BATISMO Orion Demiurgo Weingarten
NASCIMENTO 3 de março
ANOS 19 anos
RESIDENTE Distrito Real de Calipso
DESCENDENTE Polonês
MORAL Chaotic Evil
FUNÇÃO Príncipe | Cientista-Chefe do Laboratório Lambda —  No subterrâneo do hospital Nova Gênesis no centro comercial de Kaleo, há um laboratório secreto para pesquisadores fazerem experimentos em cobaias vivas, incluindo quimeras.

Fisiologia Bestial é uma individualidade mágica que permite Orion a apresentar de maneira completa ou parcial, qualquer característica de criatura terrena que existe, existiu ou que pertença à ficção. Isso faz com que o príncipe seja uma criatura naturalmente amorfa que pode assumir a forma que desejar, então sua forma humana cotidiana é a aparência envelhecida daquela que ele possuía antes de despertar sua individualidade. Em sua verdadeira forma, é um líquido um pouco denso de cor negra com manchas douradas e gosmento que não se encontra na tabela periódica, algo além da compreensão humana, auto-sustentável e com um alto grau de regeneração.
Uma característica importante nas transformações desse poder é que elas são incapazes de serem perfeitas, sempre deixando um membro a mais, ou olhos extras, por exemplo. Em sua forma humana, Orion costuma piscar com pares extras de pálpebras que se fecham na horizontal. Isso se dá por causa das suas transformações em criaturas lovecraftianas que corrompem todas as demais. Mesmo assim, ainda é possível esconder esses detalhes que o expõe.
Inicialmente, é possível se transformar em animais comuns que sejam conhecidos por ele de maneira parcial ou completa, como esticar tentáculos ou abrir um par de asas de morcego em suas costas até se transformar em um cachorro ou um elefante —, ou permanecer em sua forma líquida em que pode moldá-la como desejar, além de poder ser atravessado por objetos, como lâminas e balas. O principal uso do poder é feito na base de inúmeros tentáculos negros com manchas douradas e ventosas também douradas, esses que podem surgir a partir de qualquer parte de seu corpo ou serem as partes de seu corpo transformadas em tentáculos, como os membros ou o próprio rosto. Com o tempo, descobrirá que suas transformações podem ir além, assim imitando animais extintos, espécies novas e outras possibilidades.
Ainda sobre os monstros de Lovecraft dos quais pode se transformar, vale ressaltar que sua magia vem principalmente deles. Através deles, é possível fazer uso de uma magia antiga que não faz uso de energia mágica convencional, e sim da própria imaginação e loucura que há no cosmos advinda de todos os seres vivos. Os efeitos dela tendem a ser de destruição, manipulação de matéria orgânica sem vida, intrusão onírica, criação de monstros inconscientes, e mais.
Fraquezas: 1) Como a individualidade tem um gasto constante de energia por estar sempre em uso, é necessário consumir almas para se abastecer. Toda criatura morta próxima de Orion tem sua alma consumida, no entanto, somente almas de quimeras ou ghouls são capazes de saciá-lo; são necessárias duas almas no mínimo por semana.
2) Não se sabe ao certo o porquê, mas a individualidade faz com que Orion sofra mais quando está há muito tempo sem seus vícios em doces e cigarro. Na abstinência, ele perde o controle de seu poder, ficando incapaz de permanecer em uma forma realista, mudando entre várias ao mesmo tempo por todo o corpo. Nesse estado, ele tende também a raciocinar devagar, quase como uma fera e só volta ao normal quando consegue um de seus vícios de volta ou após devorar carne humana. E caso permaneça sem seus vícios por mais de 72 horas, seu corpo começa a enfraquecer drasticamente, ficando incapaz de se mover rapidamente. Embora não morra, ele passa desejar pela própria morte.
3) Magias de purificação ou banimento tem forte efeito sobre ele, fazendo com que ele sinta dor no lugar de ser purificado e ficando fraco enquanto a magia é mantida ativa, enquanto o banimento é impossível de ser resistido, fazendo-o ir para um lugar distante de acordo com o grau da magia utilizada.

• Mente Alienígena: Diferente das quimeras comuns, a cabeça de Orion tem um meio de funcionar completamente único. Essa é a razão para a dificuldade dele em compreender as emoções humanas, embora seja completamente capaz de simulá-las para interagir com outros seres. Visto que ele pode mudar de forma, sua mente também detém a mesma capacidade, podendo se expandir para aumentar a velocidade de seu raciocínio e compreender o universo através de ângulos únicos, como ver de maneira similar aos insetos ou do mais sábio humano que existiu. Além disso, sua psique tem uma estrutura de masmorra sempre em mudança, fazendo com que a entrada de invasores telepatas seja difícil, visto que podem cair em armadilhas mentais ou acabarem por saírem da mente dele e entrarem na deles mesmos, provocando dores de cabeça e às vezes desmaio. E como Orion consegue dividir o próprio corpo, é possível para ele colocar pequenos cérebros em partes separadas, possibilitando assim incluir sua vontade em outros corpos em que ele consiga por esses cérebros — que normalmente o faz com formato de olhos com tentáculos que se infiltram na carne do alvo, fazendo com que seja perigoso arrancá-lo sem provocar uma hemorragia grave na vítima. Ou seja, com esses olhos ele é capaz de exercer controle e invasão mental como um parasita de forma literal e a distância, visto que consegue se comunicar mentalmente com partes separadas de si.
  
  
• Passos Instantâneos: De maneira idêntica ao Slender Man, Orion consegue se teleportar curtas e grandes distâncias de maneira instantânea. Isso faz com que seja possível ele ir de um ponto ao outro de um corredor antes que alguém no final dele se vire para escapar. Embora não haja limite para o alcance desse vínculo ou para o número de usos, só é possível se teleportar quando não está sendo visto por alguém que possua alma, precisando então esperar que o mesmo pisque ou lhe perca de vista de alguma forma. Para longas distâncias, é preciso conhecer o lugar para onde deseja ir, ou aparecer atrás de alguém que já tenha visto, mesmo que a pessoa se encontre em uma localização desconhecida para Orion. Quanto maior o salto, maior é a sensação de medo provocada nas pessoas por perto. Portanto, não é um vínculo eficaz para ataques surpresa.
  
  
• Encarnação do Medo: Assim como Pennywise, através desse vínculo, Orion é capaz de descobrir todos os medos das pessoas ao seu redor e se transformar neles ou criar uma ilusão com eles. Funciona como uma espécie de controle mental onde a realidade da vítima é moldada com todos os seus maiores temores. Orion detém total controle sobre essa ilusão e ela é compartilhada com todos que estiverem por perto dele, mas somente um cenário pode ser feito por vez, embora seja possível acrescentar mais figuras que podem ser completamente ilusórias (incapazes de ter algum contato físico com a realidade) ou ilusões por cima de seres reais, como fazer o amigo de alguém se parecer com um monstro. A ilusão afeta todos os sentidos das vítimas e só pode ser ignorada por quem tenha resistência psíquica. Caso o alvo fique inconsciente, todos os medos dele desaparecem, permanecendo somente quaisquer outros que pertençam aos demais por perto, caso haja algum. Junto da sua capacidade de se transformar em monstros e animais, Orion pode se tornar o medo da vítima pelo tempo que desejar, como um rato gigante ou um médico assustador. O uso excessivo desse vínculo pode acarretar em uma ansiedade generalizada em suas vítimas ou, até mesmo, um pânico constante. Isso faz com que Orion se torne um trauma que só pode ser desfeito ao derrotá-lo pelo menos uma vez, a forma de se tratar um medo.
  
  
• Controle da Divisão Celular: Além de ser capaz de transformar qualquer parte de seu corpo em alguma criatura por completo ou parcialmente, Orion também é capaz de exercer controle sobre a divisão de suas células, podendo assim aumentar seu tamanho ao forçar uma divisão contínua e acelerada, fazer com que sua regeneração seja praticamente instantânea e o principal, fazer clones de si mesmo a partir de qualquer parte de seu corpo. Com um pedaço de pele, ele é capaz de criar um clone inteiro que é conectado à sua Mente Alienígena — que atua como uma mente-colmeia. Seus clones possuem todas as suas memórias devido à Mente Alienígena e são autossuficiente, o que quer dizer que podem se manter distante do “original” e servirem como backup no caso de morte dos outros clones e do original, portanto, cada um pode se tornar um principal de maneira inconsciente ou consciente. Orion pode optar por interromper a divisão celular de seus clones e, caso não os alimente com almas, eles acabarão por se liquefazer, tornando-se inutilizáveis. Vale ressaltar que esse controle não é direto quanto às células, e sim quanto a divisão delas. Visto que a forma verdadeira de Orion não possui órgãos vitais, mesmo que seu coração ou cabeça sejam destruídos, ele consegue ainda se regenerar do que sobrou no mesmo instante ou de maneira atrasada, se ele desejar.
  

Antes de seus irmãos descobrirem a aproximação da chegada de Orion ao mundo, ele já sabia da existência deles. Sua mente desde sempre funcionou de maneira especial, o que impediu que sofresse da amnésia infantil, mantendo assim toda informação coletada desde que se encontrava no útero de sua mãe. Todos os dias desde que desenvolveu percepções quando ainda era um feto, ficaram guardados com ele. E como estava conectado à mulher que iria tê-lo, acabou por analisá-la o tempo inteiro. Algo comum para um filho, ter sua atenção voltada à sua progenitora. No entanto, a figura materna se tornou um incômodo. Ele descobriu, anos depois, que ela havia abandonado sua vida recheada de aventuras para viver junto daquele que inseminou seus óvulos. Incapaz de compreender aquilo que chamam de “amor”, o príncipe passou a odiar quem deveria ser sua figura materna.

O fato de pertencer a família imperial nunca o interessou, assim como tudo de ordinário o incomodava. Por isso sua atenção nunca foi tomada pelos assuntos burocráticos, nem de etiqueta. Muito cedo ele apresentou sua individualidade, mostrando-se uma combinação de seus pais, monstruosidade e magia. Algo que fez seu pai se aproximar ainda mais dele, enquanto tinha o efeito contrário em relação à mãe. Por isso ele começou a estudar magia quando não estava em seu quarto fazendo autópsias em animais que agarrava com as ventosas de seus tentáculos.

Embora tenha percebido logo sobre a preferência de seu pai por sua irmã mais velha, Orion não se incomodou com isso. Ele sabia o que era ensinado à garota e não a culpava por nada, nem mesmo tinha pensamentos negativos quanto ao imperador. Sua atenção não era voltada para magia, embora tivesse o dom para usá-la. Buscava, por outro lado, sempre se manter em uma busca por conhecimento sobre a vida. E foi esse fascínio que levou sua irmã, Ravena, a descobrir o que acontecia no quarto do jovem príncipe. Ela conseguiu imaginar o que o futuro reservava para o pequenino e por isso não hesitou em fazê-lo sair daquela casa. Apesar de tudo, o mais incrível nisso era a confiança que o garoto possuía pela mais velha. Sem questionar, atendeu aos pedidos dela para forjar uma briga tão grande que incomodaria a mãe deles de tal forma que a única solução seria fazer com que o príncipe fosse expulso do palácio. Dessa forma, ele acabou por ser deixado com a Alta-Ministra, Diana Havard.

Orion sabia pouco a respeito da ministra, contudo, acreditava que ela possuía um grande potencial em auxiliá-lo. Como a individualidade dela era voltada para o sombrio e pós-vida, esperava que ela fosse aberta para os estudos de biologia do jovem, além de compreender o fascínio dele pelo horror. No entanto, ela superou todas as expectativas. Diana era um monstro usando a máscara de uma mulher e isso era uma loucura grande demais, o que acabou por encantar o mais novo morador daquela casa.

Junto da mais experiente, Orion aprendeu não apenas sobre magia, medicina e o mundo em que vivia, mas também sobre si mesmo. Seu poder consumia muito dele e, por conta disso, era preciso fazer sacrifícios para mantê-lo ativo. E descobriram isso com ajuda do porão de Diana que servia como prisão, sala de tortura e escritório secreto da banshee. Certo dia, quando um curioso tentou descobrir os segredos daquela casa, a fada da morte o capturou e lhe fez servir como companhia para o príncipe que era mantido preso — método da ministra para educar o garoto. Então, durante a noite, Orion quebrou suas correntes e atravessou as barras que o mantinham separado do novo hóspede. Pela primeira vez, o príncipe apresentou sua verdadeira natureza aos olhos de uma quimera e antes do nascer do Sol, ele consumiu aquela alma no mesmo instante que encobriu o coração do homem com seus tentáculos e o apertou, estourando o órgão e findando aquela vida. O primeiro assassinato de Orion tornou aquele dia o melhor que já havia tido, apesar do chão frio debaixo de seus pés descalços, dos restos de comida que eram roubados por ratos em sua tigela, o cadáver recém aberto que não demorou para atrair moscas e o seu tremendo desejo por açúcar. Tudo que ele mais queria, era açúcar.

Quando a criatura conhecida como príncipe de Weingarten foi completamente adestrada pela Alta-Ministra, pôde ele ver o mundo além do porão. Isso o fez apreciar mais a própria vida. Se como um prisioneiro era possível alcançar tamanho júbilo ao ter apenas um homem para brincar, a ideia do que era possível com toda a população cercada pelas três muralhas lhe deixava eufórico. Contudo, sua educação especial não teve a intenção de criar apenas um apreciador do povo, e sim alguém obediente. Com doces e drogas, ela tinha um príncipe em suas mãos até o findar da vida dele. E como a fada da morte se tratava de uma verdadeira estrategista, fez com que seu campeão decorasse seus planos, ou pelo menos as partes que ele precisaria executar. Casamento, construção de prédios públicos,  balbúrdias em todas as classes sociais. A vida do príncipe estava traçada, embora ele dançasse sobre a linha de seu destino em um ritmo caótico e imprevisível.

Apesar disso tudo, há um detalhe importante a se ressaltar quanto o príncipe. Como foi dito ainda no início, sua cabeça funciona de maneira incomum. Alguns dizem que ele é um mentiroso patológico, outros que ele apenas possui uma Língua de Ouro que diz palavras bonitas para esconder suas intenções. Mas tudo isso é verídico, eu garanto. Juro em nome do meu título de príncipe imperial de Weingarten, terceiro filho de Hades Weingarten, e pelo meu avô Norman Weingarten, que todas minhas palavras são nada mais do que eu acredito ser verdade no presente momento.

FOR 05
INT 10
RES 05
VEL 10
VIG 05
CAR 05

VITALIDADE 5*10
PONTOS DE XP 1500

• CIRURGIA, calouro