WEINGARTEN, Reyna Jae

BATISMO Reyna Jae Weingarten
NASCIMENTO Vinte de março
ANOS Dezessete
RESIDENTE Distrito Real de Calipso
DESCENDENTE Polonesa
MORAL Chaotic Good
FUNÇÃO Princesa

MANIPULAÇÃO DA NATUREZA Como uma forma abrangente de manipulação, consiste em, à bruto modo, influir profundamente em todos os elementos constituintes da natureza. Reyna possui uma conexão direta com a natureza em si, através da qual é capaz de se comunicar, influenciar, manipular e controlá-la em todos os seus aspectos, sendo a mesma sua fonte primária de força. Isso permite que exerça controle sobre seres vivos (à exceção de humanos/quimeras), plantas e fenômenos naturais (como o clima e a geologia da Terra), sendo todos estes elementos da natureza.

LIMITAÇÕES:

• Reyna só é capaz de manipular as plantas em um ambiente fértil;
  
• Controle, disciplina e contenção são extremamente importantes. O uso inconsciente, impulsivo ou imprudente deste poder pode ser catastrófico;
  
• Tal como qualquer outra habilidade, a Manipulação da Natureza exige esforço e concentração quando usada voluntariamente, e requer descanso e cautela. Usos longos e intensos da individualidade sem qualquer tipo de recuperação levam à perda de consciência imediata;
  
• Como as emoções de Reyna afetam diretamente a natureza, o equilíbrio emocional é essencial.
  

FRAQUEZA: É altamente vulnerável à usuários de Manipulação da Poluição, que podem ou não ser imunes à grande parte de sua individualidade.

• MÍMICA ANIMAL: Designa a capacidade de imitar as habilidades e características dos animais/insetos conforme desejado. Graças à sua forte ligação com a natureza em todas as suas formas, Reyna pode, por exemplo, adquirir a agilidade de um guepardo ou a força de uma formiga, embora não se transforme fisicamente em nenhum deles ao fazê-lo. Em outras palavras, o vínculo não proporciona nenhuma alteração física visível, apenas manifesta mudanças nos atributos de Reyna de forma à atender suas necessidades.
  

Após uma noite atipicamente fria de final de março, marcada pelos ocasionais gemidos dolorosos advindos do parto em curso, a chuva finalmente caiu, trazendo consigo o novo dia — coisa que passou despercebida pela imperatriz, em meio ao ato de dar à luz que parecia nunca ter fim. Tremia, a pele queimava, e o mundo lá fora parecia desmontar-se na tempestade furiosa, mas ela continuou. E, por fim, o sofrimento pagou-se com a vida — a nova vida que ela trouxera ao mundo, pequena e aparentemente tão frágil...mas que tinha acalmado a tempestade lá fora com sua chegada, trazendo o sol para pintar de laranja o horizonte. Tomara-a em seus braços e a ela, a mais nova de seus quatro filhos, ironicamente decidira chamar Reyna, aquela que reina.

A infância que teve era nada menos do que excelente. Perfeita, até, alguns poderiam dizer. Reyna foi uma criança doce e gentil, incorruptível mesmo em meio ao luxo da vida no castelo real. Era amada pelos pais e acolhida pela irmã mais velha, a quem tinha como personificação da coragem que esperava um dia ter. Os demais irmãos, para sua infelicidade, pouco transitavam pelo palácio. Os via em raras ocasiões. Mas mesmo de tal modo, enquanto crescia, aprendera a admirá-los de sua própria maneira ingênua.

Sua individualidade manisfestou-se já no dia de seu nascimento, e dera as caras mais uma dezena de outras vezes durante o crescimento, mas só foi percebida de fato quando Reyna tinha seis anos. Na ocasião, tinha estado brincando no jardim, risonha sob os olhos atentos do pai, quando fizera florescer todas as plantas na propriedade. Dali para o treinamento assíduo e descobrimento da forte conexão que tinha com a natureza e todos os seus aspectos, custou pouco.

Fez-se notar, à princípio, o que o problemático descontrole para com o próprio poder poderia ocasionar. Quando Reyna ficava triste, o céu chorava com ela; quando ficava furiosa, o solo fértil morria a seus pés. Sua alegria fazia o dia brilhar cheio de vida, mas seu humor negativo parecia ligar-se diretamente à desastres naturais em potencial. Por este motivo, o pai, Hades, que fazia questão de passar horas a fio treinando os filhos pessoalmente, preocupou-se com o autocontrole da filha e, conforme crescia, limitou mais e mais suas saídas da propriedade. O fizera, contudo, por nada menos do que o bem da filha e do império, visto que, em dado momento, Reyna desenvolvera certa fobia social. E como lhe seria suposto manter o autocontrole emocional frente às multidões que perambulavam nas ruas dos distritos?

Aos oito anos, cada vez mais reclusa, ganhara de presente um telescópio, e daí partira sua curiosidade para com as estrelas. Estudara as constelações, lendo sobre elas tudo o que os olhos foram capazes de alcançar — contos e lendas inclusos. Um deles, uma crença bastante popular, contava que, quando uma estrela caía do céu, esta se tornaria responsável por realizar um desejo de quem quer que a visse no ato, qualquer pedido que fosse. E Reyna tinha um pedido bastante específico para fazer: autocontrole.

Tempos depois, com mais sorte do que acreditava possuir, Reyna vira uma estrela cadente no dia de seu aniversário de dez anos, e fizera de sua missão pessoal encontrá-la nos anos que se seguiram...afinal, um desejo era seu por direito.