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Mensagem por Animal Sáb Jun 13, 2020 9:19 pm

Yes, sir!


Ao norte de Calipso, situa-se o coração econômico de Weingarten, a poderosa Kaleo. Estabelecimentos erguem-se como se não tivesse fim a cada passo que alguém dá ao longo da grande Avenida dos Cardeais. Entrando em alguma rua adjacente, vê-se no final da rua, de esquina, um estabelecimento comercial local, com aparência que não foge do regular observável ao longo do distrito, e, até então, nenhum elemento que causasse desconfiança, nem mesmo no mais atento civil. Uma taverna, para ser mais exato.

Em seu interior apertado, mesas de madeira são dispostas no salão quase uma colada nas outras, dada a escassez de espaço. O que não é nenhum problema para o padrão de cliente fiel de lá. A taverna está cheia e movimentada, homens barulhentos brandam frases sem sentido, algumas carregadas de palavras de baixo calão, enquanto erguem uma caneca de vinho. Em resumo, tudo normal.

Exceto por uma mesa em particular, já aos fundos do estabelecimento. Ela se destaca das outras por ser a única que não vocifera comemorações selvagens, nem há presença de mulheres da noite no colo de algum idiota bêbado. Três homens cuja aparência não se confunde com a de nenhum outro cliente — aparentemente limpos, roupas cuidadas e de certa qualidade — conversam sem se preocupar com cochichos, certos de que a selvageria ao redor lhes provém privacidade.

INFORMAÇÕES GERAIS

1. Realize 3 lançamentos do dado AÇÃO, e 2 lançamentos do dado EXTRA. Para saber mais sobre isso, recomendo clicar AQUI.

2. Justifique a sua presença em Kaleo, em específico uma taverna cujo padrão de cliente é homens bêbados e sem muitas posses.

3. Escute a conversa dos três citados ao fim do texto. Você irá escutar informações sobre um membro “corrompido” da guarda civil, nesse exato adjetivo. Um dos homens também revela que irá se encontrar com ele, às margens do El Diablo ao cair da noite. O momento em que você escutou a conversa é pouco depois do café da manhã.

4. Problemas na guarda civil é de seu interesse por motivos óbvios, portanto, você está extremamente interessada em acompanhar de perto o que está acontecendo. Pelo homem não citar precisamente onde será o encontro, não há tempo para procurar ajuda, apenas o que você pode fazer é segui-lo.

- Agora, preste bastante atenção nas seguintes instruções, elas irão definir tanto o desenrolar da sua missão, quanto a experiência que você irá receber.

5. Você é livre para narrar o resto do dia até aproximadamente as 15h da tarde, desde que mantenha o suspeito em seu campo de visão. Tome liberdade para narrar os destinos dele por Kaleo, lembrando que ele não irá fazer nada fora do normal. Porém, próximo da hora que citei acima, algo irá acontecer, e esse algo irá depender de uma rolagem de dados.
- Se você tirar o valor 1 no PRIMEIRO dado AÇÃO, o suspeito teve uma ideia que estava sendo seguido desde que saiu da taverna, e ao final da manhã suas suspeitas se concretizaram, então, durante a tarde, ele simplesmente não vai mais para o encontro e irá despistar você até o anoitecer. Então, a missão acaba. RECOMPENSA: 250XP
- Se você tirar um valor maior ou igual a 2, você obteve êxito na furtividade. Então, a missão continua.

6. O suspeito vai para o distrito de El Diablo. Sinta-se livre para escolher os meios de transporte que ambos utilizam até este ponto da missão. Então, em algum momento, ele vai para uma trilha de terra, em direção ao rio que carrega o mesmo nome do distrito. Role mais uma vez o dado “Ação”.
- Se você tirar 1 no SEGUNDO dado AÇÃO, você irá precisar recorrer ao PRIMEIRO dado EXTRA. Caso o mesmo também seja 1, você será descoberta, haverá uma batalha, e então você irá MORRER. Porém não se preocupe, a chance é baixa.
- Se você tirar 1 no SEGUNDO dado AÇÃO, e o PRIMEIRO dado EXTRA entre 2 e 5, haverá uma batalha na qual você irá sair extremamente ferida, e o suspeito irá fugir. A missão acabou. RECOMPENSA: 500XP
- Se você tirar 1 no SEGUNDO dado AÇÃO, e o PRIMEIRO dado EXTRA seja maior ou igual a 6, a batalha irá ocorrer, porém você será vitoriosa. Não é possível torturar para obter informações, o sujeito não irá falar nada. Você escolhe se o prende, o mata, ou o deixa fugir. Lembrando que caso o prenda, ele em nenhum momento irá revelar algo sobre o que está acontecendo. RECOMPENSA: 1000XP
- Se você tirar um valor maior ou igual a 2 no SEGUNDO dado AÇÃO, ignore o PRIMEIRO dado EXTRA. Você objete êxito na furtividade.

7. Finalmente, a noite cai. E você consegue, com certa distância, visualizar o encontro entre o homem suspeito da taverna e o tal militar corrompido. Você pode achar um jeito de se manter oculta com auxílio das sombras da noite para apenas escutar a conversa numa distância segura. Caso escolha essa opção, você irá escutar uma conversa com as seguintes informações: um homem chamado “Michael”, mas, que dentro das forças militares de Weingarten utiliza outro nome. O homem é lunático e sádico, e pretende promover um massacre em algum distrito ainda não foi determinado. Caso queira ir embora aqui, você pode simplesmente seguir seu caminho com as informações que lhe foram dadas, AS QUAIS TERÃO CONSEQUÊNCIAS E VALOR REAL ON-GAME FUTURAMENTE. RECOMPENSA: 1500XP

8. Após escutar a conversa, você pode escolher ir para cima deles e escolher a minha decisão favorita: partir para a porradaria generalizada. Você pode escolher entre derrota-los e prendê-los, ou simplesmente matar a ambos, não haverá testemunhas. Caso escolha prender, independente do que façam, não conseguirão arrancar mais nenhuma informação de nenhum dos dois. AS INFORMAÇÕES QUE LHE FORAM DADAS CONTINUAM VÁLIDAS ON-GAME. Para obter êxito, haverá rolagem de dados.
- Se você tirar 1 no TERCEIRO dado AÇÃO, observe o SEGUNDO dado EXTRA. Se o SEGUNDO dado EXTRA for entre 1 e 3, você morreu. Entre 4 e 12, você os derrota e decide o que fazer com eles, porém sai muito ferida. RECOMPENSA: 2200XP
- Se você tirar entre 2 e 5 no TERCEIRO dado AÇÃO, e o SEGUNDO dado EXTRA for entre 1, você morreu. Caso seja entre 2 e 7, você os derrota, porém sai muito ferida. RECOMPENSA: 2500XP. Caso seja maior ou igual a 8, você os derrota com dificuldades, mas ainda assim, sai ferida. RECOMPENSA: 3000XP.
- Se você tirar um valor maior ou igual a 6 no TERCEIRO dado AÇÃO, ignore o SEGUNDO dado EXTRA, você os derrota e sai em boas condições. Parabéns! RECOMPENSA: 3500XP

9. Caso você derrote os indivíduos, escreva o desfecho que deu para eles, se os matou ou os prendeu. Ou simplesmente os deixou fugir por algum motivo que se diz respeito apenas a ti.

10. Você tem até o dia 13/07/2020 para postar. LEMBRE-SE, QUE, O RESULTADO DESSA MISSÃO IRÁ INFLUENCIAR A TRAMA.

INFORMAÇÕES DO COMBATE

1. Caso obtenha êxito nas batalhas, por favor, não subestime seus inimigos, não saia ilesa do confronto.
2. Caso você morra, não desanime. Escreva a missão, narre a sua gloriosa morte, pois:
- Se morreu no tópico 6, poderá reivindicar 500 de XP dessa missão para sua próxima conta, ou alguma já existente.
- Se morreu no tópico 8, poderá reivindicar 2000 de XP dessa missão para sua próxima conta, ou alguma já existente.
3. A seguir, está a lista de vínculos dos personagens. Caso haja confronto, narre no mínimo 1 vínculo do inimigo. A não especificação das individualidades dos inimigos nesta missão foi intencional.
4. Ao final da sua missão, informe quais vínculos você usou, e quais vínculos o inimigo usou.

I – Suspeito da taverna
1. O usuário direciona a água de alguma fonte já existente e a concentra ao redor do seu corpo, o envolvendo em uma bolha. Dessa bolha, há seis tentáculos — três do lado esquerdo e direito, respectivamente — que podem alongar-se e tornar-se rija, envolver algo e até bater. O golpe do tentáculo é extremamente pesado.
2. O usuário expele pela boca um fluxo contínuo de água, e ele pode movimentar o pescoço para controlar a direção do fluxo. Quem é atingido, sente como se tivesse acabado de ser atropelado por um carro médio.

II – Homem as margens do El Diablo
1. O usuário ergue do solo, uma grossa parede de pedra a sua frente, ou na de quem ele escolher, parando projéteis ou qualquer coisa que venha em sua direção.
2. Através de gestos manuais, o usuário levanta uma porção de terra e em seguida a dispara na direção desejada. A sequência exata de movimentos é: vertical, horizontal.
3. O usuário pode fazer tremer uma porção de terra escolhida, desestabilizando quem está de pé sobre ela.
Animal
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25/03/2019

Animal

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Mensagem por Feyre Galliard Seg Jun 22, 2020 12:17 pm

Deusa, sou eu de novo...
Feyre Galliard
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04/04/2019

Feyre Galliard

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Mensagem por Iscariotes Seg Jun 22, 2020 12:17 pm

O membro 'Feyre Galliard' realizou a seguinte ação: Lançar dados


#1 'Ação' : 10, 4, 6

--------------------------------

#2 'Extra' : 6, 16
Iscariotes
creation

273

18/11/1998

07/12/2012

25

Iscariotes

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Mensagem por Feyre Galliard Ter Jun 23, 2020 5:44 pm

I have eyes on everywhere. You won't be able to hide.
Ao desmontar seu cavalo, as botas de Feyre tocaram o chão num baque surdo, levantando partículas minúsculas de poeira. Tentava não chamar atenção com seu capuz e roupas mundanas, porém se sentia vestida espalhafatosamente demais para uma garota de sangue ruim como as muitas que vagavam por Kaleo. As botas de couro com ponta de ferro subiam até acima dos joelhos em um negro tão profundo que parecia alongar suas pernas; o corpete e a blusa eram feitos dos melhores tecidos da região, com mangas que se alargavam nos pulsos. A garota se sentia uma princesa rebelde saída diretamente das histórias que ouvira em algum lugar. Mesmo assim, ela caminhou pelas ruas empoeiradas de Kaleo com a coluna curvada, capuz cobrindo o rosto e um sobretudo escuro que tentava sem sucesso cobrir suas roupas caras. Pois que diabos! Era a única coisa que possuía além das armaduras de metal e couro.

Amarrou Nightmare, seu corcel de pelagem escura, em um mastro de madeira à cerca de uma quadra de seu destino. Não temia deixar seu amigo equino sozinho ali, ele não permitia que ninguém além dela o montasse, e que os deuses protegessem aquele que se aventurasse a tentar. A garota percorreu o caminho de cabeça baixa, sempre evadindo o sol, pois temia que a energia dos raios solares se infiltrasse em seus poros e fizessem sua pele se iluminar, atraindo a atenção que tanto queria evitar. Seu objetivo estava tão perto que ela já podia sentir o cheiro amargo de suor masculino misturado com bebida barata, entretanto parecia a uma eternidade de distância com toda aquela pressão de não poder ser reconhecida. Não que a general não pudesse ser vista ali por estar fazendo algo ilegal, mas tinha uma reputação a zelar. Não é que ela apreciasse o mal cheiro, os homens ridículos ou as bebidas com gosto de caldo de lixo, era a nostalgia que ela buscava ali. Gostava de relembrar os tempos em que se sentia livre para ser quem quisesse, sem todo o peso do sobrenome que carregava.

Ao adentrar a minúscula taverna, um odor ácido de sexo e suor masculino infiltrou com tanta força nas narinas da garota que ela quase caiu de costas. Ela rapidamente se sentiu em casa. Ainda tinha memórias de seu tempo como uma simples soldada, quando podia ir nos locais mais precários do reino sem se preocupar em ser vista ou ter que dar satisfações. Lembrava de beber até precisar de apoio pra andar e de entrar em brigas que não tinham nada a ver com ela. Era uma vida medíocre e a infelicidade por ser quem era a acompanhava a todo momento, mas pelo menos era livre. Livre pra fazer o que quiser, com quem quisesse, sem as palavrinhas "casamento por ambição" flutuando sobre sua cabeça. Ela tinha tudo quando não tinha nada.

Tentando passar o mais despercebida possível, sentou-se em uma mesa mais aos fundos do local, logo pedindo a bebida mais radioativa que vendessem ali. Com seu porte pouco feminino, escondido atrás de diversas camadas de roupa e o cabelo preso rente por baixo do capuz, esperava que tivesse sucesso em se passar um esguio zé ninguém. Sua bebida não demorou a ser entregue, por uma bela moça de longos cabelos negros presos em uma trança desorganizada. Ela mostrava mais pele do que a maioria das mulheres que habitavam calipso, mas Feyre não se surpreendeu, ainda se lembrava muito bem de lugares como aquele. Tomou um gole daquela podridão liquida e nem se incomodou com o ardor que desceu por toda a sua garganta e esquentou seu estômago por dentro, era um alívio em forma de licor âmbar.

A general disfarçada estava ali apenas para se esquecer de quem era e não para julgar ninguém, mas não podia evitar que seus instintos estivessem sempre em alerta, vasculhando todo o local sem nem perceber. Fora treinada para isso, afinal. Geralmente, é o barulho que chama a atenção, mas não ali, onde todo mundo vociferava xingamentos e baboseiras. Ali, o que chamava a atenção era o silêncio e a discrição, e apenas um trio de homens emanava isso em toda a taverna. Há umas duas mesas de distância, três homens conversavam, provavelmente não querendo ser escutados por curiosos de plantão, não gritavam como todos os outros, porém não falavam através de sussurros tampouco. Nem precisavam com toda aquela poluição sonora. Mas a garota prestou atenção nos três, de qualquer forma, observando-os por cima da caneca exageradamente mal feita. Estava se divertindo sendo intrometida ao mesmo tempo em que tentava manter suas frutas do café em seu estômago. A bebida amarga não estava ajudando nem um pouco. Com tanto barulho externo, não conseguia distinguir as palavras que os três porquinhos diziam, com exatidão, mas estava conseguindo compreender o contexto. Até então, apenas idiotices de homem, até que a frase "membro da guarda civil corrompido" chegou aos seus ouvidos. Feyre cuspiu todo o liquido que estava em sua boca.

Tinha sido treinada para agir com profissionalismo e discrição, mas mal podia controlar sua língua, quanto mais suas expressões corporais instintivas. Sem saber se tinha prestado atenção na bagunça que ela tinha feito, se jogou atrás da mesa, meio escondida embaixo da mesma. O chão estava um pouco molhado e grudento pela bebida derramada, mas a garota deu seu máximo pra ignorar o melado misturado a umas seis camadas de poeira. Por fim, pensou não ter sido descoberta ali, já que os três sacos de carne continuaram a conversa como se nada tivesse acontecido. Infelizmente, se já era difícil escutá-los sentada normalmente numa cadeira, no chão era quase impossível. Ela fechou os olhos, tentando concentrar-se nos sons que precisava ouvir e desfocar o resto; cadeiras se arrastaram pelo chão de madeira em um ruído dolorosamente agudo, três pares de pés se encaminharam para a saída num baque contínuo, mas sem ritmo. Ela tentou se levantar o mais rápido possível para segui-los antes que se misturasse à rotineira correria de Kaleo, mas acabou batendo o tampo da cabeça na parte de baixo da mesa. Ela iria sentir aquilo mais tarde, com certeza, mas naquele momento, apenas deixou algumas moedas ao lado da caneca já vazia e saiu apressada.

Ao passar pelo arco de entrada, Feyre ajeitou seu capuz novamente, cobrindo seu cabelo ruivo o melhor que pode. Estava mais comprido que antigamente, mas o coque firme fazia um trabalho decente em manter os fios sob controle. Ela voltou a curvar a coluna como se tivesse que carregar o peso de uma vida medíocre nas costas, podia reconhecer esse mesmo ato em vários moradores de Kaleo, mesmo aqueles com uma condição financeira interessante. Era apenas a vida sem objetivos. Os três homens estavam parados alguns metros da entrada da taverna, onde ela se encontrava. Perto o suficiente para ela continuar sendo intrometida. O assunto era apenas mais do mesmo e eles continuaram por cerca de um quarto de hora, antes de seguirem seus caminhos. Entretanto, antes de partirem, um deles comentou que iria se encontrar com o dito cujo que era de interesse da general dali algumas horas. Bom, esperar com certeza não era o forte da ruiva, mas não tinha muitas escolhas. As consequências do ofício que não escolhera eram sempre muito refrescantes.

Era o mais baixo grupo, aquele que teria de seguir, não parecia realmente ameaçador, apesar dos braços fortes. Feyre estava acostumada a disputar poder com homens, afinal ela ainda estava viva mesmo dando ordens a vários deles, Ás vezes, apenas por gostar de verem obedecer como pequenos cães. Os outros dois integrantes do trio seguiram pelas ruas do distrito até saírem de vista, mas o Dunga apenas voltou para a taverna novamente, esbarrando em seu ombro ao passar. Que os deuses permitissem que fosse tão fácil. Ela não queria ser tão óbvia e voltar para a taverna, mas poderia apenas vigiar a entrada até que ele saísse, já que o estabelecimento só tinha uma saída. Ele teria que voltar por onde entrara. Com o objetivo de matar o tempo e de evitar surtar o suficiente para entrar lá e arrastá-lo pelos dentes até que contasse tudo o que sabia, a general foi até uma banca de frutas do outro lado da estrada e comprou algumas unidades para Nightmare. Ela sentou-se no chão, apoiada nas patas de seu cavalo, observando fixamente a taverna enquanto ele comia. Era longe o suficiente de lá para não chamar tanta atenção, mas perto o suficiente para seus olhos mundanos conseguirem enxergar qualquer movimentação.

Pouco mais de uma hora depois, Dunga se fez visível novamente. Com uma loira em cada braço, ele deixou a taverna e rumou para sabe-se lá onde. E novamente, Feyre teve que se esforçar para manter o que restara do café da manhã no estômago, se é que ainda restava algo. Seu estômago roncou alto, mas ela apenas se apressou em se levantar antes que perdesse Drácula e suas esposas de vista. Certo, vou fixar um apelido, sem problemas. Balançou a cabeça para extinguir os pensamentos fora de hora. Não sabia mesmo como ainda estava viva e ainda era general com sua extrema incapacidade de se focar. O que estava fazendo mesmo? Ah, sim, seguir Dunga. Ou Drácula? Se sentindo estúpida como sempre, acariciou o pescoço cheio de músculos de Nightmare e correu para alcançar seu homem. Ele parecia um qualquer, como todos os outros: grosseiro, imbecil e nojento. As duas mulheres davam risadinhas quando ele lhes apalpava em lugares inapropriados para menores, bem no meio de todo mundo. Mulheres da noite, com certeza.

Os três caminharam até um ponto mais deserto do distrito ( e que os deuses fossem legais o suficiente para não permitir que fizessem algo onde ela pudesse presenciar). Felizmente, eles adentraram um prédio bem antigo e mal cuidado de dois andares, as rachaduras por toda sua extensão davam a impressão de que ia desabar a qualquer instante. Feyre ficou tonta só de olhar. Os sons começaram alguns minutos depois e a garota teve a impressão de que teria que ficar ali ouvindo pornô por algum tempo. Naquele canto de Kaleo, já não se via comércios por toda parte, parecia mais uma zona residencial, mas ainda assim se podia encontrar uma padaria ou duas. Em uma dessas, comprou um bolinho de farinha com cobertura de um creme amarelo duvidoso. O gosto não era tão ruim, porém, e acalmou a fúria de seu estômago. Sentada em uma esquina, como uma prostituta ou moradora de rua, esperou novamente. Provavelmente pegou no sono, pois quando abriu os olhos algum tempo depois, o som de um animal sendo torturado ainda ressoava em seus ouvidos. Observando os olhares estranhos que recebia, provavelmente estivera roncando. A baba dura em seu queixo confirmava a teoria de que tinha dormido.

Já devia estar no meio da tarde quando Dunga saiu do prédio, as duas mulheres tinham sido deixadas para trás. Feyre entrou em conflito se deveria verificá-las ou continuar sua perseguição por um momento, mas, no fim, as duas vidas lhe pareceram muito pouco em comparação à todo o reino que poderia estar em perigo. Ela optou, de coração partido, em deixar as mulheres sem mesmo saber se continuavam vivas. Por algum motivo, o homem começou a voltar pelo caminho que tinham percorrido até ali, porém, maios ou menos na metade do percurso, um veículo pequeno e enferrujado, sendo puxado por um par de cavalos, parou ao seu lado e ele entrou. Os animais pareciam já velhos e maltratados, pois não se moviam tão rápido quanto deveriam. Feyre teve que correr para alcançar Nightmare antes que sumissem de vista. Em contraparte, seu corcel era bastante veloz. Com alguma distância de seu alvo, Feyre seguiu-o por uma estrada levemente já conhecida por ela: em direção a El Diablo. Manter-se na velocidade necessário para manter a distância entre Dunga e si mesma não foi nada fácil. Como uma boa riquinha mimada, tinha vontade de desmontar seu cavalo e ir dar um escândalo com o cavalariço que não era rápido o bastante. Mas não fez isso, é claro, apenas berrou mentalmente sua falta de paciência.

Pareceram horas seguindo naquela estrada, e talvez até tivesse sido, até que o veículo do algo fez uma curva para a esquerda, pegando uma pequenina trilha de terra que, se sozinha, a general provavelmente nem teria percebido a existência. Se seu senso de direção não estivesse prejudicado pela lentidão, o rio de El Diablo era por ali. Ela suspirou, fazendo Nightmare voltar a trotar e adentrar pela trilha. Até então, apesar dos pesares, não parecia um caminho tão sombrio quanto achava que fosse perseguir. A não ser, é claro, que morrer de tédio contasse como sombrio. O sol estava se pondo no horizonte quando o veículo alheio finalmente parou. Por estar brincando mentalmente de "O que é que eu vejo?" com Nightmare, Feyre estava bem atrás, portanto pareceu seguro simplesmente parar e desmontar ali mesmo. Dunga desceu e o veículo continuou em frente pela trilha. O espaço que se encontravam não passava de ruínas e plantas mortas, mas era bem discreto e vazio. Um homem esperava por seu alvo, encostado no que provavelmente já fora uma estátua alada. Aquilo lhe chamou a atenção e após observar melhor, finalmente compreendeu onde estava: um antigo cemitério.

De longe e na escuridão da noite recém caída, não reconheceu o soldado supostamente corrompido, mas a voz dele lhe causava arrepios por toda a coluna. Depois de tanto esforço para estarem sozinhas, não pareciam se importar em conversar em baixo tom, o timbre de suas vozes chegando até onde a general se encontrava. Porém, honestamente, desejava não conseguir ouvi-los. Falavam apenas insanidades sobre massacres. Ela desejou partir naquele momento, mas já tinha abandonado aquelas duas mulheres, não conseguiria viver consigo mesma se ignorasse aquilo também. Se fosse embora, poderia sobreviver para passar a informação adiante, mas sua honra seria sacrificada ali. Sentindo uma gota de suor descer por sua coluna, fechou os olhos enquanto suas mãos se fechavam em torno de espadas duplas curtas de energia que se formavam por sua vontade. Que os deuses me guardem e me guiem.

— Hey, dementes 1 e 2. Querem dançar?

Saiu correndo de onde estava, com suas espadas ainda em mãos. Conforme se aproximava, a energia de loucura que emanava deles foi ficando tão forte que quase a derrubou de costas, mas ela não parou. Não podia parar. Não podia desistir, seu pai nunca permitiria. Porém, de repente, uma risada soou de algum dos dois e uma quantia de água foi puxada de algum lugar que ela não conseguiu enxergar. Dunga foi envolvido pelo liquido, como se adentrasse numa bolhar de água. Tentáculos surgiam de todos os lados, fazendo a general tremer por dentro. Entretanto, ela continuou correndo na direção deles, dando seus máximo para desviar dos golpes aquáticos daquele monstro que uma vez fora Dunga. Ela sentiu falta do homenzinho que seguira até ali, muita falta. Deslizando por baixo de um novo golpe, ela se aproximou o suficiente do outro homem para saltar sobre ele, caindo por cima do mesmo, que ria como uma maníaco. Ele parecia estar se divertindo, mas nunca mais iria. A ponta de sua espada direita atravessou o peito do homem pouco antes de Feyre sentir o peso gélido do ataque de um dos tentáculos. A garota foi varrida para longe do corpo do soldado, sua espada abandonada desaparecendo alguns segundos depois.

Encharcada e sentindo pelo menos duas costelas quebradas, a general se arrependeu de não ter simplesmente ido embora quando teve a chance. A espada que lhe restou jazia em sua mão esquerda piscava, perdendo aos poucos a solidez. A água estava causando interferência na sua capacidade de manter a energia. Sentindo o peso de uma estrela nas contas, Feyre se levantou com dificuldade, não seria derrubada assim tão fácil. Sentia leves fisgadas nos músculos e sabia que significava que a energia cinética absorvida no ataque estava instável, mas felizmente, ainda disponível. Antes de Dunga conseguir se preparar para um novo ataque com seus tentáculos, a garota dissipou a energia em um grito de guerra, numa pequena explosão que atingiu o raio de alguns metros ao seu redor, que atravessou a bolhar d'água apenas o suficiente para desfocar o inimigo. A garota aproveitou esse momento para pegar impulso e saltar sobre o inimigo, dando-lhe um chute giratório que o acerto no peito, derrubando-o de costas. Mal conseguindo se manter de pé, ela enfiou a espada no peito de Dunga, como fizera com seu amigo. Ele engasgou e a água se dissipou, antes da espada piscar e desaparecer, deixando apenas um buraco na carne onde estava. Tudo o que a ruiva conseguiu fazer antes de cair ao lado do homem foi assoviar para que Nightmare viesse lhe salvar e finalmente levá-la para casa.


Pensamentos em Primeira Pessoa.
— Falas.

Vínculos Usados:



Feyre Galliard
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04/04/2019

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