente e mesmo hoje não conseguia assimilar uma posição em que fosse dar qualquer ordem que fosse a ele, como lobos disputando para alfa: até a morte.

Temia meu pescoço enquanto dormia, me provar fora das muralhas já era mais do que desafio suficiente para minha vida, não precisava tornar reais as loucuras de uma mente viajante. O café quase parecia adulterado tamanha eram as ideias que me levaram a crer em possibilidades inusitadas. Um dia sim era possível, hoje não com certeza. James havia me chamado de noite perto da garagem, onde muitas vezes ficamos para matar o tempo bebendo e comendo coisas do refeitório.

Erguendo o indicador direito pelo local quando ficava mais escuro pelo teto me afastando da claridade fornecida pela lua. Deixando tudo quase vivo pelas sombras que as coisas passavam a ter, me deixando mais curioso com o porquê daquele encontro me lembrando de monstros mortos e agindo não sendo exatamente lembranças. Eram como fantasias com o fogo, dançando vivas e se agitando conforme me movia, até que pude parar numa caçamba de carruagem para me sentar e esperar o outro chegar.  

Podia com certeza jogar um jogo de sorte tentando adivinhar o que iria ser falado, basicamente por ter minhas opções em minha mente e a resposta de fato não ser realmente algo que eu saberia.  

Sem ninguém ainda chegado parecia que o convite não havia sido feito para as pessoas certas, como se não houvesse quem chamar. A falta de alguns dos guardas cachaceiros me tirava essa dúvida e ficando com quase certeza desse fato ainda mais por não ter muito o que tivessem para aproveitar além da minha presença. Eu não sabia como aquilo realmente era, senão talvez poderia ter chamado mais pessoas, mas também com receio de ser algo mais fechado com um número certo de quem queria ali. Ouvi um barulho estranho que me fez levantar a mão direita liberando o braço todo em chamas como uma claridade específica e possível movimento se fosse ofensiva a origem do barulho.

Era o garoto, já reconhecendo de vista o mesmo, tinha praticamente a mesma idade apesar de origens diferentes. Abaixei meu braço apagando as chamas, não queria parecia uma ameaça a ele, não era realmente por mal e correspondi ao cumprimento dele. Ele não parecia um monstro realmente, agradecendo não ter queimado um companheiro de tropa por achar que era uma das criaturas que invadiu a base. Confirmando com a cabeça com um gesto simples, afastando a mão me equilibrando na carroça de novo.

A ideia de quem o convocador traria mais pessoas me traiu, realmente notando que talvez o garoto não tenha chamado as pessoas certas para beber. Sua pergunta esclarecia que pensara em parte do entretenimento e o respondi com um gesto de cabeça já me servindo com um copo de cerveja. Ele se afastou um pouco me dando a liberdade de me servir sozinho e o ouvi se apresentar. Sorri e o respondi: - Já te conhecia, mas prazer. Sou Blake. - Diminui o sorriso até desaparecer, dando um gole da bebida provando do gosto da mesma antes de falar qualquer outra coisa.

Pigarreei um pouco levemente sem graça com aquela questão: - Porque só nós? Não conhece os cachaceiros ainda? - Sorrindo sem graça, questionando-o com a maior dúvida de só haver nós dois ali. Ele não parecer querer algo extra comigo, então não considerava aquilo um encontro. Parecendo mesmo uma tática de entrosamento que falhou, mas era só saber quem ajudar nesse caso.