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Mensagem por Hades Weingarten Seg Abr 29, 2019 4:37 pm

i know you somewhere in my blood
A passagem a seguir é FECHADA AOS ENVOLVIDOS. Os envolvidos são Hades e Thomas. Em Calipso, por volta das dez horas da noite. O conteúdo que o texto aborda é LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS.

Em um dia ensolarado e agradável, Hades leva seu filho Thomas para que os dois passeiem e possam desfrutar de um tempo juntos. Ao conversarem sobre amenidades, eis que os dois homens acabam tendo uma surpresa um tanto quanto desagradável, revelando um segredo acerca de Thomas.

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Mensagem por Hades Weingarten Qui maio 02, 2019 2:37 am





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Seus olhos se fixaram por um longo período no movimento sublime das estrelas, hipnotizado por elas. Desde pequeno Hades sempre gostou da dança celeste durante a noite, ouvindo as diversas histórias que seu pai lhe contava sobre os astros, como funcionavam e como no passado muitas pessoas se orientavam pelas estrelas para acharem o caminho de volta para casa. Eram belas histórias, guardadas ternamente na memória do imperador que, sozinho e desfrutando de uma taça de vinho, admirava a vastidão do espaço quando se surpreendera com a presença de Thomas.

— Filho? O que faz acordado a esta hora? — perguntou com o cenho franzido, aproximando-se do seu primogênito, pondo uma mão em seu ombro e guiando-o para os degraus que delimitavam a varanda na qual ambos estavam a observar o jardim.

A terra fofa nos pés descalços do imperador o faziam sentir-se bem, em casa, livre como não se sentia durante o dia. A noite o fazia bem, o ar parecia mais sereno e o silêncio era aconchegante. Sem sombra de dúvidas Hades era um homem noturno. Observando as rosas e a estufa logo mais à frente, o loiro cheirou uma das rosas, e então volveu o corpo para fitar seu consanguíneo. O líder dos Weingarten, por conta do horário, trajava apenas um comprido manto negro e uma calça cinza, larga e fofa.

— Sem sono também, huh? Bem, podemos resolver isso com um chá — comentou o quiescente homem. — O que anda fazendo de bom? Soube que tem saído mais com a sua mãe, isso é bom. O que fazem juntos? — apesar de soar um pouco intromissivo, Hades não podia deixar de ser um pouco cuidadoso, pois Thomas e Hécate sempre haviam tido aquela conexão que não conseguia equiparar-se ao mesmo vínculo do patriarca dos Weingarten. Era um pouco de ciúmes, obviamente, mas era algo saudável e também um pouco de curiosidade.

Aquele era um momento bom entre pai e filho, onde eles poderiam conversar e realçarem a ligação entre eles, vide que os dois costumavam ter uma relação agradável, porém ainda sim não muito íntima, como por exemplo era entre Hades e suas filhas; Ravena e Reyna, sem sombra de dúvidas as suas favoritas. Com seus filhos machos, no entanto, a situação se complicava um pouco, principalmente com Orion que nem com ele havia crescido, tendo sido educado por Diana Havard. Com um sorriso apreensivo, arrancou uma margarida próxima e estendeu-a para o rapaz, um pouco alheio do fato de que, no muro bem atrás dele, uma figura suspeita lhe fitava e planejava matá-lo.


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Mensagem por Thomas L. Souteyrand Sex maio 03, 2019 2:22 pm



Flaws



Voltando para o castelo do meio da noite ainda havia a possibilidade de alguém me ver, e conseguindo guardar meus trajes menos “ricos” que mascaram minha identidade, como uma segunda vida que eu precisava manter as duas separadas. Não era tão difícil assim tendo certa habilidade em escolher os momentos adequados para sair de cada lugar e não notassem que eu sumi em um momento específico. Kaleo não era como se eu devesse algo realmente, então me saia com mais sucesso do que saindo do Palácio onde só havia minha família.

Meu peito parecia vibrar com minha habilidade com a corrida em voltar antes que algumas das criadas dormissem, tinha receio de encontrar alguém e ainda precisava lavar essas roupas. Desconhecendo os mistérios que aquele momento da noite me aguardava até que chegasse no local e então passando pela entrada conseguisse saber se havia alguém ali fora. Engoli em seco percebendo ser meu pai, minha mãe escondera as minhas atividades dele e ele estar ali não era bem uma memória fresca para me tranquilizar de verdade.

O momento disso poderia querer dizer alguma coisa, ou então esclarecer algo, talvez até uma punição se ele fosse contra. Não iria fingir que não estava em casa, respirando fundo acalmando meus pensamentos apocalípticos e focando em ficar tranquilo. Iria encarar ele fosse o motivo que for dele estar lá, contando que fosse apenas uma coincidência qualquer. Não podia limitar os locais que minha família usava no palácio e ele como Imperador mais do que até eu mesmo tinha seus motivos para perder o sono com certeza.

Aparentemente surpreso em me ver acordado àquela hora, mantive meu coração controlado, poderia ser um disfarce para notar algo diferente. Ainda me mantendo sob um tipo de julgamento em mente. Sorri dando de ombros e com a pergunta dele o mesmo se aproximara de mim, prendo-me com sua mão em meu ombro: me ferrei na riqueza e na pobreza certeza. Neguei com a cabeça mais pra mim mesmo afastar um pouco e tentar o responder, não havia porque tentar fugir do que pensava: - Ainda é cedo pai. Eu estou acostumado a correr cedo e tenho um sono mais controlado pra não perder tanto do dia.

A caminhada me fez pensar em como meu pai era alto, não tinha um ar de adolescente como Reyna, ou Orion que estava com dezenove, já tinha perdido completamente o ar de rebelde e adolescente. Minhas atividades escondidas eram minhas, sem a desculpa de lazer com interesses ruins com uma má criação. Qualquer coisa ruim culpando minha mãe por ensinar, e seguindo a vida por terminar fazendo isso e me arriscar sempre que ia atrás de um criminoso. Duvidava que ele tivesse problemas com isso, seus poderes não eram como os do vovô, mas ainda assim faziam muita coisa, muito mais do que eu sequer conseguiria chegar perto.

Sendo mais cordial do que esperava se fosse realmente me dar algum tipo de bronca, enrolando talvez e me oferecendo chá. Sorri por dois segundos até que comentara sobre mamãe. Arregalando os olhos um pouco, mas não sendo eu mesmo a me entregar, ainda não falara nada. Concentre-se Thomas, não se distraia e não se entregue assim. Respirei fundo e continuei naquele personagem, aquela ausência de atividades com sangue e saídas do palácio para matar idiotas que a lei não condena.

Sorri novamente e o respondi tentando ser mais ser príncipe certinho que não mata, pelo menos é assim que me via aos olhos deles. Sem reclamações: - Nem tanto assim, mas não recuso a um chá. - Dando de ombros: - Nada demais pai, ela me ensinou a lutar e usar o meu corpo além dos meus poderes. Não poderia ser um príncipe fraco que sofre pelos poderes e não consegue dar um soco, ou usar armas como o exército. - Respirei fundo quase falando demais e encerrei com um ponto: - Minha mãe me contou histórias de vocês mais jovens, sobre o vovô criando isso que nós temos e eu não consigo confiar plenamente no exército. Não quero sequer pensar um dia ser rei e ser mais um daqueles que coloca os filhos na frente como barganha pra se poupar.

Confirmei com a cabeça já perdendo a sutileza: - Longe de mim querer a queda do império, mas se ousarem nos enfrentar posso morrer, mas levarei todos que eu puder comigo antes de deixar que acabem com tudo isso. - Engoli em seco e como um transe enquanto falava, parecia que sai de um sonho percebendo que falara palavras e não me recordava de tudo, ou da ordem, até mesmo de observar as reações do outro. Estava em dúvida se havia me entregue demais, pois não queria me soltar tanto assim. Não sendo mentiras, mas longe de serem também a minha única e exclusiva verdade.

Me surpreendendo com ele me entregando uma flor, uma margarida como que suavizando tudo aquilo que falei, não sabendo compreender o significado daquilo. Ele tinha um sorriso estranho no rosto e como uma percepção tardia ao meu redor, não tinha pensado em ficar preparado estando com meu pai. Havia alguém ali atrás, sentia a sua presença, aparentemente só um ali perto e pela hora poderia ter me seguido de Kaleo, ou seja, alguém que sabia de mim. Arregalei os olhos e fechei o punho de meu pai confirmando para ele não discordar do que eu fazia.

Empurrei o cotovelo do meu pai com força no meu rosto, amassando a flor junto e aguentando o seu ataque não forte pra me dar algum tremor de verdade no chão, mas o bastante. Meu corpo parecia um caçador do estranho, ele estava com algo em mão, não conseguia aquela sensação dele, cada vez percebendo mais um detalhe que deixava aquilo claro: eu não fiquei totalmente atento essa noite. Foquei em perceber suas reações, ele sabia que estávamos parados entre algumas das paredes com jardins ali perto e sem minhas armas precisava contar com apenas um pouco de força.

Parecia sufocante a espera, não ia ofensivamente sem reconhecer o inimigo, afastando meu pai para atrás de mim, e minha cabeça levemente virada com os cabelos atrás da orelha. Talvez se cansando da nossa pausa quando enfim tentara um ataque, me permitindo sentir um tremor mais forte e engolindo em seco porque se fosse alguém também lidando com vibrações seria um problema pra proteger meu pai. Me abaixando com as mãos no chão para absorver aquilo, olhando diretamente para o muro que ele estava e rapidamente uma onda no chão vinha pelo local conosco no centro.

Aquele ataque me tranquilizou por que não eram vibrações, absorvendo o efeito como um escudo para meu pai e eu já notando o outro subindo pelo muro atirando lâminas contra nós. Era um ataque planejado conosco de costas, já havia feito a cena em mente e sem perceber havia me exposto para meu pai. Levantei a mão direita contra o rosto criando um escudo pra mim, mas ouvindo um gemido atrás e constatando que meu pai se ferira com algo. Estava tentando ser passivo demais com o assassino, já vinha uma nova leva daquelas coisinhas pequenas e afiadas.

Iria acabar com ele com seu próprio ataque, apontando a mão pra ele e sem um foco definido, como um escudo externo transmiti a vibração para fora do meu corpo. Sendo mais ofensiva empurrando as lâminas no chão, o muro que ele se escondera e o mesmo no chão. Lembrava do meu pai ferido, meu corpo se moveu sozinho seguindo o raio da vibração até o local que ele caiu e quando enfim ele começava a se levantar pra me atacar, eu já estava bem perto dele. Sorri com uma malicia perigosa no olhar, o impedindo de atirar mais com um chute em sua mão e com a mão direita focando em seu corpo uma vibração menor para o deixar imóvel.

Estava no meu limite, sentia a carga acabando no meu corpo, parando de vibrar nele e me abaixando aproveitando do seu estado. Respirei rapidamente e segurei sua cabeça antes dele pensar em me impedir, pus contra o meu peito e realizei aquela “alavanca” travando os meus braços e girando a cabeça dele na medida certa. Ouvi aquele “creck” do osso e me ergui escutando as coisas envolta como que verificando uma última vez nossa completa solidão naquele jardim. Semicerrei os olhos com as vibrações ambiente ressoando comuns e nada fora do comum.

Respirei normalmente voltando para meu pai apressando com o dano que ele deve ter tido, me aproximando procurando pelo local da ferida no mesmo. Olhei em seus olhos rapidamente: - Pai, você se machucou? Precisa de ajuda? Podemos acordar alguém para fazer uma limpeza na ferida e um curativo mais adequado com paciência. - Me odiava pro falhar em protegê-lo, não assimilava ter falhado em perceber presenças alheias, era como algo padrão pra mim.  


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Mensagem por Hades Weingarten Sáb maio 04, 2019 2:26 am





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Haviam muitas coisas em vossa vida que eram variáveis: o seus sentimentos pelas pessoas, o modo como enxergava as coisas, a sua percepção do caráter das pessoas e afins, entretanto, se teve uma coisa que tu nunca duvidastes fora a segurança de vossa residência. Nunca iriam invadir seu palácio, nunca que um inimigo seu conseguiria contornar os guardas e ir até você e sua família, pondo em risco seus consanguíneos. Thomas logo tomou a frente, valendo-se de seus poderes de vibração para absorver um ataque que o próprio orquestrara, fechando seu punho e batendo em si mesmo.

Ainda abismado com aquilo, notou a presença do homem trajado em vestes negras e com máscara cobrindo a face, avançando sinuosamente em vossa direção. Arregalando os olhos, afastou-se do garoto, até viu um vulto no ar e, de repente, uma corrente pesada envolvia seu pescoço, um chute em suas costas e então caíste de joelhos no solo, lentamente perdendo o fôlego à medida que o aperto se tornava mais forte. Fechando os olhos, tuas mãos foram iluminadas e então criaste um construto em formato de flecha, lançando-a na direção da testa do ser que o dominara, fazendo-o cair no chão, já sem vida. Desfazendo a flecha, retirara a máscara, vendo que tratava-se de uma fêmea de feições asiáticas.

Assim que se voltou para Thomas, ainda com tua garganta dolorida e avermelhada devido a pressão sofrida, o mesmo acabara de literalmente quebrar o pescoço de um homem, voltando-se à você com preocupação evidente em seus olhos, o que lhe fez tocar em seu peito, afastando-o enquanto percebia algo nele. Teu filho primogênito acabara de sacrificar uma vida e sua única preocupação era apenas com vossa saúde? Isso era deveras estranho, pois quem acabara de matar sua primeira vítima não agia com toda aquela passividade e conformidade. Era para ele estar em choque, no mínimo, ou com desespero, no máximo, por mais controlado que teu primeiro filho foste.

— Filho, você... — tentou fazer a pergunta, entretanto a possibilidade, por mais que fosse inviável de ser verdadeira, o abismou e o fez contornar o questionamento. — Sim, estou ferido, mas foi a pressão da corrente em minha garganta, já eu melhoro. Não se preocupe. — Assegurou sua saúde ao garoto, mancando um pouco devido a joelhada em suas costas, sentando-se no banco que ficava no centro do jardim, recostando a coluna que sustentava o teto triangular da pequena estrutura que protegia-lhe nos dias de sol.

Fitando o piso em losango feito de azulejos, pensou em como abordar aquilo com Thomas e, erguendo sua mão, segurou a de seu primogênito, acariciando-a com um afego que era comum a ti, como pai caloroso que era – apesar de poucos testemunharem aquele afeto, salvo apenas suas proles e esposa. Indicando que o rapaz se sentasse do vosso lado, olhou em seus olhos e pediu desculpas com estes. Era preciso recuperar-se.

— Será indolor, prometo — tuas palavras eram serenas, quiescentes e, aproximando-se, beijou ternamente os lábios do rapaz, sugando apenas uma pequenina fração da vitalidade alheia, sentindo no processo um ou dois ossos ou tendões de seu pescoço voltarem ao lugar. Cessando o beijo fugaz e frugal, recuaste um pouco cabisbaixo, então alisando sua nuca e constatando a cura. Tudo havia voltado ao normal. Voltando-se para Thomas, vossas sobrancelhas claras soergueram-se numa cobrança para com teu primogênito. — Vai me dizer quem matou antes dos homens de hoje? Eu reconheço o olhar de quem acabou de matar pela primeira vez e, posso garantir, que a sua virgindade de assassinato já fora perdida há muito tempo. Responda honestamente, pois posso ler sua aura e saber se está mentindo ou não. — Questionastes o homem com seriedade, apesar de sua expressão sempre sugerir bondade e malícia, teus olhos sendo um oceano de inexorabilidade.

Não sabia se a possibilidade que rondava vossa mente realmente era plausível ou verdadeira, entretanto tu esperavas que o rapaz não estivesse treinando com Hécate, ou isso significaria o pior: não poderia mais confiar em vossa esposa, principalmente quando se tratava na sua relação com suas proles. Apesar disso assombrá-lo, deixou que Thomas se explicasse.


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Mensagem por Thomas L. Souteyrand Sáb maio 04, 2019 3:31 am



Flaws



A resposta dele conseguiu me surpreender, porque realmente não contava com outro atacando focando mais nele estando seguro atrás de mim. Minha preocupação ocupou minha mente dos receios de como eles invadiram o palácio, ficando mais perto dele deixando que me usasse de apoio para andar em um local com menos corpos no chão. Sem brincadeira. Ele não ia conseguir relaxar olhando para dois assassinos no chão, aquela expectativa que ainda fosse levantar era um receio presente dado o mistério de suas identidades.

Ele se sentando em um dos bancos com apoio enquanto olhava envolta, não era tão tarde assim e ainda poderia haver um criado perto para eu pedir ajuda com os ferimentos dele. Segurando a mão dele, tranquilizando do mesmo, devia estar mais atento com o local todo ao meu redor. Ele se machucará por minha culpa e não admitia isso. Era horrível a sensação de que uma falha colocava em dúvida todo o meu passado com mortes e lutas. Acho que isso deve ter me entregado mais que a luta, com ele me pedindo para me sentar.

Ele me beijou, a sensação vibrando da minha boca foi ficando mais fraca, como quando eu transmito, mas ao invés de aumentar tornando quase visíveis, isso diminuía como se ele transformasse em algo próprio. Não pensando em fome, sede, cansaço antes daquele momento, ele se afastara de mim e foi como sentir tudo ao mesmo tempo, caindo a realidade do dia todo como justificativa falsa daquela fome e cansaço físico. Não negaria repor a energia e consertar o dano que o outro assassino fez, me sentia culpado e assim ficava mais relaxado por ele estar realmente bem agora apesar de tudo.

Voltando a me fazer aquele olhar, ele me fez aquela pergunta que depois do ataque não me deixou nervoso como eu esperava que fosse me deixar. Lembrando daquele primeiro momento quando o encontrei já parecia outro dia, como se tivesse evoluído mentalmente nesses últimos minutos. Desvencilhando nossas mãos ainda com o contato visual e inclinei a cabeça para a direita questionando-o: - Vai querer a lista toda? Você também não era o príncipe inútil enfurnado nesse palácio estudando pra ser rei sem uma real experiência de combate.

Respirei um pouco, não me imaginaria falando isso pra ele antes, ainda parecia outra pessoa, sequer sabia o que aconteceria dali pra frente. Poderia me prender até eu ser “corrigido” de algum modo, ou parar com tais atividades, até mesmo poderia querer me vigiar pra ficar ali dentro. Só de pensar nisso já me irritava e constatar que não seria a versão irritante de anos atrás era como uma reafirmação pessoal. Neguei com a cabeça: - Não culpe a mamãe, ela me ensinou sim, mas tudo que eu fiz depois foi minha escolha.

Já cogitava que ele não fosse aceitar o peso total para mim, mas precisava tentar pelo menos para ele não levar minha mãe junto. Ela não podia ser a razão de tudo aquilo, considerando que talvez nós dois estaríamos mortos se não tivesse me treinado e eu buscado algo por mim mesmo. A situação em Kaleo e El Diablo como um reforço imaginando todos aqueles criminosos que matei como ainda vivos e toda a situação ficando pior e mais caótica com o caos que deixavam ainda pior. Aquilo era como uma missão infinita, não acabaria comigo e dificilmente conseguiria acabar sem que tivesse no mínimo uma limpeza desde a infância onde muitos começavam a serem danificados para os monstros que eu matava.


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Thomas L. Souteyrand
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Mensagem por Hades Weingarten Qua maio 15, 2019 10:38 pm





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A implicância de teu filho sempre foi algo que havia gostado nele, Hades, por mais que você odiasse aquele temperamento dele e a forma como ele sempre rebatia as coisas. Claro, Thomas tinha razão em acusá-lo de não ser um jovem conformado e preso dentro de um palácio, entretanto ele se esquecia de uma diferença fundamental entre os seus serviços na juventude e os dele: a nobreza de suas ações. No passado, quando tu servira à guarda real, havia sido de sua competência a proteção de Calipso, assim como todos os seus habitantes, enquanto isso teu primogênito saía por aí assassinando homens que ele julgava como perversos e merecedores de morte. Ele era um justiceiro, sem o aval do reino ou de ninguém.

— Sim, na sua idade eu não permanecia vivendo como um mero príncipe na fortaleza de minha família, isso é verdade, mas eu servia à guarda real e eu era um soldado. Você, meu filho, sai por aí se arriscando e matando qualquer um que você considere como uma ameaça. E se matar algum dia alguém por engano? E se terminar matando um homem de família confundido com um bandido qualquer? A linha que separa homens de monstros é tênue — afirmando aquilo para a sua cria, alisou seus compridos fios castanhos, ternamente. Tal ato era típico de vossa personalidade, sendo o carinho algo comum, apesar das expressões sérias na face imortalizada pela magia e pela forma um tanto quanto fria de agir.

A verdade era que você se preocupava com o garoto, portanto não queria vê-lo ferido ou, pior até, morto. Weingarten poderia ser um lugar perigoso para quem se aventurava a passear pelos distritos mais violentos, em especial El Diablo. Se ele prosseguisse com aquela loucura, terminaria sem a vida no fim das contas. Como fazê-lo ver a verdade? Conhecendo bem sua prole, a única coisa que se passava em sua mente era que nunca conseguiria obrigá-lo a lhe obedecer – era mais fácil ele desistir por conta própria do que algum dia ouvi-lo. É então que, em meio ao momento afetuoso, o garoto acaba por admitir que fora treinado por Hécate, tua esposa. O sangue ferveu, fazendo tuas mãos se crisparem enquanto energia vermelha era acumulada entre elas, prestes a explodir.

— Hécate o treinou? — perguntaste com fúria, pondo-se de pé, suas mãos ainda envolvidas pela energia, enquanto a liberava em uma pobre estátua à sua esquerda, destruindo-a e deixando a fonte sem seu adorno especial. — Como puderam fazer isso pelas minhas costas?! Eu deveria saber sobre isso! — esbravejou você, mas logo expirando e inspirando o ar para os pulmões, controlando a sua respiração e se acalmando, os olhos fechados. Abrindo-os, vermelhos e brilhantes, tu disparaste um riso para o garoto. — Eu conversarei com ela depois, mas no momento preciso que chame os guardas para limpar a sujeira que fizemos com os corpos desses homens, está bem? — apesar da suavidade e das palavras serem proferidas com delicadeza, até, era possível ver cada ameaça contida ali, escondidas por uma máscara de amistosidade.

Porém, aquilo era verdade; conversaria realmente com Hécate depois, ou melhor, brigaria com sua esposa depois. No momento, tudo aquilo que você queria era poder descansar.


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Mensagem por Thomas L. Souteyrand Qui maio 16, 2019 11:00 pm



Flaws



Não sabia a real reação dele, com suas primeiras palavras me deixou realmente mais tranquilo como eu pude enfim perder a curiosidade. Engoli em seco incrédulo que ele acreditava mesmo naquilo tão distorcido assim, ele praticamente desconhecia a mim como seu filho. Minha saliva parecia ter secado minha boca até mesmo com a falta de respostas, sua mão no meu cabelo como se eu fosse uma criança ainda. Olhei para ele, descendo até sua ferida e parei em seu peito, afastei a mão dele de mim: - Quem é você? Ou melhor, quem você acha que eu sou? - Levantei a cabeça o olhando nos olhos: - Isso não é um jogo, você não é o vovô como toda aquela cabeça incrível criando esse império e tendo tudo sob controle.

Neguei com a cabeça: - Você me criou e tem que confiar em mim. Um dia vou assumir o trono e vai fazer o que? Conspirar minha morte com um dos meus irmãos porque eu sou um mercenário? - Com o indicador apontei um pouco forte em seu peito e abaixei minha mãe. Não queria acreditar que ele faria algo assim, mas ele só assumiu porque seu pai morrera, não foi uma “tomada” e essa dúvida colocava em alto relevo esse questionamento sobre o que eu fazia fora daquele palácio. Eu estava triste com aquele sentimento dele duvidar de mim, como se eu tivesse anos atrás e talvez querendo que eu verificasse cada um que eu matei se realmente merecia.

Aquele olhar dele com o seu poder destruindo uma estátua me assustou assim que eu falei da mamãe, meus olhos arregalados com meu corpo se afastando dele. Levantei as mãos não querendo o machucar se ele tentaria algo contra mim e então sua reclamação como um balde de água fria em mim. Meu susto pareceu sumir com a raiva tomando conta voltando a me aproximar dele e tocando no peito: - E desde quando se importou comigo? Quando eu estava doente com meus poderes e só meu avô que me ajudou, ou então minha mãe tentando me ajudar a aplicar o que eu conseguia fazer. - Engoli em seco, tendo uma noção de realidade, mas não ia voltar agora.

Segurei a roupa dele o empurrando pouco para trás lembrando da ferida dele: - Você só se importa com suas filhas, por isso Orion não viveu nessa casa boa parte da vida dele. A diferença é que ele conseguiu quem o entendesse fora daqui e eu fiz aqui mesmo entre a família. - Respirei rapidamente arregalando os olhos: - Sim, o que eu faço não é o ideal e nem por isso pode mandar prender a mamãe por isso. Não pode culpá-la por ter que assumir a sua falta de atenção comigo. - Me afastei dele passando a mão no rosto secando o vazamento surpresa e voltando para o banco ali perto pra respirar um pouco.

Sabia que se voltasse para o quarto iria quebrar ele, precisava me acalmar ali antes de voltar pra dentro. Lembrando do dia como um álbum de fotos e não esperando nada como aquela noite encontrando seu pai e toda essa discussão. Parecia um péssimo dia para ter saído pra trabalhar e a lembrança de ainda mandar empregados virem limpar me fez notar o outro ainda ali: - Não se preocupe comigo como sempre, pode entrar falar com as suas filhas e brigar com a minha mãe. Vou continuar vivo sem você. - Precisava me controlar antes de sair dali, as vibrações pareciam mais altas com meus nervos em choque. Minha cabeça parecia prestes a explodir de dentro pra fora com a tensão.


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Thomas L. Souteyrand
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Mensagem por Hades Weingarten Seg maio 20, 2019 2:29 pm





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O amor que existia em seu coração era algo delicado, forte e poderoso, facilmente quebrável e destrutivo quando atiçado. Hades sempre havia sido o tipo de homem que matava e morria por sua família, tendo um amor gigantesco por seus pais e, consequentemente, por sua esposa e filhos. Entretanto, isso não significa que seus olhos se deixavam serem vendados pelas ações inconsequentes de seus consanguíneos. Justiça era justiça, e ele era a espada que descia para os injustos e os perversos, assim como a mão que era estendida para os proscritos, sofredores e necessitados. Ali, ouvindo seu filho falar uma metralhadora de ofensas e acusações, não pôde deixar de suspirar e crispar os dedos, fechando-os e abrindo-os em um exercício de controle que havia aprendido décadas atrás.

— Sabe que eu o amo mais que tudo, não é? — perguntou o loiro, volvendo a sua cabeça para a direção de seu filho e aproximando-se do mesmo languidamente, pondo uma mão em seu ombro e outra em sua bochecha, afagando-a. Afetuosidade transpirava das ações do rei, assim como era possível ver a fagulha do carinho de Hades estampada em suas íris. — Eu não quero que volte a citar papai novamente, por favor. Você nunca pôde conhece-lo como eu conheci, então não há como você afirmar se tudo realmente correu bem ou não. Além do mais, você só me comprovou até o momento que eu posso fazer tudo, menos confiar em você. Creio que Hécate tenha os seus motivos para ensiná-lo a arte da matança, mas os seus motivos para segui-la em seus ideais ainda permanecem uma incógnita que eu não sei se pretendo descobrir.

A verdade era que Hades se preocupava com todos os seus filhos, especialmente Ravena por ter a mente mais desvairada do que a dos demais. Thomas sempre havia sido o monte para o imperador, representando a solidez que todos os seus outros filhos deveriam possuir. Ele era o mais controlado, o que mais mantinha sob rédeas curtas os seus poderes, desenvolvendo-os de forma metódica desde a infância, o que mais sabia ponderar antes de agir e o melhor. Entretanto, em apenas uma noite o seu primogênito fora capaz de destruir, pôr abaixo anos de confiança. Ao ouvir a sugestão, mesmo que sarcástica por parte do garoto, de que algum dia Hades pudesse conspirar contra o próprio filho, o fez fechar as mãos em punho e depois abri-las com uma leve energia avermelhada em torno de seus dedos.

— Como ousa? — questionou amargamente o loiro, seu rosto franzido em indignação e remorso com tudo aquilo que ouvia. — Como pode duvidar do meu amor por você, Thomas? Eu não pude cuidar de você quando adoeceu porque tinha seu avô e sua mãe com você, coisa que a maioria das crianças órfãs não tem o luxo de obter. Sabe quantos meninos e meninas sem pais ou avós eu visito semanalmente nos orfanatos? O que queria; que eu largasse minhas obrigações e lhe desse carinho e amor noite e dia? — sua voz era baixa, quase sussurrante, apesar de haver agonia incontida em suas palavras.

Ele estava prestes a sair dali, a partir e deixar Hades sozinho sem a mínima chance de terminar a conversa entre pai e filho. Ele não poderia deixar aquilo acontecer. Com a mão esquerda, Hades criou a mana no ar saída diretamente de sua têmpora esquerda e, com os movimentos giratórios dos dedos indicador e médio, os apontou para a cabeça de Thomas, lançando a energia para ele. A primeira coisa que o rapaz veria ali seria o seu nascimento: ele sentiria toda a felicidade que brotara no coração do jovem príncipe quando encarou aquele pequenino ser que acabara de nascer, com pouco sangue e quieto. Seus primeiros passos, a primeira vez que ele chamara por sua mãe e, logo em seguida, emendara as palavras e chamara também por seu pai. Tudo aquilo, todo o orgulho e brandura que existia por Thomas, fora passado para o garoto.

Aproximando-se de seu garoto, seu primeiro filho e o mais amado, Hades beijou o topo de sua testa, cessando a ligação telepática entre eles. O imperador prometera nunca invadir as mentes de seus familiares, mas não pôde evitar mostrar um pouco da sua própria. Era necessário e Thomas compreenderia o nível de sua devoção por ele.

— Não quis machucá-lo ou ofendê-lo, só não quero que exista nada entre nós, está me entendendo? O mundo é cheio de feras lá fora, mas há monstros ainda piores aqui dentre destas muralhas, pessoas que fariam de tudo para nos ver uns contra os outros. É por isso que precisamos manter o laço que une nossa família bem apertado, para que não nos voltemos e comecemos a gladiar por causa do trono ou da coroa. Treine o quanto quiser com sua mãe, faça o que quiser da sua vida, pois tem liberdade para isso, mas quero que me prometa que não esconderá mais nada de mim. — Hades pediu com um sorriso meigo em seus lábios finos, sua testa próxima da de seu filho, suas mãos envolvendo as de seu menino.

Era isso o que Hades queria; união, que todos os Weingarten pudessem permanecer juntos e prosperassem. Eles não poderiam brigar ou mentirem um para o outro, ou tudo poderia ir por água abaixo. Como imperador, ele precisava garantir que isso permanecesse.


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Mensagem por Thomas L. Souteyrand Seg maio 20, 2019 3:55 pm



Beautiful Trauma



A pergunta dele foi quase retórica, a resposta entalada em minha garganta, sua aproximação afastando a vontade de responder de verdade. Uma mão em meu ombro e a outra no meu rosto enquanto ouvia sua ameaça para não citar meu avô novamente. Ele era mais alto que eu e aquela gentileza era quase pior que uma surra, ou gritos como ordem, porque eu não o atacaria e talvez ele mesmo soubesse disso. Ele me tinha em suas mãos, já reconhecia a facilidade de quebrar um pescoço na posição dele, não precisaria dos poderes. O receio de o responder com algo que provocaria ele era algo que eu não tinha certeza se teria como aguentar a reação dele.

Vi suas mãos se fechando, ao abri-las vi a energia nelas, lembrando da estátua bem recente em mente, fechei os olhos virando o rosto já imaginando minha destruição. Cerrei os punhos torcendo para aguentar o golpe antes de sofrer o dano, não conseguia atacar ele e isso me fazia odiar a mim mesmo por isso. Ele era uma fraqueza pessoal até mesmo para me proteger, não queria morrer, mas as palavras dele tão calmas me deixavam a sensação de eu havia falhado com ele. Se a resposta do meu pai descobrir meu trabalho era a minha morte, que seja, não me arrependia de ajudar o império da minha própria maneira.

Sem uma dor, ou ferimentos, as palavras me fizeram abrir os olhos aos poucos como que desacreditando naquilo que ouvia. A ideia do que esperava de meu pai me fazia mal, olhando para o chão sem resposta até que sentia aquela energia entrar em mim. Enfim ele me atingira, puxei mais ar para respirar, sentindo felicidade encarando um bebe, logo entendi que era eu, primeiros passos e palavras. Logo ele se aproximou novamente beijando minha testa, meus dentes trincados de nervoso ainda em dúvida com ele e não sabendo onde, ou como aquela noite foi tão longe.

Não vi quando, mas minhas mãos estavam envolvidas com as dele, me desvencilhando dele e dando um passo para trás com mais espaço pessoal. Levantando a mão esquerda: - Não vai compensar sua ausência com um abraço e esse troço mental que fez em mim. Comigo? Conosco? O que tenha sido. - Gesticulei um pouco ficando um pouco confuso afastando-o com toda aquela proximidade. Não era surreal, mas não tinha isso tudo e já estava velho demais para receber aquilo como se fosse uma criança facilmente ludibriada. Tateando minha calça e retirando de um dos bolsos um papel, desdobrei o mesmo e estendi o mesmo para ele.

Desviando os olhos e só voltando a olhá-lo para explicar: - Os números de registros dos acusados e os casos que se safaram, tem uma quantidade bem menor de nomes de cúmplices que foram intrometidos. Isso é desse ano só, o restante está no meu quarto se quer TANTO saber de tudo sobre mim. - Cruzei os braços suspirando um pouco, me sentia uma criança que explicava para um dos pais o que fez sendo que o outro do casal havia pedido para fazer. Não tinha tanta gente naquele papel, mas pelo menos ele veria parte do registro caso quisesse conferir que eu não matava inocentes. Engoli em seco, era grosseiro, mas do jeito que ele falara não poderia deixar de questionar sobre os limites dele: - Vai querer olhar meu corpo também? Feridas, cicatrizes e tatuagens.


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Mensagem por Hades Weingarten Ter maio 21, 2019 3:04 pm





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Ser acusado de negligência pelo seu próprio filho não era algo gostoso de se ouvir. Hades sentia o peso das palavras de Thomas e não conseguia fazer nada a não ser baixar a cabeça e ouvir. Ele compreendia a revolta de seu primogênito, entendia que ele se sentia abandonado pelo seu progenitor, entretanto, ele era um imperador, não era? Ele precisava cuidar de milhares de pessoas, separadas em distritos e que necessitavam de comida, zelo e cuidado. Era como se, após a morte de Norman, o bruxo de fios dourados acabasse se tornando também o pai de toda aquela cidade. Não era fácil; cobranças haviam por todo o lugar, nada nunca era o suficiente.

Estendendo um papel com os nomes das pessoas que Thomas decidira matar por conta própria, Hades apenas o ignorou e cruzou os braços. Decepção estava escancarada na face do imperador, cuja reação foi manear a cabeça em negação, como se ele fosse incapaz de acreditar naquilo que havia acontecido. O pior da noite agora nem havia sido os ninjas e sim a discussão com seu filho.

— Como pode ser tão egoísta? Eu tentei o máximo que pude lhe dar atenção, mas não pude ser mais presente pois eu tinha um império para liderar. O que queria que eu fizesse? Eu era o único sucessor de Norman, seu filho único. Se eu recusasse tudo para ficar com meu filho não teríamos mais uma casa, nem um palácio, nem sequer nossas vidas, pois sem um rei tudo aqui viraria um caos. Sim, poderia ter sido mais presente na sua vida e ter lhe dado mais atenção, mas isso teria um preço gigantesco e provavelmente nem existiria mais uma Weingarten para morarmos agora. Então me desculpe por priorizar toda uma nação ao meu próprio filho. — Sua voz se manteve branda, apesar de subir em alguns tons graves e quase chorosos. Os olhos do bruxo se mantiveram fixos nos de seu filho.

Ele não precisava passar por aquilo, muito menos depois de ter sido atacado e quase morto. Respirando fundo, pousou a mão no ombro de seu filho.

— Podemos discutir sobre isso para sempre e nunca chegaremos a um consenso que o agrade. Sei que é duro ouvir isso, mas você foi deixado em segundo plano, assim como todos os meus filhos. Eu fiz isso para protege-los, sabia? — alisando o queixo de Thomas, o loiro se limitou a um sorriso breve e delicado. — Eu trabalho dia e noite para construir o melhor lar possível para todos vocês, sofro com pedradas e críticas, ataques e conspirações, somente para criar um lugar bom o suficiente para todos vocês viverem em paz no futuro. Não quero que minha coroa caia sobre a sua cabeça e você se veja sem saída, sozinho, com um reino de caos e sofrimento. Tudo é por você. — Com as mãos de cada lado da bochecha de sua cria, o loiro mantinha uma expressão tristonha em sua face, de dor.

Ele fazia tudo aquilo por seus filhos, ele seria capaz de matar e morrer por eles. No fim, o imperador era apenas um homem que amava demais a sua família.


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Mensagem por Thomas L. Souteyrand Qua maio 22, 2019 9:35 pm



Beautiful Trauma



Meu pai não aceitou o papel então não queria realmente toda a verdade referente a mim, como outras vezes era apenas um desejo da boca pra fora. Confirmei com a cabeça como uma resposta à sua pergunta, mas apenas incrédulo tentando aceitar aquela pergunta como algo realmente válido que o mesmo me fazia de verdade. Me movi até um banco, me sentando e cruzando as pernas, ouvindo seu monólogo de “Ah, minha vida é tão difícil.” porque ele era filho único de Norman e precisava fazer isso, e aquilo porque senão nossas vidas não seriam daquela maneira. Aquilo não fazia uma postura de verdade dele, não devia ter cinco minutos que queria explodir porque eu era um assassino debaixo do seu nariz.  

Quase soando pervertido comigo, sempre me tocando e afastando uma mão dele que me tocava até que conseguira tocar minhas bochechas no ponto de me deixar com um bico de peixe. Não estava bem daquele jeito e com a voz alterada pela boca apertada: - Ta melhor assim? Me fazendo parecer um peixe como quando criança? - Aos poucos afastei as mãos dele de mim e levantei o indicador sonoramente fazendo “xi” para ele parar de ficar querendo me tocar. Neguei com a cabeça e o olhei nos olhos: - Não consegue ver o quão hipócrita está sendo? Ah não te dei atenção porque priorizei o império porque era o filho único do Norman.

Fiz um joinha, fechando meus lábios e afastando os dentes como bocejasse, mas de boca fechada fazendo uma feição debochada parabenizando-o. Concordei minimamente com suas palavras e bati palminhas rápidas enquanto falava: - Quer um prêmio por fazer seu trabalho. Ótimo, está muito bem. - Engoli em seco e abaixei minhas mãos voltando ao assunto anterior: - Não tem cinco minutos me questionando sobre já ter matado antes e ainda acha um absurdo que não soubesse disso. - Inclinei a cabeça pra frente balançando um pouco e levantando as mãos claramente questionando-o sobre isso.

Retornei minha postura normal, suspirei e balancei o indicador: - Não pode culpar mamãe por me ensinar a me defender e a matar, tornar disso um emprego é única e exclusivamente culpa minha. Ela me tornou forte, ou quem sabe no primeiro problema que eu tivesse como rei sequer conseguiria matar um invasor, ou um maluco que tentasse me matar. - Confirmei com a cabeça abrindo a mão e indicando pra ele: - Não quero menosprezar o que tem feito, mas o que eu vou enfrentar como rei independe do que está fazendo. Não dá pra saber com certeza os problemas do futuro, mas sim poderia me mostrar o seu trabalho como um treino de verdade para o futuro.

Abaixei a mão enquanto o olhava nos olhos: - Eu não quero um dia receber a coroa com os problemas e ficar louco com tudo que vier e ter de aprender na prática e errando quase tudo no início. Não quer que eu cite meu avô por talvez ele não ser o salvador puro que a igreja acha? - Fiz um joinha pra ele: - Ok, não posso saber da relação de vocês. Só que não adianta tentar melhorar as coisas no império e talvez a principal coisa que o Norman poderia ter feito, você não está fazendo que é preparar seu sucessor. - Desviei o olhar um pouco: - Isso se realmente não está treinando outra pessoa, como um dos meus irmãos.

Levantei as mãos fechando os olhos: - Não quero retornar essa sugestão de me tirar da linha de sucessão, mas parece isso de certo modo. É impossível ser melhor que seu antecessor se repetir os mesmos erros, não posso confirmar, mas entende o que quero dizer. Eu não quero um dia acabar discutindo com meu filho, ou filha sobre ela ter alguma vida secreta e não poder sequer mencionar meu pai no assunto. - Estava realmente irritado com ele, mas a forma dele de levar a conversa me cansou no nível de precisar sentar para poder dialogar. Eu não estava mais na postura ofensiva de antes, mas ainda assim ele não estava certo de verdade para eu me calar e ir dormir.  


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Mensagem por Hades Weingarten Qua maio 22, 2019 11:34 pm





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O vento noturno bagunçava meus fios loiros, os quais ajeitei com minhas mãos nuas. Gostava de usar luvas, exceto em ocasiões íntimas e conversas acaloradas – como a que estava acontecendo. Busquei manter a calma e o equilíbrio, pois só assim poderíamos chegar a uma conclusão e um consenso. Quando dois brigam, um sempre precisa manter os ânimos apaziguados, e geralmente eu assumia para mim essa tarefa. Preocupava-me genuinamente com Thomas, pois ele ainda era ingênuo para com o mundo; ele enxergava sob o espectro preto e branco que tanto moldou nossa história no passado e fez nações se erguerem e caírem em desgraça. As pessoas não eram de todo boas ou ruins, haviam camadas indistinguíveis, dores, feridas e desejos que definiam quem nós éramos.

E Thomas parecia ainda não ter conseguido ir até o núcleo de seu coração e encontrado a sua verdadeira voz. Ele exalava rebeldia com aquele seu jeito carrancudo e bravo, soando como um cão cheio de raiva. Eu não poderia culpa-lo ainda: faltava muita coisa em sua jornada, espinhos que deixariam cicatrizes profundas, coisas que, apesar de dramáticas, iriam moldá-lo e fazê-lo se tornar o homem que um dia seria digno o suficiente de tomar o meu lugar. Entretanto, tudo o que eu via à minha frente era o mesmo garoto fofo que chorava sempre que eu não o permitia ir brincar de “espada” em Le Ange. Isso me fez sorrir nostalgicamente, deixando de ouvi-lo por alguns instantes.

— Não precisa ficar bravo. Eu só me preocupo com você, Thomas. Se quer tanto lutar e fazer a justiça, entre para a guarda real ou civil, tenho certeza de que será mais do que bem-vindo. Quando eu ingressei na guarda real, eu não fui tratado como um príncipe, sabia? — aproximei-me de meu filho e sentei-me ao seu lado, pondo um braço em volta de seus ombros com um sorriso estampado em meus lábios. Certeza de que meus olhos brilhavam agora, marejados pelas memorias do passado. — Eu treinei com pessoas incríveis, fiz amizades e perdi algumas para a morte, mas todas moldaram o homem que eu sou hoje, meu filho. Você acha que vai ter uma história ou um legado atuando como um mercenário? Está ciente de que não trará justiça e sim o caos para o nosso reino, não é?

Eu queria o melhor para Thomas, mas ele era incapaz de ver aquilo e isso me entristecia – esperava sabedoria de meu filho mais velho. Se algum dia ele fosse pego em seus serviços de mercenário o seu fim seria o pior possível, pois como imperador eu não poderia poupar ninguém, nem mesmo os meus filhos, caso eles fizessem algo de errado. Ele certamente seria morto em dias após ser pego. Pelo menos esperei que ele fosse bom o suficiente para nunca ser capturado, como sua um dia fora. Meu coração apertou ao pensar nele, entretanto relevei ao suspirar e fechar os olhos, espantando a tristeza.

— Eu o entendo. Sei que quer achar um propósito, ser útil e ser você mesmo. É difícil quando as coisas complicam e você é destinado a algo tão grandioso, mas eu não quero que pense em coroa ou títulos, somente em viver a sua vida ao seu próprio modo, sendo feliz e vivendo cada dia naturalmente — pus uma mão em seu peito, abrindo um sorriso amplo. — Vai por mim, você vai viver bem melhor apenas sendo você mesmo, e não aquilo que sua mãe ou qualquer um queira designar para a sua vida. Acredite, papai sabe o melhor. — Alisei seus longos fios, pondo-me de pé e estendendo a mão para ele.

Fazia frio agora, muito mais do que antes, e o cheiro dos corpos e o sangue destes deixavam o jardim feio e bagunçado. Queria ir dormir, pois agora o sono me atingia e me fazia desejar minha cama mais que tudo.

— Vamos? Quero coloca-lo para dormir e lhe contar um segredo meu. Venha — balancei meus dedos, esperançoso de que ele aceitasse minha companhia.


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Mensagem por Thomas L. Souteyrand Qui maio 23, 2019 12:09 am



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Não vou me irritar. Não vou me irritar. Não vou me irritar. As palavras dele pareciam que tinha parado no tempo de algum modo, não importando o que eu falasse de maneira alguma. Era fisicamente meu pai, aquele jeito irritante cheio de mãos em mim parecia ser bem típico dele com o detalhe de novamente uma mão no meu ombro me fazendo retirar. Levantando o braço para passar pela minha cabeça e o devolver para seu dono, não tinha costume de todo esse afeto e o clima não permitia sequer essa proximidade toda.  

A sensação real era de falar com uma porta. Mas não parecia uma porta. Talvez a porta na atual situação me responderia de alguma maneira melhor que o pai, seja com farpas em meu corpo com a sua destruição. Como seria uma porta de imperador? Não poderia culpar a luta recente por todo aquele papo furado de proteger meu filho, esperar o melhor. Eu estava realmente tentando dialogar com ele e parecia que sequer era ouvido. Ou ele era maluco, ou me ignorava mais do que eu pensava querendo mesmo impor seus pensamentos através de desconsiderar as ideias alheias.

Recapitulando a conversa, ele pegou as revelações sobre eu matar como mercenário, minha mãe ter me ensinado e me tratar como um revoltado que não recebia atenção dele. Eu não estava bravo tentando me justificar com o que eu fazia, não buscava um legado e então a realidade da sua pergunta foi fundo em minha mente. Não ia trazer justiça e sim caos para o reino. Passei a mão no rosto descendo até tampar a boca incrédulo que ele dissera aquilo. Ele nem sabia meus poderes direito, nunca me viu lutando, ou fazendo qualquer coisa senão dormindo provavelmente e fazia aqueles comentários me rebaixando.

Realmente não importava o que eu dizia, ou fazia, ele era o imperador e aparentemente absorvia o que lhe convém apenas. Claramente essa era a base que eu não ia seguir, negando com a cabeça sua mão. Suspirei: - Você não está me escutando de verdade. Eu não sou uma criança mais. Isso era o mínimo. - Semicerrei os olhos como que avaliando a reação dele, mas já não tinha aquela disposição de ficar tentando e tentando ser ouvido. Me levantei ajeitando os cabelos para trás e colocando as mãos no bolso da calça. Molhei os lábios o olhando nos olhos: - Se você não me escuta, porque deveria ser recíproco? Guarde seu segredo pra você, pra outro filho, o que quiser fazer. - Dei de ombros e me virei seguindo o caminho mais longo para a entrada do palácio, evitando de encontrar com ele em qualquer outro caminho.

Ainda na intenção de esticar o trajeto para o quarto, pretendia avisar para algum dos criados sobre o ocorrido ali com dois invasores. Precisava lidar com aquilo cedo, ou de manhã já teria um cheiro insuportável, talvez até mesmo alguns bichos de decomposição como larvas e moscas brotassem se fizesse um sol forte logo cedo. Sorri sem graça me lembrando do sangue seco nos cabelos que ainda precisava tirar, como uma prorrogação para não deitar quando chegasse no quarto.


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Mensagem por Hades Weingarten Qui maio 23, 2019 5:42 pm





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A raiva era uma emoção poderosa, capaz de conduzir homens para a guerra e motivá-los a missões de vingança. Ela era algo superestimado, pelo menos na minha opinião. A calma e a sabedoria podiam ser bem mais eficientes, caso bem conduzidas. Thomas era indisciplinado, assim como a maioria de meus filhos, de forma que eu me via sendo obrigado a corrigi-los e a ensiná-los a como se portarem. Queria que eles tivessem a maturidade de Hécate e eu, mas isso parecia um mero sonho distante para mim. Meu primogênito parecia me odiar, rejeitando até mesmo as minhas carícias e minha proximidade. Tentei não ficar frustrado com aquilo, sendo refutado e tratado como um nada.

— Thomas. — Chamei-o, mas sendo ignorado enquanto ele me abandonava. Fitei os corpos no chão, movendo meus dedos indicadores e médios, estes sendo envoltos por energia avermelhada. Os cadáveres foram desintegrando-se enquanto os homens sumiam.

Bufei, encostando-me numa das colunas do gazebo do jardim, pensando sobre como havia sido frustrante todo o meu plano de tentar extrair a verdade de meu filho. Eu desconfiava de sua vida dupla, porém confesso que a surpresa de saber que Hécate o treinava era genuína. Colocar a sua vida e a minha na reta havia feito Thomas revelar sua faceta assassina, mas em compensação trouxe à tona uma raiva que eu desconhecia em meu filho, e agora eu me via em um beco sem saída, incapaz de confiar em meu próprio filho. Saí do jardim a passos lentos, indo para o quarto onde minha esposa tranquilamente repousava. Eu precisava de uma boa noite de sono.


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