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Mensagem por Ryan V. DiMarco Sex Abr 26, 2019 3:05 pm

Holiday
A passagem a seguir é Valentin Lancaster e Ryan V. DiMarco. Em Campos, por volta das 14h. O conteúdo que o texto aborda é SOMENTE PARA MAIORES.

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Mensagem por Valentin Lancaster Dom Abr 28, 2019 10:37 am




   
céu azul e vales verdes





Meu amor por Vlitra era algo além do normal. Lembro-me de crescer indo com o meu pai até os campos verdejantes, onde nos sentávamos na campina e admirávemos o horizonte, sempre felizes e contentes por termos um pouco de felicidade. Após a sua morte, parei de ir com tanta frequência, afinal minhas memórias do lugar eram doces e eu iria estragá-las indo lá sozinho. Bem, isso até eu descobrir que meu bravo soldado era na verdade um homem frio e cruel que se desfez do próprio filho.

A existência de Taylor ainda me assombrava, eu acabei pedindo alguns dias de folga para o capitão e, com um tempo para colocar as ideias no lugar, decidi visitar os campos de Vlitra, onde poderia, quem sabe, testemunhar um pouco de beleza natural e, consequentemente, acalmaria a minha mente perturbada. Indo a cavalo, pus uma mochila nas costas com comida e bebida e então parti a cavalgadas rápidas.

O lugar estava diferente, de certo modo, o que me fez lamentar um pouco. No alto da colina que usávamos para ver o horizonte agora havia uma casa, com uma família feliz e que colhia seus legumes. Acenei para eles, recebendo olhares de estranheza por ter ido até a propriedade deles, e então fui para outro lugar. Tratava-se de um lago formado a partir de erosões e chuvas constantes, com uma água límpida e fresca. Sorte a minha que ainda existia aquilo, então tratei de retirar as minhas roupas e, apenas de cueca, pulei ali.

Foi como se a água cristalina lavasse toda a tristeza, confusão e desarmonia em mim, refrescando não só o meu corpo, mas a alma. Foi então que notei, já tardiamente, uma presença. Não, melhor dizendo; um homem me observando. Virei-me para ele, olhando-o de cima a baixo.

— Olha, costumava vir aqui quando menor e esse lago era livre, se for sua propriedade agora eu peço desculpas, eu saio. — Comentei, apesar de me sentir um pouco traído. Era como se tudo aquilo que envolvesse a minha infância fosse retirado de mim, não só o meu maior herói, como também os meus pais, minha avó, meu irmão, minhas memórias e agora meus locais favoritos para se visitar.





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Mensagem por Ryan V. DiMarco Dom Abr 28, 2019 1:29 pm



Working hard
498 Words | Post 001 | smoking
Havia tido uma manhã cansativa com mais de três viagens com os sacos de produtos para o outro lado da muralha, era meio que um caminho favorável para ambos os vendedores que possuí um grande fluxo: Kaleo e Calipso. Não sabia como dentro da muralha era separada as sacas de grãos e outras coisas que pediam toda semana, talvez revezassem sobre isso, ou até mesmo iam atrás de Kaleo que poderia ser até provavelmente mais caro que a fonte: eu. Não era da minha conta o que faziam depois de pagar as sacas, com a garantia de produtos de qualidade, conseguindo o dinheiro pra pagar os empregados e me sustentar em último caso.

Cada viagem parecia um dia diferente com o rumo que minha mente tomava com lembranças de ir nessas viagens quando pequeno e depois sobre o império e a divisão das sacas para Calipso e Le Ange se haveriam mesmo uma divisão. Eram roupas mais protegidas que os compradores de Kaleo, mas julgar entre o exército e o distrito real era mais complicado pelo meu pouco conhecimento dos mesmos. Usando bermudas de calças reaproveitadas, adequadas para aquele dia de tantas viagens e passagens de mercadoria durante aquele sol e calor que deixavam tudo mais apressado querendo sair daquela claridade que sentia possível queimar até os ossos.

Retornando perto do almoço pra casa e um deles me convidou pra comer com sua família, nem precisei comparar com a necessidade de preparar algo se fosse pra casa. Aceitando sem graça e comendo à vontade sem preguiça depois de muito tempo, fazer a própria comida depois de trabalhar parecia que não rendia, que mesmo ruim iria comer e deixava realmente em dúvida se eu cozinhava bem, ou não. Agradecendo a hospitalidade logo que as crianças foram perturbar o pai pra brincarem e me despedi dele para os deixar livres de esconder algo de mim. Não tinha muito o que eu não soubesse dele, mas talvez naquele calor eles tivessem mais liberdade quando sozinhos e tiveram de se conter por mim.  

Segui até um lago ali perto para fumar e relaxar um pouco depois de comer sem ser um alvo tão fácil para o sol. Já havia começado a tragar no caminho mesmo, sem esperar muito e me surpreendendo com um homem de cabelos curtos e bem forte nadando no lago. Devo ter deixado passar um tempo observando fumava e tentava lembrar se o conhecia de algum dos campos próximos dali. Ele então me notou e sem graça falou que iria sair dali, sorri enquanto puxava um pouco e soltava o respondendo: - Pode ficar, não é como se alguém utilizasse aqui se não fosse nesses dias quentes. Não posso privar um banho nesse calor.

Caminhei na beirada retirando meus sapatos e soltando as alças do macacão, ficando com o peito livre sem aquela marca na pele e um short enquanto sentava na beirada. Traguei um pouco mais e o questionei: - Nota-se que não é daqui, veio de onde?

— Minhas falas <*f><*/f>



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Mensagem por Valentin Lancaster Sex maio 03, 2019 12:00 am




   
céu azul e vales verdes





Ainda me refrescando nas águas frias daquele lago, não podia deixar de me recordar dos dias em que minha família inteira ia ali, passávamos o dia inteiro, nadávamos, como sempre meu pai buscava me ensinar a como nadar direitinho e como sobreviver a um ataque debaixo d'água – até nos momentos de diversão o velho Lancaster tentava me ensinar alguma coisa útil. Enquanto banhava-me, o rapaz puxava um pouco de conversa ao perguntar de onde eu vinha. Sorri, baixando o rosto e logo voltando a fitá-lo com nenhum intento de esconder que estava achando-o um gato. Passei a língua pelo lábio inferior, dando de ombros para a sua pergunta.

— Se eu falar perderíamos a graça de não nos conhecermos bem. Sou Valentin, é tudo de que precisa saber no momento. — Respondi-o, tentando não soar rude, somente um pouco atrevido. Saindo do riacho, alcancei minha mochila e puxei uma toalha, enxugando primeiramente os fios negros e úmidos, logo retirando o excesso de gotículas de minha derme, baixando minha única vestimenta – a cueca – e torcendo-a, balançando-a e jogando-a num dos bolsos da mochila.

Retirei uma roupa nova, esta sendo composta por: uma calça larga e cinza de tafetá e uma camisa de algodão, sem cueca alguma – elas incomodavam. Assim que me vesti, voltei minha atenção para Ryan, apontando para o seu cigarro.

— Não devia fumar cigarro, meu pai fumava e acabou morto, sabia? — questionei-o, advertindo sobre os riscos da nicotina. Claro; meu pai havia morrido por monstros, mas isso eu não iria revelar no momento – nem todos gostavam de filhos de militares, principalmente quando estes também eram do exército. Não sabia como eram os ânimos e opiniões de Vlitra, então mantive-me na moita para não dar bandeira e terminar com inimigos ou expulso de lá sem motivo.





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Mensagem por Ryan V. DiMarco Ter maio 07, 2019 3:59 am



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577 Words | Post 001 | smoking


Não tinha ideia de como seguir dependendo da resposta, desconhecendo os rumos das procedências corretas com uma visita de outros locais. Imaginava que se viesse do centro seria algum egocêntrico procurando fugir provavelmente, ou em algum tipo de jogo, mas ele parecia exatamente “perdido” ali, talvez apenas não tão frequente naquela área. El Diablo e Kaleo com certeza me preocupariam mais do que Le Ange, julgando as criaturas mais cruéis e malucas querendo alguma coisa em Vlitra que não conseguiam lá dentro. O pensamento de ser do Exército me deixa em dúvida, não tinha qualquer conhecimento deles, ou convivência, algum boato que fosse e tirando os guardas da muralha já poderia dizer que sequer chegara a ver.  

A apresentação dele me incomodou, não deixando claro suas origens como se aquilo fosse um jogo e deixando-me cego em uma sala manipulada pelo menos, só vendo as cartas que ele permitia. Não conseguia jogar muito além do que ele permitia e coincidindo com os meus pensamentos de “jogo”, o mesmo saiu d’água retirando a peça de roupa encharcada para colocar uma seca. Não invadindo o resquício de privacidade que ele teria ali se eu não estivesse presente, evitando olhar para seu corpo pelado e então vestindo novas peças secas anteriormente guardadas. Não podia dizer limpas, mas ao menos protegidas na mochila dele de insetos que poderiam surgir.  

A advertência dele me fez sorrir dando mais uma tragada notando que quase esquecera dele enquanto observava, ou me continha em olhar o outro despido. Não precisando de muito, só de imaginar a situação, o safado já apareceu como se tivesse sido um convite muito grande. Olhei para aquele peito ferido como se fosse os olhos do espírito, me chamando para focar exatamente na causa de sua morte. “Ele mente. Eu era do exército e morri por um monstro além das muralhas do império.” Sorri olhando daquele senhor, ele era bonito, não parece ter tanta diferença de idade pra Valentin e voltando a olhar para o vivo de roupas novamente.  

Ainda com um olhar divertido puxei um pouco e o respondi deixando a fumaça sair: - Pode falar o que for, seu pai ali atrás te desmentiu. Ele não morreu pelo cigarro, foi por algum monstro fora da muralha. - Fechei os olhos inclinando a cabeça pra direita e voltando a olhá-lo: - Não conheço o monstro, mas foi algo terrestre com longos dentes. - Gesticulei no meu corpo tentando comparar a ferida olhando pra figura etérea, sinalizando o tamanho da perfuração e então percebi o que estava fazendo. Eu estava explicando como um soldado morreu fora das muralhas para o filho dele, e me divertindo. Nada saudável.  

Levantei o olhar levemente assustado por ter me empolgado com aquilo e tentei me explicar um pouco que fosse: - Desculpe, eu nunca tinha visto um espírito com uma morte tão chamativa. Não foi certo falar disso com você. - A fala do pai dele me lembrou tanto do meu que realmente me empolguei como se fosse uma situação familiar, mas saber como exatamente o pai morrera não era bonito de ver, de imaginar e nem de acompanhar um estranho explicando isso. Não sabia o que falar, não sabia um tipo de feitiço pra voltar no tempo e duvido que persuasão fosse fazer ele esquecer algo dos últimos momentos. Me limitando a fumar um pouco sem olhar para nenhum dos dois ali pra não ficar novamente tentado a falar algo, ou a perguntar mais besteiras.  

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Mensagem por Valentin Lancaster Qua maio 08, 2019 10:55 am

i'm broken

Não esperava que eu fosse ser bem tratado ali em Vlitra, visto que a fama no geral era de que os camponeses de lá eram bastante reclusos, não gostando de visitas e mantendo-se o mais afastado o possível de todos os outros distritos, sendo este um dos mais pacíficos e remotos do que os outros, principalmente por haverem mais plantações e mato do que pessoas. Ryan era agradável, tinha um ar canastrão, com aquele cigarro na boca e jeito de garoto mau. Entretanto, enquanto terminava de me vestir, eis que, com a porra de um sorriso no rosto, ele comenta sobre como meu pai realmente morreu. Foi como se veneno tivesse paralisado meus membros, enquanto eu ouvia todos os detalhes sórdidos de como ele havia morrido.

Lentamente, voltei-me para ele e em nada aquilo ajudou: seu sorriso amplo era como quem acabava de me dar uma boa notícia ou tivesse contado alguma piada engraçada. Engolindo em seco, controlei-me bastante para não bater nele, mas céus, como queria esmagar aquela cabecinha e deixá-la um amontoado de miolos. Fechei os punhos, trêmulo, enquanto os meus braços eram revestidos de diamantes pontiagudos.

— Desgraçado! — murmurei, irritado, enquanto ouvia suas desculpas e maneava a cabeça em negação, rejeitando as suas desculpas. — Acha engraçado meu pai ter sido assassinado?! Como se atreve, seu merda? — praticamente resmoneando furioso, aproximei-me dele e, pronto para lhe desferir um soco, eis que subitamente sinto que alguém decide assumir o controle.

Celeste

Ainda confusa com a situação, levei as mãos até as barras de minha saia curta vermelha, ajeitando-a, dando uma última olhada em minha camiseta curta e nos meus cabelos negros e compridos amarrados em Maria Xiquinha. Enrolando alguns fios nos dedos, mordi o lábio inferior vendo aquela delicinha bem na minha frente. Sorri, corando e pondo um dedo nos lábios. Céus, como ele era grande!

— Ei, daddy, vem sempre aqui? — cumprimentei-o, aproximando-me e, então, ergui o joelho esquerdo, encostando em sua virilha. — Vamos brincar de papai e filhinha? Eu acho que fui uma ninfeta muito má, vai me punir e dar uns tapas na minha bunda? — fui ficando de joelhos, agarrando o membro alheio e começando a masturbá-lo, quando senti que a porra do meu momento de prazer havia sido interrompido.

Uma garota não pode trepar em paz mais?

Liliana

Recuei, ainda aflita com o que havia acabado de fazer e com lágrimas em meus olhos. Eu não podia ir contra as regras de Deus! Aquilo era pecaminoso e agarrar as partes imundas de um homem era como se agarrar ao próprio Satanás no inferno. Olhando a mão ainda enojada, comecei a vasculhar a mochila de Valentin buscando uma faca – precisava me livrar daquilo o quanto antes, ou o reino dos Céus não me pertenceria. Oh, Senhor, por favor, perdoe-me, não fui culpa minha e sim das outras personalidades malignas que habitam em mim. Por favor, não recaia sua fúria sobre minha cabeça! Enquanto orava repetidamente, chorava copiosamente, evitando olhar para o homem.

— Não olhe para mim, homem vil, tu és uma provação enviada pelo próprio Lúcifer. Afaste-se! — gritei, achando a faca e aliviando-me instantaneamente ao segurá-la firmemente em minhas mãos. — O Senhor é o meu pastor, nada me faltará. — Mirando no pulso, encostei a lâmina na carne e então meu corpo passou a convulsionar, meus olhos giravam em todas as direções e eu podia sentir o Espírito Santo entrando em mim.

Eu iria para o Paraíso agora.

Iris

Engoli em seco, largando a faca de volta dentro da mochila e pondo-me de pé. Provavelmente tudo aquilo havia sido estranho para o pobre Ryan, entretanto ele havia provocado Valentin em um momento sério da sua vida, onde toda a sua fé havia sido testada e seu amor por seu próprio pai havia sido agitado na balança. Tinha pena do meu garoto, pois isso significava que ele passaria horas distante, isolado, antes de poder retornar à superfície. Ergui minha mão para que Ryan pudesse apertá-la e, cordialmente, assenti ao mesmo.

— Perdoe-me por ter testemunhado isso. Valentin acabou de ter um surto psicótico e teve de "sumir" por um tempo. Acabei tendo de assumir o controle e continuar do ponto onde ele parou, o que viu foi... bem, uma dificuldade de sincronização. Prazer, sou Isis. — Sorri pela primeira vez, um pouco mais tranquila enquanto sentia que, aos poucos, Valentin se acalmava e adormecia de vez denro da mente-colmeia.

Esperava honestamente que Lancaster pudesse voltar ao normal, que a sua dor passasse e ele tivesse todo o tempo necessário para se curar das feridas emocionais infligidas pelo necromante, médium ou seja lá o que fosse Ryan. Enquanto isso, eu permaneceria no controle.


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Mensagem por Ryan V. DiMarco Dom maio 12, 2019 5:30 pm



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505 Words | Post 001 | smoking


Sabia que não ia ser muito boa a reação, mas com um mundo de quimeras realmente era difícil dizer qual o tamanho do dano que causaria nos outros, tanto sentimental, quanto ao ambiente dependendo do outro fator. Fechei os olhos esperando algum ataque dele enquanto deixava um pouco mais de fumaça sair para não engasgar se sofresse um impacto forte. Aquilo demorou um pouco e abri o olho direito percebendo não ter mais Valentin diante de mim, era uma mulher de olhos mais fechados com longos cabelos escuros.  

Ela parecia uma criança grande pela forma de prender aqueles cabelos, as roupas meio infantis dando um ar mais pervertido com as curvas de seu corpo até que começou a falar. Fazendo uma pergunta maliciosa e então avançando sobre mim, com o joelho na minha virilha já seguindo para uma masturbação sob as roupas. Aquilo era tão estranho que nem tragar consegui tão concentrado naquilo para sequer atrapalhar os detalhes que captava daquela garota. Novamente minha surpresa pondo-se como um trago de cigarro e a minha dúvida da garota sendo sanada diante dos meus olhos dessa vez, era outra mulher bem diferente da anterior.

Negando aquele ato e odiando ter “aparecido” naquele momento, se afastando e falando umas coisas sobre provação e que eu era mal, para eu não a olhar, mas é claro que eu ia olhar. Aquilo era mais louco que os fantasmas que eu via, sem considerar o que eu podia ouvir deles sobre os vivos, mas aquela troca de pessoas era bem mais forte do que comentários que eu escutava. Segurando uma faca como um tipo de salvação e então aquela coisa aconteceu de novo, mas dessa vez menos extremista para alguma coisa e talvez mais equilibrada.

Ouvi uma bufada “Ah meu filho. Ainda fica assim.” Virei o rosto pra ele: - Cala a boca um pouco por favor. - Ela apertou minha mão, e voltou a olhar pra ela, era mais calma e bonita que as outras, sem adereços, ou modificações. As palavras dela não fizeram realmente muito sentido sobre as habilidades dele, mas me deixando com a culpa mais concreta sobre o ocorrido. Desviei o olhar um pouco e não sabendo se poderia haver um meio, mas ainda assim sentia necessidade de fazer a pergunta. Bati de leve na mão dela e a olhei nos olhos: - Foi culpa minha, sinto muito. Eu estou acostumado a ver mortes naturais e algumas violências usando poderes, mas o pai dele foi uma novidade total pra mim.

Neguei um pouco, fazendo uma reclamação muda sentindo a dor e joguei o cigarro longe, o mesmo acabara chegando nos meus dedos. Voltei a olhar pra ela esfregando minha mão na calça: - Não foi por mal, eu só não tenho controle quando e como eles aparecem, às vezes alguns me empolgam com suas mortes. Eu fui insensível de se falar, poderia tentar consertar isso de algum modo, Ísis? - Ela poderia ser retirada do controle, mas ainda assim tinha uma chance de tentar minimizar o estrago.  

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Mensagem por Valentin Lancaster Ter maio 14, 2019 4:44 pm

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Isis


O meu amor pelo combate era a única coisa que eu sabia e conhecia. Minha experência envolvia a guerra, sendo eu uma guerreira por natureza e sempre surgindo para lutar quando Valentin não era mais capaz – o que raramente acontece, então às vezes eu preciso assumir a frente, mesmo sem ele querer. De todos de nós, eu era a menos invasiva, raramente surgindo à força no corpo do Lancaster, somente quando eu era necessária e ele precisava tirar uma folga. Não me considerava uma cuidadora ou uma mãe do rapaz, mas confesso que me via como uma espécie de guardiã. Ryan, parecendo não tão surpreso assim, porém curioso e interessado, buscava reaver a conversa com o metamorfo a todo o custo. Mordisquei o lábio inferior, pondo as mãos na cintura e fechando os olhos enquanto o ouvia e analisava seu pedido.

Valentin poderia explodir, ou isso ou ele libertaria personas bem mais violentas e cruéis, e seria bastante difícil para mim recuperar o controle do corpo dele e fazê-lo retornar à razão. Ponderei um pouco; Tin deveria ter uma chance de conversar com Ryan e resolver a situação, eu decidir no lugar dele as coisas não iria ajudar em nada, e ele continuaria se sentindo domado por toda a enxurrada de personas. Suspirando, assenti, fazendo uma continência informal e vasculhando a mochila, agarrando uma sacola de biscoitos e comendo-os, ofertando a Ryan alguns.

— Posso tentar fazer isso, mas já vou avisando que o Valentin não bate muito bem da cabeça. É chato de ouvir e falar sobre esse assunto, mas a verdade é que há dezessete pessoas dentro da mente dele, incluindo eu. Nem todas são calmas e conscientes como eu, algumas se acham a personalidade primária enquanto outras são completamente loucas e insanas. — Comentei, e então deixei que Valentin assumisse o controle.


Valentin


Estava de pé, completamente imóvel e com os olhos lacrimejantes. Engoli em seco, pensando sobre como meu pai havia morrido cruelmente. Eu não o odiava, apesar da monstruosidade que ele fizera com o meu irmão, mas eu também não o amava. Era um sentimento ambíguo que residia em mim e me deixava dividido sobre minha família. O que fazer? Encarei Ryan, ainda sem saber o que fazer.

— O que você quer, caralho? Vai rir da morte do meu pai de novo? Ou vai conjurar o espírito da minha avó e do esposo dela também? — debochei amargamente, ainda frustrado com o rapaz.


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Mensagem por Ryan V. DiMarco Ter maio 14, 2019 10:37 pm



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377 Words | Post 001 | smoking


Desconhecia o outro e a curiosidade com algo tão complexo me deixava a sensação de ser uma criança encarando um idoso com trilhões de histórias que eu sequer tinha ideia que haveria. Meu cigarro já havia sido esquecido como uma ocupação para calar minha boca, a dúvida com o que poderia falar besteira me refreava para qualquer coisa além de uma conversa comum. Ela parecia mais sensata que as duas antecessoras dela, como que me fazendo confiar mais nela, aceitando os biscoitos por educação enquanto a ouvia se explicar.

Não conseguia me imaginar com várias versões de mim dentro da minha cabeça lutando e disputando para ficarem na superfície. Sem desconsiderar que não era apenas a disputa, sem qualquer suavizada nas suas palavras, querendo talvez me assustar com o que eu estava pedindo. Eu queria realmente consertar as coisas, não era para o deixar “quebrado” em um dia como aquele que ele fora ali para descansar. Do que adiantaria vir para relaxar em um local “pacífico” e acabar ficando numa situação dessas de um desconhecido zombando da morte de um familiar?

Eu realmente não fui empático e não podia querer que ele fosse comigo em resposta, não era justo e tinha de receber a resposta que ele tinha em mente. Não queria morrer, mas havia como contornar isso e apenas confrontando Valentin. A transformação ocorreu da mesma forma, me deixando curioso se doía, se ele “dormia” nessas transições, até mesmo se ele era a personalidade principal, mas essa última não era da minha conta. O último biscoito que me ofereceram enfim acabou e me concentrando apenas no outro fiquei mais sem graça do que esperava.

Engoli em seco ouvindo suas palavras já não me assustando com mais espíritos aparecendo atrás dele. Revirei os olhos respirando fundo tentando não explodir com ele tendo certa razão e me levantei limpando minha bunda. Ele não estava errado, mas abusar também não. Levantei as mãos não querendo atacar ninguém: - Me desculpe, sei que errei em comentar sobre o espírito do seu pai e a morte dele, mas fica citando toda sua família forma só vai me irritar com eles surgindo aqui pela minha falta de controle. Vai falar do Norman e toda a realeza de Calipso morta, ou já acabou?

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Mensagem por Valentin Lancaster Sex maio 17, 2019 4:45 pm

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A ira ainda inflamava o meu peito, assim como o rancor de Ryan. Ele não havia tido culpa em ver o espírito de meu pai ali, assim como não era sua culpa também ter recebido todos os detalhes sangrentos acerca da morte de meu progenitor. Mas caçoar daquilo havia sido como uma faca cravada no meu peito, e por isso eu talvez nunca fosse capaz de vê-lo com os mesmos olhos bondosos de antes – se bem que provavelmente nunca mais nos veríamos depois de hoje, dado os distritos diferentes nos quais vivíamos. Ouvi-lo me dar uma bronca me fez pensar direito sobre a intensidade da minha raiva, e então peguei minha mochila, pondo-a em minhas costas e segurando as suas alças.

— Não me importo com os mortos, somente com o meu pai. Eu evitei a minha inteira saber como ele havia partido porque eu sabia que, como um soldado da tropa expedicionária, ele muito provavelmente tivera uma morte lenta e dolorosa, então preferi manter viva na minha mente as memórias boas sobre o meu pai. — Comentei, retirando um pacote de biscoitos e estendendo-o para Ryan, já que ele aceitara os biscoitos que Isis havia ofertado.

Ele afirmara não ter controle acerca de seus poderes, o que havia explicado o motivo dele ter invocado o meu pai ou tê-lo chamado do além. Por algum motivo, eu quis vê-lo, saber o motivo dele ter abandonado meu irmão e deixado-o para perecer no lixo. Suspirei, apertando com força a alça da mochila.

— Sinto muito por você ter esses poderes... devem ser horríveis, principalmente se tiver algum parente morto — comentei comprimindo os lábios, pensando se eu perguntaria ou não se ele podia invocar o meu pai. — Você vê espíritos? É esse o seu poder?
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Mensagem por Ryan V. DiMarco Sáb maio 18, 2019 2:45 am



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As palavras dele não pareciam realmente uma mentira, também não eram uma mentira porque eu não o conhecia. Com o seu comentário e meu hábito de desconfiar, levantei o indicador e inclinando a cabeça para ver atrás dele o seu pai confirmar algo daquilo. Confirmei com a cabeça a sua explicação mímica pelas feridas que comentei e discordei do vivo: - Lenta não foi, mas dolorosa com certeza. - Desviei o olhar levantando as mãos, me poupando de explicar muito senão acabaria me empolgando de novo e retornaria ao problema inicial.

Concentrando minha mente um pouco no fantasma do pai dele, os outros foram sumindo aos poucos, não sendo realmente bom ter muitos deles por desgaste de ter um contato com os mesmos. Os biscoitos ainda serviam para manter minha boca ocupada, mas não tão efetivos quanto quão Ísis porque nesse atual momento era eu quem tinha algo dizer e não podia ficar mastigando pra sempre. Voltando a acender o cigarro e indo para uma pedra mais alta pra não ficar molhando os pés de novo.

Suas palavras pareciam quase sinceras justamente por estar de costas pra ele encarando as pedras. E então viera aquelas perguntas que me trazem reações não muito boas em sua maioria. Traguei um pouco e dei de ombros: - Eu não sinto prazer em ter fantasmas aparecendo fora do meu controle, mas não acho ruim de maneira alguma. Eu tive essa conexão com espíritos desde a puberdade, meu pai me queria treinar nos campos e eu não queria, os espíritos apareceram e eu me viciei em ópio. Não evitava tanto assim meu pai, mas durante o efeito não vi meus avós, ou alguém que um dos empregados falava.

Desviei o olhar dele um pouco tragando um pouco e soltando antes de falar: - Uma noite como qualquer outra pra mim, fugi dos meus pais para a plantação de ópio, uns garotos idiotas e mais velhos que eu, me prenderam como um espantalho numa plantação perto da minha casa. Eles queimaram minha casa com meus pais dentro, jogaram algo preto em mim e depois palha como algum tipo de brincadeira imbecil, vingança por algo dos pais deles, nunca procurei saber. Algo saiu de mim apesar do ópio no meu organismo, só lembro de uma energia verde como fogo e no dia seguinte todos estavam mortos aos meus pés enquanto ainda estava preso.

Voltei a olhar pra ele: - Me chamam de Maligno pelas minhas costas, eu vejo espíritos, tenho algumas magias, amaldiçoo quem me desafia. - Dou de ombros sorrindo soltando um pouco de fumaça: - Não devo ter lhe respondido direito, mas eu não tenho ideia do que chamar. Entende?

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Mensagem por Valentin Lancaster Ter maio 21, 2019 1:37 pm

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A constatação da morte de meu pai era como se houvesse uma oficialização acerca daquele fato, como se saber dos detalhes de sua morte fossem suficientes para deixa-lo morto. De verdade, para todo o sempre. Era como uma finalização para o meu tormento, de repente todos os meus anos de serviço à tropa expedicionária foram varridos para debaixo do tapete. Eu havia me unido a eles por ser o que meu pai faria, mas eu não o conhecia, não como eu deveria. Ele era falho, cometera erros graves e não era o herói em armadura dourada montado num cavalo branco. De certa forma, eu havia preservado na minha mente a ideia tola e infantil de que meu progenitor era perfeito.

Mas Taylor havia surgido na minha vida. Ele me mostrara a verdadeira face de meu pai: a de um mero humano, não um santo num pedestal. Graças a morte de minha avó as memórias suprimidas haviam sido libertadas numa fúria selvagem, fazendo-me enxergar a verdade e confrontá-la ao perseguir meu irmão. Ele tinha uma vida muito pior do que eu poderia imaginar, vivendo em El Diablo e sofrendo como um prostituto. Ele poderia ter sido guiado por seus pais, por mim, poderia ter se tornado um soldado ou um comerciante, até. Mas não, ele fora abandonado pelo medo de meus progenitores e sua existência fora simplesmente deletada da minha mente sem a minha permissão.

Ryan aparentava gostar de seus poderes, achando-o muito bom e comentando sobre ele ter surgido desde a sua puberdade. Ele comentou sobre seu vício em ópio como se não fosse nada, revelando sobre a morte de seus pais e como ele apenas sobrevivera devido a uma brincadeira sem graça. Ao expressar seu apelido por parte das pessoas, Maligno, ele fala sobre ser capaz de lançar maldições e praticar magia. Cocei a nuca, passando os dedos pelos meus fios escuros e sorrindo sem jeito.

— Poxa, que chato — foi a única coisa que pude exprimir no momento, sem jeito. — Eu acho que você poderia tentar uma nova vida em Kaleo, o que acha? Criar seu próprio negócio por lá, distanciar-se o máximo possível de pessoas que te acham uma obra do mal e te chamam de Maligno só por ter poderes sombrios. Você poderia ter um novo nome, uma nova história. Todos nós temos uma chance de recomeçar, várias, na verdade. — Comentei cruzando os braços e deixando o cotovelo direito apoiado no antebraço esquerdo, roendo a unha.

Aquilo era a mais pura verdade. Todos nós tínhamos demônios para enterrar, monstros para enfrentar e medos que precisávamos bater de frente para evoluirmos. Pelo que Ryan havia revelado, ele tinha sua própria cota de feras do passado. Ele provavelmente havia sofrido muito com as mortes de seus pais.

— Pode morar na minha casa, ela está vazia mesmo, já que eu sempre estou na tropa fazendo expedições... — comentei como quem não quer nada, olhando-o de cima a baixo e, sem conseguir disfarçar, sorri.

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Mensagem por Ryan V. DiMarco Ter maio 21, 2019 2:12 pm



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As palavras dele me deixaram sem muita reação, me atentando apenas ao cigarro enquanto o olhava e então seu olhar me fez perceber parte da sua intenção em falar daquilo. O cigarro chegara ao fim, me levantei da pedra e neguei com a cabeça: - Não posso sair daqui. Eu já me prendi aqui há anos, não perdi meus pais tipo ontem, já faz quinze anos, reconstruí a casa e me estabeleci. - Sorri sem graça: - Ainda uso ópio, mas eu assumi as terras da minha família, não é um pequeno comércio que eu poderia tentar mudar. - Neguei com a cabeça um pouco.

Me aproximei dele, ficando na metade do caminho entre ele e a pedra em que estava, o olhando como que avaliando o momento. Engoli em seco e continuei: - Eu não entendo seus poderes como você, esse lance de troca, mas não posso fugir dos meus problemas apenas me mudando. Posso fugir dos espíritos daqui, mas me depararia com os assassinatos, acidentes e o que mais tivesse em Kaleo. Eles são atraídos para mim, e independente de quem sejam, ou do que foram, vão me julgar e apenas eu posso vê-los.

Respirei fundo, fechando meus olhos e abri minha boca liberando suavemente a fumaça branca. Abrindo meus olhos permitindo aquele brilho da convocação com os braços apertos me deixando ser usado como um portão para ele se tornar visível para o outro. A passagem me arrepiava como frio gostoso em meio ao calor, voltando a piscar os olhos normalmente e a boca sem a fumaça fantasmagórica encarando o pai de Val sob a água enquanto o outro se aguentaria depois do que acabei de fazer.

Arqueei as sobrancelhas vendo sua reação: - Isso é divertido às vezes, não posso sair por toda Kaleo fazendo fantasmas ficarem visíveis. Ou El Diablo, o que for. Eu tenho estabilidade aqui, não é perfeita, mas... é minha. - Sorri sem graça me aproximando dele e batendo em seus ombros: - Além do mais, se eu fosse para Kaleo poderia acabar me revoltando contra o império pela realidade que ouço falar de lá. Agora se entenda com seu pai, não aguento mais ver ele atrás de você julgando nossa conversa.

Andei para atrás dele e fiquei sentado numa pedra atrás esperando pelo que aconteceria, seja um puto, o outro chorão. Parecia confuso, mas que eu iria me arrepender se não ficasse para ver.

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Mensagem por Valentin Lancaster Ter maio 21, 2019 8:58 pm

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A alma do próprio Ryan parecia presa àquele lugar tóxico. Para mim, era o Paraíso visitar aquele local, com os seus campos verdes, riachos, rios e pássaros voando no horizonte. Porém, como viver naquele local ermo onde todos os outros fazendeiros tinham medo de você? Pelo que o necromante à minha frente havia falado, seus poderes o fizeram ser amarrado como um espantalho por um grupo de garotos, enquanto seus pais eram queimados vivos dentro da casa da família. No lugar do bruxo, provavelmente eu teria me vingado, queimado cada um deles e feito tudo mil vezes pior. Talvez por isso eu fosse tão bom em matar monstros: eles haviam assassinado o meu pai, certo? Então era um dever quase sagrado matar cada um deles.

Ele tinha o seu próprio negócio ali, havia construído sua própria casa, tinha terras e isso ele não teria se fosse para a cidade. Às vezes o ermo pode ser bom, pensei. Se eu algum dia quisesse sair da tropa e me aposentar, com toda a certeza viria morar aqui, onde a brisa é sempre fresca e o tempo sempre tropical e agradável. Ao comentar sobre o meu pai mais uma vez, eis que Ryan literalmente faz meu pai aparecer para mim, material e quase palpável. Engoli em seco, virando-me de costas para ele e fitando o bruxo.

— Eu preciso que o faça sumir. Ele é um morto e é só isso que ele precisa ser. Não devo nada a ele e não quero suas respostas. — Falei afirmativo para Ryan, assentindo dando vasão para que o loiro sumisse com o espírito, porém senti sua aproximação e meus pelos se arrepiaram, fazendo-me coçar a nuca e virar-me, dando de frente para Hellioth.

Era ele, mas ao mesmo tempo havia algo de diferente nele. Estava um pouco pálido, sua armadura escondia o corte que havia ceifado sua vida e ele parecia tão sólido quanto uma pedra. Olhei-o de cima a baixo, notando que seus pés mal encostavam no chão. De costas para Ryan, ergui a mão direita com a palma aberta, indicando que ele esperasse.

— Sou eu, não precisa ter medo de mim — sussurrou ele, com sua voz serena e tranquila, fazendo-me fechar os olhos e sentir as lágrimas transbordarem. Suas mãos encostaram em meus cabelos, afagando-os. — Eu errei, nunca fui bom e eu admito isso, mas eu tentei, Tini, eu juro que eu tentei.

— Tentou? Você abandonou o seu filho para a morte! — esbravejei, dando um empurrão no espírito e sentindo a temperatura gélida dele. — Você largou seu filho no lixo para ser comido por canibais! Tem ideia do quão cruel isso é? Ele era só um bebê! — meus lábios tremiam, e então levei as mãos à boca, cobrindo-a, enquanto baixava a cabeça e controlava melhor a minha respiração.

— Eu fiz isso por você, filho — aquelas palavras me fizeram fita-lo com nojo, ainda cobrindo meus lábios. Como ele poderia dizer uma coisa dessas? — Queria protege-lo do mal que Taylor representava. Ele era perigoso, tentou matar a sua mãe e você seria o próximo. Eu tinha de protege-lo a todo custo, meu filho, você é precioso demais.

Abismado com a sua frieza, maneei negativamente a cabeça, ainda sem acreditar no que eu havia acabado de ouvir. Então a culpa dele ter jogado o filho neném no lixo era minha?!

— Isso é tudo culpa sua! — estendi a mão para ele, a qual ele segurou e beijou, fazendo-me recuar e puxá-la de seu domínio, com nojo.

— Há uma profecia na nossa família. Pensei que fosse sobre mim, mas quando Taylor manifestou seus poderes eu tive a certeza de que seria você. — Seus olhos brilhavam, um sorriso bobo surgia em seus lábios e ele me olhava de uma forma diferente agora – e isso me assustava.

Entreolhei-me com Ryan, mudo, mas estava claro que eu perguntava a ele o que diabos estava acontecendo e se aquilo era realmente o meu pai. Pelo visto, DiMarco não tinha culpa alguma naquilo que era exprimido por ele.

— Que profecia?

— O cavaleiro vermelho. Uma vidente na nossa família previu sobre um homem que ascenderia para a salvação de todos nós. “Ele é tudo e todos, aquele cujo irmão é o diabo e que possui mil faces”, pensei que falasse sobre mim, mas não era. Meu consanguíneo nunca foi um diabo, mas seu irmão era. A minha bisavó previu sobre você se transformar em um cavaleiro que unirá todos nós, filho, você se transformará no escolhido! — ele falava cada uma daquelas palavras com uma intensidade que eu nunca testemunha no meu pai antes. Era quase como se ele fosse um homem religioso agora, sua fé em mim, no que eu era, parecia guia-lo naquele momento.

Não, não poderia ser verdade. Eu era um metamorfo, isso era sabido por todos, mas eu não era nenhum cavaleiro. Sou apenas um soldado que sai das muralhas de Weingarten para matar monstros, só isso. Eu não poderia ser o escolhido, eu não era especial de forma alguma. Balançando minha cabeça negando aquilo, apontei o dedo para o meu pai, nervoso.

— Isso não é verdade. Não pode ser. Ryan, me diz que esse não é o meu pai e que essa merda não existe! — implorei, praticamente, sentindo meus olhos lacrimejarem enquanto eu fitava o bruxo esperando por uma resposta.

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Mensagem por Ryan V. DiMarco Ter maio 21, 2019 9:52 pm



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Assim como a morte de seu pai, eu nunca havia invocado um espírito com tanta coisa doida para se revelar depois da vida. A família dele estava longe de ser chata com certeza, um bebe abandonado, uma profecia, ele todo por si só que eu já considerava um enorme mistério com aquelas transformações e sua “folga” da realidade. Deixando tudo acontecer sem que eu movesse um pé do lugar que estava apenas assistindo aquilo tudo sem atrapalhar aquela reunião e com apenas a reclamação de que devia ter pego aquele pacote de biscoitos.

O vivo me olhou incrédulo naquelas palavras que ouvira querendo uma resposta, eu apenas ergui minhas mãos como se eu não tivesse nada a ver com aquilo que ele falara. Neguei com a cabeça acompanhando assim como ele, mas sem tanta relação como ele com os fatos. Deixei que o espírito falasse tudo até que vi aquele homem enorme chorando ainda desacreditando no que ouvia do falecido. Engoli em seco e me ergui da pedra, fechando os olhos e sugando o ectoplasma de volta mandando o fantasma para o plano que apenas eu o via assim como antes.

Neguei com a cabeça sem graça: - Por isso não posso sair daqui. Essa cena com mortos quase nunca deixa as pessoas bem. - Entortei a boca claramente sem muito o que fazer, ou falar. Tentei encarar seus olhos: - Acho que depois dessa cena vai precisar de um café, minha casa fica perto daqui. Não vai adiantar ficar aqui até escurecer tentando entender, ou rever toda a ideia que tinha do falecido antes, depois e agora com esses últimos minutos. - Ele poderia sim pedir para falar com ele novamente, mas daquele jeito não confiava que fosse tentar outro susto de revelações tão cedo.  

Não o conhecia direito, talvez ele não ficasse comigo muito tempo e Ísis, ou outra personalidade mais estável ficasse no controle por um tempo. Ele não queria me matar dessa vez, mas ainda assim estava meio quebradinho emocionalmente. Conhecia aquele sentimento como um velho amigo e ele ficar sozinho era a última coisa que ele precisava, seja ele como Valentin, ou outra pessoa. Com certeza iria querer tentar falar com o pai outra vez e se o tirassem de perto de mim sem saber onde eu moro pelo menos, iria se viciar em tentar me encontrar nos enormes campos de Vlitra.  

Tentando me colocar no lugar dele, reconhecer aquela imagem do pai que fez merda podendo ter seus motivos mesmo que devesse ter explicado e agora tendo uma suposta profecia. Essa última parte não tinha ideia de como deveria reagir, era como um presente totalmente original de grego, não era bom, ou totalmente ruim. Era muito para assimilar ao mesmo tempo.

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Mensagem por Valentin Lancaster Qua maio 22, 2019 5:48 pm

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Não era de meu feitio falar sobre o meu passado. Ele era uma incógnita para a maioria dos meus amigos, eu nunca comentava sobre meu pai, minha mãe ou avó, de forma que todos os segredos da minha família eram um mistério até mesmo para mim. Os únicos parentes que conheci da família de meu pai foram ele e sua mãe, enquanto os de minha mãe eram inexistentes para mim. Como aceitar a veracidade daquela informação que meu pai havia acabado de me dar? Não havia como provar que o que ele acabara de falar era verdade, não existiam provas físicas nem nada. Eu não era esse Cavaleiro Vermelho, não poderia ser.

Mas, ao mesmo tempo eu me perguntava: por que meu iria mentir? Ele era um morto, não iria ganhar nada me fazendo crer numa profecia inexistente, então não havia motivo algum para que ele me passasse a perna. Movi meu maxilar enquanto roçava os dentes superiores e inferiores, rói minhas unhas e fiquei pensando por alguns segundos, até que ouvi um sussurro assim que Ryan sugara seja lá o que fosse fazendo Hellioth sumir.

— Encontrará suas respostas em Hamburgo, num palácio. Schwerin o nome. Vá. É uma caixa vermelha nas mãos de uma estátua. Vá! — pude ouvi-lo murmurar apressadamente em meu ouvido, até que senti um calafrio que arrepiou meus pelos da nuca e fez-me franzir o cenho pensando sobre aquilo. Qual o conteúdo daquela caixa?

Fui interrompido por Ryan, que agora comentava sobre esse ser o motivo pelo qual ele não saía de Vlitra. Nem todos gostavam de conversar com os mortos e isso eu podia afirmar com toda a certeza de que odiava. Entretanto, fora bom reencontrar meu progenitor, pois eu havia tido a chance de conversar com ele e descobrir um segredo aparentemente importante sobre minha família. Só precisava tirar um dia de folga e ir até o local para conseguir informações. Ainda sem jeito, não sabia se ficava bravo com DiMarco ou não, então apenas dei de ombros lentamente e abri minhas mãos sorrindo.

— Apesar de tudo, obrigado. Agora tenho um mistério para desvendar sobre minha família e uma profecia para desvendar. — Assenti para o loiro, aceitando seu convite de ir até a sua casa tomar um café. Eu precisava depois de toda a tensão e drama.

Acompanhei-o, apreciando a vista das gramíneas esverdeadas e do céu alaranjado do fim de tarde, enquanto o astro-rei sumia aos poucos no horizonte. Fazia um calor agradável agora, não mais a temperatura escaldante da tarde, até que por fim chegamos à casa de Ryan. Era diferente das casas de Kaleo ou de El Diablo, sendo ela de madeira e de estrutura grande, porém simples, o que deixava evidente o quanto Vlitra era o distrito mais diferente dos outros.

— Reformou tudo sozinho? Digo, depois do incêndio? É um belo trabalho. — Perguntei, quebrando o silêncio enquanto segurava as alças de minha mochila.

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Mensagem por Ryan V. DiMarco Qua maio 22, 2019 8:42 pm



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457 Words | Post 001 | smoking


Muitas vezes só percebemos o quanto não conhecemos as pessoas quando elas falam coisas e a forma delas falarem lhe deixar com dúvida pela maneira que você usaria. Ele parecia em dúvida, mas toda a dúvida era melhor que a raiva e ausência de poder discutir com o falecido, reconhecia esse sentimento e não era bom. Era como sentir aquele fervor da raiva, mas não ter a parte de querer reagir como se fosse um petisco sentimental, apenas atiçando, mas não preenchendo. Aceitando o convite segui o caminho pela estrada ainda em dúvida sobre ele, como que levando um estranho, mas no caso o desconhecido precisava de mim e querendo ou não ele não aparentava conhecer outro ligado aos espíritos.

Não mentindo realmente, sendo razoavelmente próximo, ficando distante da casa que estava ali perto apenas para não ser ouvido os gritos, ou berros um do outro. Era uma lembrança fresca os gritos dos meus pais presos queimando enquanto estava preso e só acordando quando enfim começou os trabalhos no dia seguinte. Mesmo confuso, talvez dopado e a tentativa de me colocar em parte da situação do outro serviu para me distrair completamente no percurso da caminhada. Só acordando quando encarei o celeiro e logo pude ver a casa ficando perto. Comecei a entrar na casa quando ouvi o comentário dele, girei meu corpo na porta incrédulo naquelas palavras.

Neguei com a cabeça: - Tinha catorze anos quando aconteceu, meus pais morreram e eu era um assassino aos olhos de muitos pelos jovens que matei e ainda estava preso como um espantalho. - Deixei um ar pesado e então sorri o olhando novamente nos olhos: - Eu conjurei cadáveres de mão-de-obra. Não poderia atrapalhar o serviço nas plantações. - Realmente não era mentira e eu achava mesmo engraçado, talvez tivesse uma veia cômica distorcida que não era bem apreciada pelas quimeras de poderes diferentes e padrões.

Entrando na casa seguindo direto para os fundos e pegando água da pia para ferver no fogão. Demoraria um pouco, mas serviria um pouco para talvez mudar o clima depois da piada que fiz. O olhei sem graça indicando a mesa da cozinha para ele se sentar e o questionei: - O que o seu pai disse fez sentido de alguma forma? Porque pareceu que tinha raiva dele, mas também respeito e toda aquela novidade de profecia fiquei meio em dúvida se era bom, ruim, ou algo que conhecia e não levava a sério. - Eu não sabia se a tal profecia era realmente uma novidade, e espíritos dar missões para os vivos geralmente não acaba bem para ninguém.

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Mensagem por Valentin Lancaster Qui maio 23, 2019 5:05 pm

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Não conseguia imaginar como Ryan havia conseguido se virar sozinho depois da morte de seus pais, como conseguira ter forças o suficiente para trabalhar, se sustentar e ainda encontrar forças para viver. Não consegui evitar de pensar sobre como havia sido difícil após a morte de meu pai, porém eu havia tido a ajuda de minha mãe e avó para superar o meu luto. Como eu conseguiria superar minha tristeza sozinho? Provavelmente isso não seria possível caso eu estivesse só. Adentramos a sua residência e dei uma vasculhada rápida no recinto, sentando-me à mesa e ouvindo-o falar sobre como todos lhe consideravam um assassino. Acabei rindo sobre a questão de ele invocar cadáveres para ajudar-lhe na mão de obra da fazenda, e me peguei imaginando como deveria ser estranho e engraçado ver aquela cena.

Quando ele citou sobre o que meu pai havia falado, congelei. Aquilo ainda martelava no fundo da minha cabeça, deixando-me nervoso sobre aquela revelação bombástica sobre o meu passado. O que significava aquela profecia e como eu deveria reagir?

— Eu não sei, honestamente. Minha família nunca foi muito aberta, então acho que não posso afirmar nem negar que aquela profecia é real. Se for mesmo verdade, todas as coisas estranhas que aconteceram, meus poderes, meu irmão perdido, tudo foi previsto com antecedência e eram peças para formar um quebra-cabeças maior na minha vida. É estranho. — Passei minha mão pela minha nuca e alisei meus fios negros de olhos fechados, tentando relaxar enquanto pensava naquilo. Se isso fosse mesmo verdade, então minha vida inteira eu nunca havia tido escolha? Todas as minhas ações e tomadas de decisões eram apenas peças num tabuleiro amplo de xadrez?

Ainda pensava sobre o que significava aquilo, se realmente existia um Cavaleiro Vermelho e o que ele representava, se era algo bom ou negativo. Percebi que Ryan parecia realmente interessado e, sorrindo para ele, apontei com o queixo para a chaleira no fogão, ao qual me dirigi e busquei ajudar, retirando-a e pondo na pia. Acabei esbarrando no bruxo, fazendo-me rir e calar-me um pouco, nervoso com a sua proximidade. Ele tinha cheiro de cigarro, mas também de um forte perfume masculino e um algo a mais que eu não podia identificar. Umedeci o lábio inferior e o superior, inclinando-me e beijando seus lábios, piscando o olho para o loiro e voltando a me sentar na mesa. Era algo gratuito, talvez ele não se importasse ou fosse hétero, mas valia a pena pela curiosidade.

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Mensagem por Ryan V. DiMarco Sáb maio 25, 2019 7:45 am



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625 Words | Post 010 | smoking


Não queria invadir a privacidade dele, mas aquilo acabara de ocorrer comigo presente. Fora um presente de grego que ele recebera e eu não tinha ideia de fora realmente algo bom, mas precisava saber se o outro ainda pretendia talvez uma nova conversa. Não tinha opção, minha família se quisesse apareceria só pela minha conexão, era irritante, mas muito mais fácil. Contudo, o outro sequer era de Vlitra, eu queria dar espaço para ele, mas não fazia minha casa de hotel, ou agiria como algum consultor espiritual invocando o pai dele como um bichinho na coleira.

As palavras dele foram como uma porta se abrindo para as dúvidas, ele estava perdido, das duas pessoas presentes, ele que podia passear entre as muralhas estava perdido. Lembrando da proposta dele de ir para sua casa tentar um comércio lá, eu neguei e toda aquela segurança de que a vida lá parecia melhor pra ele. Senti como se tivesse quebrado a estrutura de alguém e eu não sabia como consertar. Ele parecia melhor que antes, nenhuma outra versão sua assumiu, contudo, não sei realmente dizer se ele estava bem.

A ideia de ter sua vida prevista, suas ações, suas dúvidas que lhe levariam para tal caminho, tudo escolhido e encaminhado. A vida era um jogo perigoso, mas daí já ter sido escrito e nós meio que destinados a errar, ou fazer as escolhas erradas. Não tinha ideia de onde Valentin estava se segurando, toda sua vida pode ter sido escolhida, já ter um futuro todo estruturado e o mesmo talvez esteja nesse caminho e nem sabe. Me distraí olhando para ele que até esqueci do café, voltando a me virar para a pia arrumando o suporte do pó e ele brotara ao meu lado para me ajudar.

Como um aperitivo de um sonho, ele me beijara enquanto a água caía sob o café. Fora pego totalmente de surpresa, não tinha ido por aquele caminho de pensamentos, mesmo antes o respeitei e afastei aquele rumo de ideias. Acompanhei seu corpo se afastando tocando meus lábios assustado com um beijo, mas o cheiro de café me tirou do transe e voltei a coar o mesmo. Terminando de arrumar ele, colocando a garrafa na mesa, com duas xícaras, açúcar e colheres. Suspirei e neguei com a cabeça: - Olha, eu sinto muito. Mexi com sua cabeça e virei sua vida do avesso, acho melhor hoje não fazermos nada.

Toquei sua mão e o olhei nos olhos: - Se eu puder, vou lhe ajudar. Só sumi com seu pai porque estava chorando e ou alguma personalidade ia sumir, ou ia ficar chorando não conseguindo assumir mais informação sobre essa tal profecia. - Neguei com a cabeça: - Eu joguei essa bomba pra você sem ter ideia do problema que era, é meu problema também de certo modo. - Afastei minha mão da dele e suspirei um pouco: - Põe um pouco a cabeça no lugar, mais tarde, ou amanhã se puder vemos seu pai. - Inclinei a cabeça para o lado sorrindo: - Ou fazemos algo mais íntimo.

Sorri servindo o café para nós, ainda comentando: - Não acho justo me aproveitar de você assim, te joguei um problema e ainda fica assim meia boca. Fica como chantagem. - Levantei as bochechas negando com a cabeça: - Meu apelido “Maligno” porque eu não sou um médium, ou recebo dinheiro pelo que faço. E o faço de eu não ter problema com a morte assusta, ainda mais por eu não tirar proveito disso. - Revirei os olhos sem graça: - Não confio no exército, mas admito que seria talvez o lugar que seria mais útil. Açúcar? - Fechei a garrafa um pouco e coloquei o pó marrom pra mim, deixando destampado para ele.  

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Mensagem por Valentin Lancaster Sáb maio 25, 2019 11:27 pm

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Eu ainda me encontrava bastante aturdido com todas as informações que haviam sido passadas para mim. Como se ver diante daquele tipo de informação? Eu não tinha livre arbítrio, todas as minhas escolhas já haviam sido previstas e, por mais que eu tentasse ir contra a maré, nada adiantava, minha vida inteira já estava predestinada. Eu seria o Cavaleiro Vermelho querendo ou não, pois os deuses já haviam determinado isso e nada no mundo seria capaz de contornar tal destino. Eu nunca fora um crente, profecias eram um mito e para mim o que imperava era a lei de que nós criávamos o nosso próprio futuro. Ainda pensativo e sentado com os cotovelos apoiados na mesa, mantinha minhas mãos unidas e os lábios cobertos por meus dedos. Então todas as minhas personalidades tinham um propósito?

Ouvi Ryan falar sobre deixarmos melhor o que eu havia iniciado – um beijo – para amanhã, alegando que havia mexido demais com a minha mente, o que me fez bufar com a ironia daquilo. Meu pai havia fodido com a minha cabeça, não ele. Entretanto, assenti para o loiro necromante, ele parecia ser um possuidor de alma nobre e era gentil, querendo respeitar aquele meu estado de torpor e confusão mental. Mas o meu problema naquele momento residia na profecia e não em rever meu progenitor ou qualquer coisa ligada a minhas personalidades. Sendo assim, maneei negativamente a minha cabeça diante de suas desculpas.

— Não precisa pedir perdão por nada, não há ninguém a quem possamos culpar por meus problemas. Como Hellioth falou mais cedo, eu sou predestinado a isso, não é? Eu não estou com problemas e estou estável, obrigado — agradeci tentando não soar rude, pegando minha xícara de café e bebendo da mesma, apreciando o gosto natural dos grãos colhidos recentemente, bem diferentes do café ruim que era servido em Le Ange. — Eu só estou atônito, entende? A minha vida toda achei que fizesse minhas próprias escolhas, que eu havia entrado na tropa movido pelo heroísmo de meu pai, que fosse filho único, depois que descobri meu irmão achei que fora Hellioth o responsável por manda-lo embora... tudo parecia natural, genuíno e verdadeiro, mas aos poucos eu vou percebendo que há muitas coincidências na minha vida, que fiz coisas que eu normalmente não teria feito, que perdi pessoas que não mereciam irem embora. É como se tudo estivesse me guiando, quase como se eu fosse um personagem num jogo. — Comentei, suspirando e segurando a xícara com ambas as mãos, esquentando-as com o calor do café quente.

Segurei a mão de Ryan, acariciando-a enquanto tentava de alguma forma demonstrar sem palavras que ele não era o culpado por nada, que ele era um bom homem e que fez o certo em invocar Hellioth e fazê-lo me entregar toda a verdade sobre aquela profecia do Cavaleiro Vermelho. Ele não era um vilão e não podia ficar se culpando por ter me deixado chocado e abalado, pelo menos por alguns poucos minutos. Pisquei o olho para ele, ainda segurando sua mão.

— Não precisa se culpar, foi a coisa certa a se fazer. Eu estou bem.

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Mensagem por Ryan V. DiMarco Seg maio 27, 2019 1:49 am



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Não tinha muito mais o que falar para ele, ocupando minha boca para beber o café, ficando com a barriga quente com uma sensação melhor depois dos últimos momentos. Ele não estava tão perdido para outra pessoa assumir, mas ele não estava bem e eu não posso “arrumar” a cabeça dele. A sensação de ser a peça de um joguinho idiota devia irritar, mas ele ainda parecia preso no estágio de confusão porque tudo o que o pai fez aparenta ter um sentido. Lembrando de ter separado o irmão dele da família e escondido dele o que fez, nem imaginava uma criança pequena, ou mesmo um bebe sendo tão malvado assim.

Molhei os lábios e tomei o gole final de café da minha xícara antes de o encarar terminando de falar. Engoli em seco e apertei sua mão um pouco: - Não quero te deixar mais confuso, mas tentar deixar sua mente aberta um pouco. Ele disse que pensou ser o cavaleiro e só soube que era você pelo seu irmão. - Levantei a mão livre balançando: - Não posso questionar isso, não o conheço, mas parece um pouco confusa essa interpretação da profecia. Você ainda não é, você irá se tornar esse cavaleiro.

Entortei um pouco a boca e balancei a cabeça negando rapidamente: - Não quero te dizer o que fazer, só que se for realmente você, vai ser todo o seu conjunto. - Me aproximei dele e toquei seu peito: - Esse peito aqui com todas as pessoas que tem dentro de você, não vão te possuir para fazer por você. - Me afastei e sussurrei um pouco: - E querendo ou não, se não quiser não é como se o seu pai fosse te seguir como uma assombração. - Sorri e retornei para a postura comum na cadeira. Pretendia fazer ele rir, realmente o pai não ia ficar o seguindo e com a morte não tendo relação com o filho não havia conexão dele com o mundo dos vivos.

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Mensagem por Valentin Lancaster Seg maio 27, 2019 4:06 pm

i'm not broken



Ryan se provava ser um cara sensato e inteligente, parecendo compreender as minhas feridas emocionais e inclusive buscando ajudar a sará-las. Era algo bom, ele ia pondo juízo na minha cabeça enquanto bebíamos café e relaxávamos bem mais tranquilos na sua casa. Ele tinha um pouco de razão: eu precisava abrir mais a minha mente, e eu não era o Cavaleiro Vermelho, eu ainda estava prestes a me tornar. Eu poderia evitar isso, caso eu quisesse, prosseguir com a minha vida ou fazer alguma outra coisa, ou então decidir por livre e espontânea vontade me tornar no homem que estava previsto para ser. DiMarco realmente estava certo, e eu não poderia perder a cabeça por aquilo.

— Acho que você está certo, eu estou perdendo a cabeça por algo que pode ou não acontecer — comentei, dando uma longa golada do café e então sentindo a carícia do loiro e, recuando um pouco, fiquei de pé e peguei minha mochila, pondo-a nas costas. — Tenho que ir, está tarde e vão sentir a minha falta em Le Ange. Coisas de soldado. Nos vemos por aí? A propósito, o café estava delicioso. — Despedindo-me, aproximei-me do loiro e abracei-o, afagando suas costas e beijando sua bochecha.

Valentin Lancaster
135

12/04/2019

Base militar de Le Ange

Valentin Lancaster

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Mensagem por Ryan V. DiMarco Qua maio 29, 2019 12:50 am



Working hard
333 Words | Post 010 | smoking


O decorrer dos eventos me fez perceber que talvez tenha perdido o propósito de algumas coisas, como o interesse de Valentin e o meu papel nessa história. Ele recuou após um contato me deixando em dúvida se era o que eu disse, ou o que eu fiz. Recebi um beijo e não reagi tão mal em contraparte, mas com um passar de mão que não era a primeira carícia, ele reagiu mal. Não tinha nenhum fantasma ali perto, mas com certeza precisaria invocar um ali questionando o que realmente aconteceu e se havia um motivo que não percebi.

Verifiquei a xícara que bebia café, poderia ter colocado algo ali sem que eu percebesse e tivesse uma visão distorcida da realidade do último evento. Como se a mãe estivesse maluca e com aquela certeza estranha independe dos eventos, segui-o me levantando e me despedindo dele. Acompanhei até a saída da casa e sair do campo de vista, imaginando o que ele iria enfrentar futuramente longe e com esse novo desafio.

De certo modo ele com certeza deve ter ficado chateado com a ausência de sexo, como um agradecimento por ele ter visto o pai dele e não conseguindo algo similar decidiu ir para o caminho em frente. Longe de poder criticar ele, mas com certeza iria querer ele por ali para saber os rumos que ele tomou, ainda mais sobre a aventura que o dei de bandeja. Ou melhor, o desafio que facilitei o pai dele direcionar a direção correta.

— Minhas falas
— Fantasmas



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Ryan V. DiMarco
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23/04/2019

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