TÍTULO DA ROLEPLAY

A passagem a seguir é FECHADA AOS ENVOLVIDOS. Os envolvidos são Ishmael Hunter e Hazel Guinevere Nikolaev. Em Ao lado de fora das muralhas do império, por volta das 15:00. O conteúdo que o texto aborda é LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS.

O céu parecia mais azul diante dos olhos da garota. Seria um pecado não parar para aprecia-lo, afinal, dificilmente havia tempo para aproveitar as pequenas coisas do mundo. Hazel suspirou e fechou os olhos, deixando o ar perpassar seus pulmões. Estava acostumada a vagar pelo território além da muralha. Apesar de seguir as ordens de seus superiores, sentia-se livre. Livre para explorar o mundo, mesmo com os perigos espalhados. A tropa expedicionária foi e continuava sendo seu apoio desde o falecimento de seu pai. Por isso, continuaria a dá o seu melhor. Sempre.

Com o arco disposto na mão destra e a aljava suspensa nas costas, os olhos cor de avelã vagaram pelo local inabitado. Há muitos anos, antes da grande guerra, muitas pessoas viviam ali. Podia imaginar casas e crianças correndo pela grama, como os livros de história citavam. Muitos habitantes pareciam ter esquecido do passado sombrio da humanidade, focando apenas em suas riquezas. Nikolaev não os desmerecia, mas ainda era preocupante os recursos escassos que possuíam apesar dos avanços do império.

O clima agradável fez um sorriso contornar os lábios rosados da russa enquanto os fios negros acompanhavam o movimento da brisa. Hazel deitou sob a relva fresca e encarou o manto azul mais uma vez, observando a forma das nuvens. As vezes sentia-se sozinha, mas gostava da quietude que só a solidão podia trazer. Crescerá cumprindo ordens e treinando. Talvez não soubesse viver de outra forma. — Você faz falta. – Murmurou em voz baixa ao pensar no pai, sendo este um dos raros momentos em que se permitia pensar no homem.

Quando abriu os olhos novamente e ergueu o corpo, Guinevere observou – não muito longe de onde estava – os fios dourados de alguém que vagava pelas ruínas da cidade destruía. Com um arquear nas sobrancelhas, ergueu o corpo e caminhou em passos lentos até o rapaz. Mesmo que não estivessem tão distantes da muralha, era perigoso caminhar sozinho entre os destroços, ainda mais estando longe de qualquer pessoa que estivesse na posição de guarda e pudesse ajudar em caso de emergência.

— Hey! – Exclamou quando estava próxima o suficiente para ser ouvida, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Os orbes castanhos encararam Ishmael com curiosidade. Ele também era da base militar e, mesmo que nunca tivessem conversado diretamente, Hazel o conhecia de vista. Era comum encontrarem-se durante reuniões excepcionais. — Não é bom ficar aqui sozinho. – A voz soou calma e acompanhada de um manear na cabeça que indicava a região por detrás do que era uma cidade em tempos remotos.