Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para baixo

"beauty and the beast."

"beauty and the beast." Empty "beauty and the beast."

Mensagem por Nadine Havard Seg Abr 15, 2019 5:02 pm

can we keep each other company?
Alguns meses passados do que seria o tempo atual, o primeiro ministro Havard enviara seus dois jovens filhos gêmeos para uma visita a base militar em Le Ange; apesar de sua família pertencer ao âmbito diplomático e político, não se oporia caso um dos seus herdeiros se aventurasse numa carreira militar, e aquela visita era mais uma introdução que apenas um passeio corriqueiro.  

Como certeza de que os gêmeos se portariam devidamente, Havard enviou não somente a Aia de seus filhos, mas também sua filha mais velha, Nadine - com a tarefa de administrar qualquer situação que saísse do controle, e lá, no distrito Militar, a jovem encontrou algo que não esperava; um possível amigo.    
*
A passagem a seguir é FECHADA AOS ENVOLVIDOS. Os envolvidos são NADINE HAVARD e VALENTIN LANCASTER. Na BASE MILITAR DE LE ANGE, por volta das 10am. O conteúdo que o texto aborda é LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS.

Nadine Havard
we are damaged... really damaged.

25

10/09/2000

04/04/2019

23

Distrito Real de Calipso

Nadine Havard

Ir para o topo Ir para baixo

"beauty and the beast."

"beauty and the beast." Empty Re: "beauty and the beast."

Mensagem por Nadine Havard Sex Abr 19, 2019 6:22 pm






first page
not where the

storyline ends
“there i was again, forcing laughs and faking smiles


M


inha mãe desceu do foyer diante do grande hall de entrada, em êxtase, quando seus olhos capturaram a imagem de três dos seus cinco filhos parados em uma fileira ao pé da asa esquerda da escadaria dupla e semicircular.  Olhares inexperientes sobre quem era aquela mulher certamente a confundiria com qualquer jovem e bela donzela; magricela e de expressivos olhos acastanhados, descendo em passos nada graciosos os degraus, numa ansiedade de alcançar outros três seres que pareciam tão jovens quanto ela própria. Quem se arriscaria dizer que aquela mulher, minha mãe, já era uma quarentona com cinco filhos e nenhum sinal de idade?

"Louvada seja Deva", ela diria, caso pudesse escutar os meus pensamentos acerca de sua boa forma. Ao meu lado estavam meu dois irmãos mais novos — os gêmeos —, e eles não pareciam muito atentos a chegada de nossa mãe. Seus pares de olhos castanhos em formato amendoado quase idêntico estavam perdidos sobre o hall, como se pensassem em qualquer coisa distante dos muros do castelo. Eu não precisava possuir qualquer dom telepata para saber o que passava por suas mentes naquele instante — e eu não era a única ali a compreender isso. A senhora Havard havia parado no último degrau da escadaria, olhando-nos de cima, e com um sorriso que não era o suficiente para espantar a seriedade de seu semblante, ela esticou as mãos finas para tocar os rostos dos gêmeos. Aquilo deveria ser um gesto carinhoso, mas em minha visão mais pareceu uma forma de fazê-los erguer os rostos e mantê-los assim.

Eu me recordo da primeira vez em que visitei Le Ange, e foi o mais distante que cheguei do Sul — os olhos escuros da mulher pousaram disciplinadamente sobre os dois ouvintes a sua frente, por um instante foi como se um vestígio de deleite da memória que lhe envolvia tivesse cruzado seu olhar. — Atendi a base a pedido do meu pai, para análise de finanças militar. A tensão do ar era palpável e todos pareciam exaustos o tempo inteiro. Um lugar respeitável, mas longe de ser o melhor passeio para uma Lady... — ela disse, e sem se aguentar, moveu os olhos em minha direção ao fim das palavras. Meu sorriso condescendente deve tê-la passado a mensagem de que eu havia compreendido sua intenção; ela não queria que eu os acompanhasse, mas não havia mais tempo para se opor — ela não podia acompanhar os gêmeos, da mesma forma que papai não poderia e nem o mais velho dos irmãos. Enviar apenas a Aia em companhia dos meninos era o mesmo que deixá-los soltos em Le Ange, porque de alguma forma engenhosa eles a driblariam para ficar longe de sua supervisão.

Minha tarefa era exatamente impedi-los disso.

"Irão a Le Ange para uma visita a base militar pela manhã, afinal, já estão em idade de servir ao Exército ou a Tropa caso assim desejem — proteger o Império é tão honroso quanto qualquer grande cargo dentro de Calipso" Papai havia dito, na noite anterior durante o jantar. Logo em seguida, havia dirigido a mim a tarefa de acompanhá-los na visita, porque nenhuma outra pessoa seria tão racional e ligeira para lidar com qualquer possível problema dos garotos senão eu; foi o que ele disse.

Perfeito, não? Eu servia para ser babá.

Somente o pensamento de que eu visitaria um outro distrito e ainda estaria no comando dos meus irmãos havia me incentivado a não recusar a tarefa; e talvez meu pai tenha cogitado voltar atrás, uma vez que eu não o contestei naquilo. Havia sido fácil demais — e eu tinha certeza que o pensamento de que ter a filha mais velha e solteira passeando por uma base cheia de militares em treinamento, com possíveis longos meses sem ter contato algum com o mundo feminino externo à base havia cruzado a mente dele e lhe condenado por ter sido tão pouco esperto e cuidadoso.

Mas já estava feito.

Eu havia acordado cedo naquele dia;  separei o melhor conjunto de roupas que representasse a mim mesma como a filha de quem eu era, e a minha posição naquela expedição, me mantive o mais longe possível de cruzar o caminho dos meus pais para que eles não tentassem me impedir antes mesmo que eu me vestisse — mantive-me ocupada com banalidades, até que a hora da partida chegasse e eu surgisse como num passe de mágica, muito bem apresentável naquele modelito dominantemente branco e clássico, ao lado dos meus irmãos e de sua Aia.


Você caprichou, huh? Sua extravagância perturbará os militares. Seja uma boa menina, Nadine — minha mãe resmungou, enquanto alisava meus braços cobertos pelas mangas 3/4 do longo casaco alvo. Seus olhos buscavam qualquer rastro de obstinação em minha atitude, mas tudo o que contemplou foi seriedade e concentração. Um sorriso satisfeito tremeu no canto de sua boca.

— Eu sempre sou, não sou? — sussurrei, com falso contentamento.

*

"O capitão Crowley os receberá agora."

O mesmo rapaz corpulento e exageradamente alto que nos recebeu na entrada da base se pronunciou, chegando por trás de onde estávamos parados, naquilo o que parecia um átrio a céu aberto. Como havia acontecido há vinte minutos atrás, quando atravessamos os portões em sua companhia para um ligeiro tour exterior da base, o soldado transmitia suas palavras aos meus irmãos, mas seus olhos fundos e esverdeados se concentravam na minha figura esguia, detrás dos garotos, ao lado da Aia — que me cutucava com o cotovelo inquietamente, me fazendo desejar rir de seu nervosismo ante a situação.  


— Obrigada, soldado — eu disse, com um pequeno sorriso dócil que fez crescer um sorriso confuso nos lábios do militar; ele parecia desorientado, fora arrastado para a realidade quando percebeu a precipitação dos outros dois Havard em caminhar, a Aia logo atrás, correndo com seu pequeno corpo rechonchudo. Naquele encontro eu era dispensável. Meu olhar acompanhou o trajeto dos meninos até uma construção não muito distante dali, das portas abertas uma dupla de homens saíram; o primeiro possuía um tipo de aparência genuinamente autoritária, como a de um homem mais velho e experiente, que sabia muito bem quais ordens dar em qualquer tipo de situação que surgisse. Ele era alto e terrivelmente bonito, de uma forma que mesclava virilidade com um quê galante;  e sua presença fazia com que todos ao redor parecessem tensos, com posturas corretas e olhares fixos nas palavras que dizia. Aquele certamente era Éliphas Crowley, o capitão. Detrás de si vinha a segunda figura, e este parecia ainda maior que o primeiro. Mesmo coberto com suas vestes oficiais, os contornos musculosos de seu corpo desenhava com perfeição, dando a impressão de que ele era como uma montanha de puro músculo e brutalidade — mas seu rosto era belamente refinado, sem nada agressivo aparente e isso era atordoante.

Algumas palavras entre o pequeno grupo formato diante da entrada daquele prédio mais tarde e os últimos chegados moveram seus olhares na minha direção. Eu congelei imediatamente, como se alguma ação minha tivesse imprimido má conduta mesmo sem eu ter percebido. O capitão forçou algo que parecia uma intenção de sorrir, antes de retomar sua atenção ao grupo que o acompanhava. Como numa procissão privada, os reunidos ali se uniram numa caminhada adiante; mas ele, o gigante musculoso, seguiu o caminho contrário, guiando passo a passo até a minha direção — e enquanto ele o fazia, eu apenas estudava mentalmente o que aquilo poderia significar.






enchanted


Nadine Havard a mando do próprio pai, acompanha os dois irmãos a uma visita até a Base Militar de Le Ange, no intuito de introduzi-los ao que é a vida militar — teve como companhia a Aia e os irmãos gêmeos, e posteriormente, encontrara Éliphas Crowley e Valentin Lancaster; quanto ao último, este vem em sua direção. Na descrita manhã, Havard está vestida desta maneira.


♍️
Nadine Havard
we are damaged... really damaged.

25

10/09/2000

04/04/2019

23

Distrito Real de Calipso

Nadine Havard

Ir para o topo Ir para baixo

"beauty and the beast."

"beauty and the beast." Empty Re: "beauty and the beast."

Mensagem por Valentin Lancaster Sáb Abr 20, 2019 1:49 am



Haviam muitas coisas nas quais eu era bom. Se meu capitão ou tenente assim quisesse, eu poderia empunhar espadas, armas de fogo e assassinar ghouls, imperfeitos e muitos outros tipos de monstruosidades mundo afora. Entretanto, haviam barreiras que eu preferia ignorar, manter-me afastado era o melhor, na maioria dos casos. Política era um desses assuntos. Logo pela manhã, fui notificado por Éliphas que iríamos receber a visita de três jovens fidalgos pertencentes à família nobre, os Havard. Precisei conter dentro de mim toda a vontade de revirar os meus olhos diante da sua designação; eu deveria recebê-los, mais especificamente, a filha mais velha, Nadine. Queria desesperadamente que surgisse alguma personalidade agradável, gentil e receptiva para que pudesse dar as boas-vindas à princesa, porém, infelizmente, não era assim que as coisas funcionavam.

Ainda comendo minha comida, comprimi fortemente meus lábios, forçando um sorriso quase bobo e infantil, recebendo um assentir de cabeça do capitão, que logo saiu de perto de mim e permitiu-me terminar meu café da manhã. Ensaiei mentalmente como iria recepcionar uma princesa. Nunca havia conhecido uma, mesmo servindo há anos à tropa expedicionária. Como trabalhávamos fora dos muros, dificilmente nossos caminhos cruzavam com os da população abonada do distrito de Calipso, exceto em comemorações especiais e eventos de honraria para soldados.

Sendo assim, decidi me livrar da roupa casual que vestia fora de serviço – uma calça de flanela vermelho-xadrez, um suéter de algodão escarlate e chinelos –, pondo algo mais apresentável e que poderia, talvez, quem sabe, deixar a garota um pouco mais tranquila em meio a um ambiente predominantemente masculino e pouco vistoso. O dia estava belo, quente, entretanto, mas com um azul onipresente aonde quer que olhasse. Naquele dia vários recrutas treinavam no campo de treino, com os seus companheiros observando-os e julgando seus desempenhos de cima. Não sabia aonde levá-la, visto que não tínhamos praticamente nenhum lugar que pudesse interessar uma princesa. Só tínhamos quartos, campo de treino, arenas, salas de armas, estandes de tiro, bonecos de palha para praticar arquearia, banheiros enormes e comunitários, além dos quartos dos soldados. Haviam escritórios, claro, mas era lá que a general, o capitão e o tenente costumavam terem suas reuniões.

Sem a mínima ideia do que faria, decidi esperar e usar de minha criatividade para entreter Nadine Havard.

***

Pontualmente, o coche arrastado por cavalos chegou com pompa, onde apenas limitei-me a minha tarefa, sorrindo na direção dos rapazes franzinos e de fios dourados, assim como para a moça mais velha e de expressão educada, porém misteriosa. Algo em seus olhos azuis pareciam ocultar algo, tentador e provavelmente interessante que valia o esforço. Tentei medi-la mentalmente, esquadrinhá-la, porém o enigma permanecia. Não tinha como definir se sua simpatia era ensaiada ou não, se a forma como ela se dirigia educadamente era sua ou aprendida. Após algum tempo, desisti e apenas me mantive distante.

Levando os rapazes para uma tour pelo local, Éliphas passou por mim acompanhado dos gêmeos e, assentindo para o mesmo, dirigi-me à Nadine, cuja expressão, pela primeira vez, pareceu ser genuína. Surpresa. Não podia confessar que aquilo não me agradava, porém continuei e, ao aproximar-me da loira, curvei-me formalmente ao cumprimentá-la.

— Olá, pediram que eu lhe fizesse companhia. Quer conhecer o local? — girei os dedos indicadores no ar. — Inclusive, posso mostrá-la como empunhar espadas, arco, punhais. Usa algum tipo de arma? — questionei-a enquanto assumia a frente, guiando-a pelo local. Não sabia se ela tinha costume com lutas, mas, pelo fato de minha general ser de uma família semelhante a de Nadine, só me vinha à mente que todos em Calipso, apesar de ricos, eram tão bons em lutas e uso de armas assim como Amren Renard.

Guiando-os por um caminho oposto ao de Éliphas e os gêmeos, subimos degraus de madeira e percorremos um corredor simples e até mesmo um pouco estreito, até que abri uma porta e deixei-a ir na frente. De onde estávamos, possuíamos uma visão privilegiada da arena de combate, onde vários recrutas e soldados veteranos gladiavam, seja com espadas, armas, arcos e afins, cada um em seu espaço. O local era enorme, o que dava margem para diversos treinos simultâneos no local.

— Viu só? Vai gostar daqui. Seu pai é muito legal, por sinal; em mandá-la aqui para ver se gosta da base militar. A maioria dos homens de Calipso mantém suas filhas e esposas em rédeas curtas, o que é uma merda — comentei apoiando um braço na beirada da balaustrada e sorrindo, porém logo me corrigi antes que acabasse sendo entendido de forma errônea. — Digo, mas não o seu pai, o seu pai é legal. Você deveria ter vindo sozinha, acho que Éliphas teria tido melhores chances de lhe ensinar tudo sobre a nossa tropa. Enfim, ele é melhor que eu explicando e dando discursos motivacionais. — Rolei os olhos, porém ela deveria ter trazido os gêmeos provavelmente no intuito de mostrar a eles que ela ficaria bem se unindo à tropa expedicionária, caso fosse de sua vontade ao fim de nossa pequena tour.



Roupas
Valentin Lancaster
135

12/04/2019

Base militar de Le Ange

Valentin Lancaster

Ir para o topo Ir para baixo

"beauty and the beast."

"beauty and the beast." Empty Re: "beauty and the beast."

Mensagem por Nadine Havard Qui maio 02, 2019 3:42 am






first page
not where the

storyline ends
“there i was again, forcing laughs and faking smiles


O


instinto de recuar um passo, quando a figura masculina corpulenta parou a minha frente, me tomou de súbito. O soldado se curvou em reverência e ainda assim não havia deixado de parecer maior que eu — e somente quando ele começou a falar, senti a tensão esvair tão rapidamente quanto havia surgido. Ele parecia calmo e receptivo, apressando-se em disparar perguntas e assumir a dianteira de uma caminhada que se iniciou.        

"Usa algum tipo de arma?" ele havia questionado.

— Apenas a minha mente — respondi, com um pequeno sorriso zombeteiro, antes que o fim de uma escadaria de madeira e uma porta aberta por ele surgissem adiante.  Lá de cima, o cenário de uma arena de combate era o grande atrativo — era amplo e aberto, diferente do corredor estreito e quase claustrofóbico que passamos para chegar até ali. — Mas... sobre sua oferta anterior, seria muito bom aprender a empunhar uma espada ou atirar com arco e flecha — resmunguei, ao dar um passo a frente para avaliar a arena com curiosidade explícita.


O homem seguiu falando, guiando aquelas novas palavras numa suposição que por pouco não me fez rir. Ele acreditava que minha presença ali era unicamente voltada a minha possível estadia na base; e por alguns segundos, me perdi num devaneio sobre aquilo. E se os Havard realmente fossem tão legais ao ponto de enviar a filha para uma possível carreira militar? Sem casamentos políticos e "sente-se, e seja bonita", mas a opção vanguardista de me deixar ir contra tudo o que esperavam de mim. Uma garota pode sonhar.    

— Sinto em informar que meus pais não são tão legais assim... estou aqui como um representante da família, e não para um possível alistamento — meus olhos saíram do campo de concentração dos treinamentos para olhar o rapaz que me acompanhava. Um sorrisinho de quem se desculpa por destruir as expectativas de outrem surgiu em meus lábios, antes que eu erguesse uma mão e dirigisse a ele; os bons modos me fazendo sentir culpada por ter pulado a parte mais importante de uma interação social.

— Nadine Havard, encantada... E você é?

 





enchanted


Nadine Havard a mando do próprio pai, acompanha os dois irmãos a uma visita até a Base Militar de Le Ange, no intuito de introduzi-los ao que é a vida militar — teve como companhia a Aia e os irmãos gêmeos, e posteriormente, encontrara Éliphas Crowley e Valentin Lancaster; quanto ao último, este vem em sua direção. Na descrita manhã, Havard está vestida desta maneira.


♍️
Nadine Havard
we are damaged... really damaged.

25

10/09/2000

04/04/2019

23

Distrito Real de Calipso

Nadine Havard

Ir para o topo Ir para baixo

"beauty and the beast."

"beauty and the beast." Empty Re: "beauty and the beast."

Mensagem por Valentin Lancaster Qui maio 02, 2019 11:17 pm



Bem, eu havia me enganado, pelo visto, pois a donzela que eu havia sido encarregado de vigiar na verdade não havia sido enviada à Le Ange para se unir à nós; na verdade, sua tarefa era de cuidar dos irmãos que agora vagueavam pela nossa base, decidindo se iria ou não se juntarem à tropa. Era complicado, pois eu sempre havia gostado de mulheres fortes e de liberdade, mas mesmo tendo se passado tantos anos, ainda me surpreendia haver problemas como os que a loira enfrentava. Minha vontade era ir ter um papo com a sua família e simplesmente dar um tapa neles, ou algo do tipo, mas sabia que a única forma disso acontecer era se eu fugisse para sempre de Weingarten logo em seguida, pois com certeza eu seria condenado à morte.

Apesar das limitações, ela demonstrara interesse em espadas e arcos, o que fez-me manear a cabeça de um lado para o outro pensativo. Como estávamos sozinhos, sem nenhum sinal do capitão ou dos irmãos Havard mais jovens da loira, dei de ombros e peguei uma pesada cesta cheia de arcos, e então apontei para que ela escolhesse algum. Todos eles possuíam tamanhos e pesos diferentes, porém todos eram feitos majoritariamente de madeira. Ela só precisava encontrar o arco perfeito para adequar-se à ele e então aprender a atirar flechas. Assim que ela apresentou-se como Nadine Havard, fiz uma reverência meio apressada, logo batendo uma única vez as minhas palmas e esfregando-as em antecipação.

— Bem, Srta. Havard, como a senhorita mesma disse a sua mente é a sua arma, pois bem, isso se aplica também ao arco. A primeira coisa que você deve fazer é encontrar um arco apropriado para seu corpo. Tente manter-se ereta ao pegá-los, infle o peitoral, puxe a corda e sinta o peso dele distribuído em sua mão direita, ou esquerda, caso for canhota — dei de ombros, caçando vários arcos e pegando um que julguei ser apropriado para a altura e peso de Nadine calculados por mim mentalmente. — Aqui, tenta esse, se ele for pesado demais, ou se sentir ele desequilibrado em sua mão, pode descartá-lo e achar outro. — Fui instruindo-a, lembrando-me de como seria interessante e possivelmente perigoso caso sua família descobrisse que ela estava recebendo treinamento de um soldado.

— Você deveria pensar bem sobre se unir à nós. Digo, não que eu queira lhe incentivar a desafiar seus pais, mas pensa comigo: você não precisa fazer nada que não queira, entende? Não tivemos um apocalipse nuclear, passamos trezentos anos numa crisálida e evoluímos somente para voltarmos à mesma merda de mundo onde você precisa casar-se por obrigação, porque seu pai assim quis ou por que a reputação da sua família está em jogo — aconselhei-a, apesar de sentir no fundo que eu estava sendo um pouco intrometido demais em falar sobre a vida dela e a sua família como se eu tivesse algum tipo de conhecimento.

Apontei para um boneco feito de palha, cuja mira tratava-se de um pano grosso e com uma pintura, havendo três círculos: o maior era o amarelo, o do meio o laranja e o menor e último sendo vermelho, precisando ela acertar ali no meio. Peguei a aljava, pegando uma flecha e posicionando-se do lado da nobre para auxiliá-la com a mira. Pus as mãos em seus ombros, de forma que ela deveria expirar e inspirar enquanto fazia a sua mira, além de fechar o olho para poder focar com apenas um.

— Feche um dos olhos, mantenha-se ereta e só solte a flecha quando puxar todo o ar para os pulmões. Mantenha as pernas separadas, a dominante na frente, busque seu próprio equilíbrio. Certo? Pode soltar quando se sentir pronta. — Dei as instruções, mantendo-me a alguns passos de distância, observando Nadine.



Roupas
Valentin Lancaster
135

12/04/2019

Base militar de Le Ange

Valentin Lancaster

Ir para o topo Ir para baixo

"beauty and the beast."

"beauty and the beast." Empty Re: "beauty and the beast."

Mensagem por Conteúdo patrocinado

Conteúdo patrocinado

Ir para o topo Ir para baixo

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
PARCEIROS
:: Topsites Zonkos - [Zks] ::