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Mensagem por Preta Seg Abr 29, 2019 4:17 pm

Do IT!

A tropa expedicionária novamente saía para novas explorações nos terrenos além do Império de Weingarten, algo quase rotineiro, afinal era necessário explorar; nunca se sabe o que pode encontrar: pessoas, cidades, mantimentos, etc. No geral um trabalho chato e cansativo, onde se andava por horas, mas nada era encontrado. Nada exceto alguns monstros, mas os militares já estavam habituados à eles. O grupo convocado agora era composto por 5 pessoas, dentre elas, Valentin. O plano era sair em direção ao norte, enquanto mais 3 grupos iam rumo sul, leste e oeste. As ordens eram de uma expedição com duração de 5 dias, explorando o máximo possível.

O grupo deixava o terreno seguro e partia em direção ao desconhecido, deixando para trás família e amigos que rezavam para que voltassem bem. Locomoviam-se com cavalos, carregando consigo armas e provisões o suficiente para os dias ordenados. O primeiro dia e meio era sempre o mais entediante, cavalgar por horas sem descanso e sem promessa de algo no horizonte, parando apenas no fim do dia para levantar acampamento. E no dia seguinte apenas mais um repetição.

Dada a metade do segundo dia finalmente foram avistadas ruínas, um avanço na expedição do grupo que não viam nada além de deserto. Animados, todos aceleraram em direção do horizonte, na esperança de que finalmente encontrariam algo que valesse a pena. A visão era de um antigo povoado com casas feitas de adobe e pedra, algumas soterradas até a metade por areia, provavelmente causadas por tempestades da mesma. Isso já era sinal suficiente que não haviam pessoas ali, mas todos desceram de seus cavalos em busca de algo que pudesse ser interessante e contribuir na missão. Um sol alto invadiu os ouvidos dos expedicionários que alerta foram investigar o que acontecia. A cena parecia provinda de um filme de terror. Um grupo de 8 walkers atacava um escorpião gigante que parecia estar levando a pior, mas permanecia de pé e atacando cegamente. A luta intensa jogou o escorpião sobre uma casa próxima ao grupo, atingindo um dos membros que foi soterrado pelos escombros. Os demais não tiveram opção exceto sacar suas armas e se defender, agora que haviam sido envolvidos no combate e não poderiam deixar um companheiro para trás.

Valentin lutava bravamente contra os walkers e desviando das investidas do escorpião, mas quando a poeira baixou viu os corpos de seus colegas no chão, alguns já mortos e outros gravemente feridos. A batalha afugentara os cavalos, que deixaram apenas duas mochilas caídas no chão, abandonadas durante a fuga.

Observações:

  • Seu objetivo é voltar para o Império em busca de ajuda para seus amigos e para si;
  • Durante o caminho encontrará: Pteros, Walkers e Escorpiões Gigantes;
  • Seus recursos são limitados;
  • Dois homens foram mortos e dois estão gravemente feridos, sendo um desses o que foi soterrado. Deve ajudá-los e mantê-los em segurança antes de partir, portanto administre bem seus itens;
  • Você tem apenas dois kit de primeiros-socorros, pode usar em seus amigos ou levar um consigo para emergências no caminho;
  • Cada enlatado dura para duas refeições, mas lembre-se: seus amigos devem comer também ou morrem;
  • A quantidade de água que bebe fica à seu critério;
  • Uma barrinha de cereal mata sua fome por apenas 2 horas;
  • Você pode explorar os corpos e o lugar para procurar mais recursos antes de sair, mas já adianto: a única comida e água são as da mochila;
  • O deserto é quente de dia e frio de noite, lembre-se disso.

    Mochilas:
  • 10 enlatados;
  • 6 garrafas de água de 750ml;
  • 4 barrinhas de cereal;
  • 2 kits de primeiro-socorros;
  • 2 cobertas;
  • 2 moletons;
  • 1 isqueiro.



Preta
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25/03/2019

Preta

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Mensagem por Valentin Lancaster Ter Abr 30, 2019 9:05 pm




   
os npc's





• William Carter: possui uma personalidade divertida e brincalhona, sendo um homem íntegro e um grande líder, sempre levando em consideração os votos e opiniões de seus companheiros.
Poderes: mimetismo em minotauro; ganha uma gigantesca massa muscular, criando uma cabeça de touro, com chifres enormes. Ganha força e resistência sobre-humanas nesta forma.
Aparência: foto

• Ariel Hernandez: é bastante bem-humorado, sendo um soldado com poderes subestimados, apesar deles serem poderosos. É o mais jovem e é um pouco medroso, entretanto quando precisam dele se mostra um grande herói.
Poderes: mimetismo em arco-íris; pode se transformar em raios de arco-íris, emitindo calor, frio e também gerar feixes. Consegue voar e criar chamas frias/quentes e multicoloridas.
Aparência: foto

• Angela Sandford: é arrogante, sempre com uma piada sarcástica na ponta da língua, entretanto, ela é uma soldada incrivelmente poderosa e só descansa quando seus inimigos estão todos caídos.
Poderes: manipulação de areia; consegue manipular os grãos de areia, moldando-os como armas e até mesmo criando escudos e matar pessoas ao desfigurar seus corpos com as partículas de areia pequeninas e perfurantes.
Aparência: foto

• Carolina Danvers: é uma mulher austera, séria e de poucas palavras, porém muito boa em lutas e bastante valiosa pelo seu poder ofensivo. Apesar disso, costumeiramente perde a paciência e é preciso contê-la, principalmente em seus acessos de raiva.
Poderes: disparo de raios lasers; consegue disparar feixes de raio laser pelas mãos e olhos, de coloração alaranjada.
Aparência: foto






           
Valentin Lancaster
135

12/04/2019

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Valentin Lancaster

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Mensagem por Valentin Lancaster Ter Abr 30, 2019 10:39 pm




   
a grande batalha (1/2)





O salavanco dos cavalos fazia com que o corpo de Valentin se movesse para a frente e para trás, enquanto os portões ao norte eram abertos, dando passagem para a tropa expedicionária. Os primeiros raios solares surgiam pela manhã junto do renascimento do sol, de forma que os soldados tinham agora a luz necessária para poderem avançar. O metamorfo havia sido acomodado na tropa norte, sendo que mais outras três tropas foram designadas para o sul, leste e oeste. A missão fora passada e envolvia cinco dias fora das muralhas de Weingarten, onde cada tropa – composta de cinco membros cada – iria para uma direção e caçaria monstros e buscaria por possíveis itens, recursos e, claro, o extermínio de monstros.

Sempre havia o risco de morrer nessas missões, o perigo espreitava em cada metro quadrado do mundo fora das muralhas de Weingarten e Valentin sabia do risco, porém ele não conseguia deixar de se arriscar. Por quê? De onde vinha esse impulso suicida? Ele era um herói ou somente um homem ávido por aventuras perigosas? O caminho era vasto, cheio de campinas e montanhas ao horizonte, cujo topo ninguém podiam avistar devido as nuvens frias e cinzentas. O primeiro dia de viagem era sempre o mais enfadonho, com apenas horas e mais horas de viagem. Os soldados se conheciam, o que criava um clima amistoso e amigável entre os cinco, de forma que eles conversavam, brincavam e discutiam sobre a vida.

— Certo, iremos acampar aqui, pessoal. — Carter, o membro mais velho e qualificado para a liderança, ordenou e todos pararam junto do pôr-do-sol ao horizonte, e então todos trataram de descer de seus cavalos e começaram a armar as suas tendas. O dia seguinte seria difícil e talvez ainda mais entediante.

Em meio a luz do luar, todos aproveitavam a natural iluminação da lua para poderem conversar até tarde, com a fogueira para aquecê-los e espantar um pouco mais o frio noturno e as possíveis criaturas e insetos. Eles estavam nos confins da floresta ao norte, próximos do deserto. Em breve eles iriam se aventurar pelo mar de areia, então todo o cuidado era pouco e eles precisavam descansar, repor as energias e partir logo pela manhã para um dia de batalha. Cada um em sua devida tenda, Valentin ainda permaneceu acordado por um bom tempo, ouvindo o silvo do vento e pensando em como seria difícil permanecer tanto tempo longe de casa. Agora, com a descoberta de seu irmão, Lancaster tinha agora um motivo para retornar, para se manter vivo de verdade: ele agora tinha alguém para cuidar.

Ao som do uivo do vento e da areia sendo atirada no fim da floresta na qual eles estavam, aos poucos o metamorfo foi caindo no sono, sem sonhos e com tranquilidade plena.


***


Partindo pela manhã, adentraram o mar de areia, os cavalos deixando pegadas para trás enquanto os bravos soldados prosseguiam, panos em volta de seus rostos para protegerem-se dos grãos de areia que, em grande parte, eram controlados pela soldado Sandford, cujos poderes envolviam a manipulação de areia. Com isso, ela praticamente era um rastreador ali, apenas precisando por a mão nos grãos e então sentir para onde todos deveriam ir. Quase uma hora depois, a loira apalpou o solo e então seu cenho franziu-se. Imediatamente todos a encararam, preocupados, olhando ao seu redor em busca de respostas ou possíveis perigos, porém não havia nada – o vento que erguia véus de areia também dificultava bastante a visão dos expedicionários.

— O que foi, Srta. Sandford? — perguntou o líder do grupo, o soldado Carter; um homem de olhos azuis, barba rala e bem aparada, muito bem apessoado e com um olhar divertido nos olhos, sempre bem-humorado. Sandford, por sua vez, tinha longos cabelos loiros e uma postura um pouco agressiva, apesar de ser uma ótima amiga – isso quando não destilava veneno – e uma soldada incrível.

— Cala a boca, eu estou tentando ouvir! — zangada, a loira levou o dedo indicador aos lábios e então encostou a cabeça na areia, fechando os olhos e se concentrando. Nenhum dos soldados podia adivinhar o que ela fazia, mas ela sempre ouvia coisas muito distantes ao encostar o ouvido contra a areia e pedras, como se fosse uma espécie de rastreadora. Arregalando os olhos, ela apontou para a direção a leste, parecendo exasperada. — Ali, há uma concentração de monstros muito grande, mas sinto passos diferentes, creio que sejam seres humanos. Podem ser dos nossos?

Todos pararam para refletir um minuto, incluindo Valentin; haviam outros três comboios, então era muito pouco provável que os caminhos deles se cruzassem, porém, com o tempo impossível de ser calculado e os monstros, não seria nada impossível que algum comboio tivesse parado ali.

— Isso é plausível, vamos. Rápido. Lancaster, sobrevoe a área e a verifique, Hernandez, acompanhe-o. — Carter instruiu e, se entreolhando, Valentin e Ariel assentiram.

Manipulando seu corpo, o metamorfo deixou seu corpo mais leve e começou a voar, logo alçou voo e foi acompanhado pelo seu companheiro, cujo poder envolvia o arco-íris: seu corpo foi envolto por um brilho multicolorido e, no segundo seguinte, ele já voava lado a lado com Valentin, sorrindo e com sua pele irradiando calor e luz. Ambos foram voando e conseguiram ver as ruínas, milhares de casas soterradas na areia e algumas ainda expostas, seja o teto ou a construção por completo. Haviam dez Walkers – criaturas que um dia foram hienas, mas que agora eram monstruosidades bípedes cujas habilidades envolviam imitar vozes humanas das suas vítimas – e um escorpião gigante, brigando impetuosamente por suas vidas.

— Isso é irado! — riu-se Hernandez, parecendo bastante animado com a luta abaixo dos dois, o que fez Valentin rolar os olhos, irritado.

— Vamos ter de acabar com eles para podermos prosseguir. — Comentou o metamorfo, comprimindo os lábios e bolando uma estratégia para tentar sair daquela situação desagradável.

Voltando com velocidade ímpar até os três soldados impacientes, Valentin tomou a frente, passando as informações pertinentes ao líder, cuja reação foi cruzar os braços e levar a mão ao queixo, alisando-o enquanto pensava.

— Podemos tentar contornar ou confrontá-los. Qual é a opinião de vocês? — perguntou William Carter, o líder, buscando ouvir seus soldados para chegar a uma conclusão. Aparentemente, ele gostava de ouvir seus soldados – melhor para Lancaster, cujo trauma envolvia sua primeira missão sendo arruinada por um péssimo líder que tomava decisões ruins.

— Precisamos enfrentá-los! — rebateu Angela, a loira com os poderes sobre a areia, parecendo extasiada com a luta vindoura. — Temos de destruir eles, afinal saímos de Weingarten para isso: matar um por um até não sobrar mais nenhum de pé. — Sorriu ela, fazendo um "dã" gigantesco com suas expressões faciais.

— Voto em contornarmos eles. É suicídio enfrentá-los. — Replicou Carolina; uma mulher séria e que nunca sorria, com cabelos curtos e loiros, cujos poderes envolviam o disparo de raios lasers pelos olhos e mãos.

— Acho que nós devemos enfrentá-los — comentou Valentin, atraindo a atenção de todos. Logo ele, sempre tão cuidadoso, afirmando que todos deveriam se arriscar? Ninguém conseguiu reconhecê-lo ali. — Pensem comigo: estamos num mar de areia gigantesco, não tem como passarmos por eles despercebidos; eles nos sentiriam, seja o nosso cheiro ou com uma visão aguçada. Se tentarmos passar direto por eles vai ser pior: eles vão nos encontrar e vão nos pegar desprevenidos. Se nos organizarmos e os atacarmos direitinho, podemos vencê-los. — Comentou o metamorfo, pegando a espada embainhada e acoplando-a a seu cinto, pondo-a do lado esquerdo de seu flanco, vide que ele era destro.

— Dois contra dois... chefe? — perguntou Ariel com desconfiança, parecendo um pouco apreensivo. Ele era novo, sendo aquela a sua segunda missão em campo, de forma que ainda havia muito que ele não conhecia e temia. Escorpiões gigantes e Walkers eram algumas das novidades que ele nunca havia enfrentado.

— Concordo com Sandford e Lancaster: precisamos confrontá-los, ou poderemos ser seguidos e pegos de surpresa. Vamos! — ordenou Carter, chamando-os para que se aproximassem e então pediu todos os detalhes para Valentin e Ariel. Aos poucos, um plano foi bolado pelo líder.

— Certo. Denvers e Sandford, ataquem o flanco esquerdo da pequena cidade. Sandford criará um véu de areia e irá atrair a atenção deles, envolvendo diversas hienas e então fará construtos surgirem do solo, é uma armadilha que eles não verão. Denvers se esconde e os ataca com os raios lasers. Hernandez, você sobrevoará acima de todos nós, atrairá a atenção do escorpião e jogará o máximo que poder de fogo e energia do arco-íris, busque queimá-lo, está me entendendo? Atrase-o o máximo que puder. Enquanto isso, Lancaster e eu atacaremos pelo solo, matando o máximo de Walkers que conseguirmos, partindo logo em seguida para cima do escorpião que, creio eu, estará ferido pelos feixes de arco-íris de Hernandez.

Cada um ouviu o plano, repassando-o diversas vezes mentalmente, até que todos assentiram e cada um foi em seus cavalos, separando-se para o ataque surpresa aos monstros. Valentin sempre ficava nervoso com esse tipo de armadilhas, pois elas nem sempre saíam do jeito certo. Ele só esperava que todos se saíssem bem em seus devidos deveres.


***


Contornando as ruínas, Valentin posicionou-se com Carter, os cavalos ao longe. Os dois homens se entreolharam nervosamente, enquanto buscavam o sinal para que pudessem atacar. Escalando o muro de tijolos e olhando para o meio do que um dia fora uma rua, Lancaster viu ao longe uma parede de areia ser formada, atraindo a atenção dos Walkers que, parando de brigar com o escorpião, correram e então passaram a ser atingidos por feixes de lasers, logo o metamorfo pôde ver a Denvers acima de um edifício, com seus punhos e olhos alaranjados disparando seus raios lasers e atingindo diversos monstros. Voltando-se para Carter, fez um sinal de joia e então Ariel surgiu bem mais à frente, voando e brilhando, atirando suas esferas de energia multicoloridas, enquanto o escorpião inutilmente tentava atingi-lo com sua cauda, incapaz de alcançá-lo. Alguns Walkers ficaram para trás, ainda com lanças, buscando atingir o escorpião, ferindo-o e facilitando mais da metade do trabalho de Lancaster e o líder da tropa.

— Certo, vamos. — Gritou Carter, assumindo a frente, seu corpo crescendo enquanto os pés descalços viravam cascos negros e fortes, a parte superior de seu corpo tornando-se peluda, seus músculos tornando-se enormes, enquanto a cabeça de William mudava para a de um touro, os enormes chifres afiados como uma lâmina.

Voando, Valentin revestiu o corpo de diamante e então pousou com um soco na cabeça de uma das hienas, lançando-a pelo solo. Tudo estava confuso, areia era jogada aos ares e agora um tufão surgia bem do lado esquerdo da cidade, impossibilitando todos de verem se as meninas estavam bem, entretanto a única coisa visível era a luz laranja dos raios lasers de Denvers. Uma lança foi atirada contra o metamorfo, cuja reação foi tornar-se intangível e, partindo para cima da criatura, correu e deu um salto, caindo sobre a mesma e atingindo sua face repetidamente por murros potentes, amassando sua cara e sujando o diamante com sangue. As patas de uma hiena diferente, agarrou seus braços, puxando-o de cima da criatura, enquanto o metamorfo era arrastado pela areia, mesmo estando na forma de diamante. Aumentando sua densidade, ficou ainda mais pesado, sendo largado por conta do peso insuportável e, ao cair no chão, acertou um soco nas partes íntimas da hiena.

— Rápido, suba os prédios e vá até Hernandez! — berrou Carter, ainda em sua forma de minotauro, suas mãos segurando uma das patas do escorpião, enquanto ao seu redor a ponta do ferrão do animal atingia tudo, incluindo casas de diversos tamanhos, destruindo-as. Voltando-se para o amigo à sua esquerda, sobrevoando os céus, Valentin o encontrou ferido, com uma lança no peito e com as luzes de seu corpo mudando ininterruptamente. Parecia que ele iria cair a qualquer momento.

Puxando ar para os pulmões, correu na direção do companheiro e pegou uma das lanças no chão, atirando contra uma das hienas e, acertando-a no estômago, a mesma curvou-se sobre o chão e, aproveitando a chance, Valentin pulou em cima da mesma e, pisando-a nas costas, saltou e voou para agarrar o amigo ferido, caindo no chão com ele por cima de si, pesado e ensanguentado. Ele estava desacordado. Preocupado, Lancaster olhou mais para a frente, onde várias hienas estavam mortas. Carter ainda lutava bravamente com o escorpião, já tendo arrancado duas de suas pernas. Uma hiena veio em sua direção e, preparando-se para bater na mesma até a morte, foi interrompido pelo feixe de laser vindo de Denvers, que agora saía do tufão de areia junto de Sandford. Com as mãos erguidas, a soldada com poderes sobre os grãos de areia usou seu poder, concentrando-se na cauda do animal e, solidificando uma quantia gigantesca de areia para petrificar sua cada, a loira comprimiu os lábios, suando pelo esforço e caindo de joelhos.

— Atinja-o na cara! — berrou Valentin, e então Denvers ergueu os punhos acertando-o na região, assim como nas patas do lado direito do animal, enquanto do lado esquerdo Carter terminava de desmembrá-lo. Foi então que tudo aconteceu, rápido demais para que os olhos humanos pudessem acompanhar.

De repente, areia choveu do céu, impossibilitando Valentin de ver alguma coisa, e demorou somente dois segundos para que ele chegasse à conclusão de que a petrificação de Sandford não havia sido forte o suficiente para conter a cauda da besta. De repente, algo afiado e enorme começou a atingir tudo ao redor deles. Como estava sem olhos, o monstro não tinha uma mira fixa, acertando tudo em torno dos soldados. Arrastando Hernandez ainda inconsciente para debaixo de uma casa antiga ao quebrar suas paredes, Valentin foi para fora, intangível e buscando por seus companheiros, porém só conseguia ver areia e mais areia espiralando enquanto o animal lançava mais e mais dela ao se mover agitado. O pior de tudo era aquele monstro não emitir som algum, o que tornava enfrentá-lo uma missão difícil.

Caso não estivesse intangível, Valentin teria acabado de ser perpassado pelo ferrão do monstro, o que fez o metamorfo erguer o dedo do mão para o monstro e, localizando Denvers ao ver seus feixes de lasers, correu até a mesma, entretanto ela foi atingida pela cauda do escorpião, lançando-a para dentro de uma casa e, com um enorme construto perfurando o estômago do animal, Sandford acabava de matá-lo. O escorpião tombou para a esquerda antes mesmo de Denvers poder sair dos escombros, sendo esmagada no processo. Abismado, Valentin chorou pela morte de sua amiga, enquanto agora priorizava encontrar o seu chefe.

— Carter! — gritou Valentin, e então conseguiu avistar Sandford a cerca de vinte metros dele, ainda criando mais construtos no intuito de se certificar de que matara o titânico animal. — Sandford! Acaba com essa tempestade de areia! — gritou o metamorfo com as mãos em volta da boca, e então a loira assentiu, fazendo um "ok".

Movendo as suas mãos, a areia em volta dos soldados passou a girar, subindo para cima enquanto criava um tufão bem acima deles, e foi então que uma enorme bola de areia foi criada pela loira, lançando-a longe. Indo até ela ainda cansado, Valentin viu que Hernandez estava salvo dentro da casa. Procurando por Carter, o encontrou desmaiado próximo do corpo colosso do animal. Correndo até ele, Lancaster o segurou nos braços ao tornar-se mais denso, pondo-o próximo de Sandford. Ela chorava, apesar de estar tentando pensar no que fazer.

— Preciso de um cigarro, merda. Cadê os nossos cavalos? — bradou a loira, desesperada com o ferimento de Carter, cujo peito estava quase que completamente aberto. Provavelmente havia sido alguma lança das hienas.

— Devem ter partido com a tempestade de areia. Você se descontrolou ou mediu mal os seus poderes? — apesar de tentar, Valentin não conseguiu disfarçar a raiva e desapontamento por causa dos poderes da loira. No fim, eles prejudicaram mais do que ajudaram. Ela ficou frustrada, olhando-o como se quisesse trucidá-lo. Mas não havia tempo para isso.

— Foi natural, certo? Uma tempestade de areia é perfeitamente natural no deserto, caralho! Não é culpa minha se houve esse imprevisto e eu não consegui lidar com isso. — Exprimiu ela com cólera em seus olhos verdes, grãos de areia flutuando em volta de seu punho fechado.

— Isso não é hora, Angela! Procura por algum dos cavalos ou alguma bolsa, precisamos de um kit médico urgentemente. — Rebateu Valentin, ignorando as desculpas da soldada e então ela correu para a direção onde originalmente os cavalos estavam escondidos, fora das ruínas da cidade.

Pressionando o ferimento de Carter buscando mantê-lo vivo, Valentin tentava o máximo que podia deixá-lo estável, até que Sandford retornou quase dez minutos depois, correndo e cansada, entregando uma mochila. Uma. Apenas uma. Abismado, Lancaster agarrou-a e vasculhou, encontrando uma caixa de primeiros-socorros e então foi cuidando do ferimento de seu chefe, enquanto Angela ia auxiliando, visto que ela era muito melhor que ele em enfermaria. Deixando-a finalizar o torniquete, foi até Hernandez, verificar se ele estava vivo. Ele estava! Rindo de felicidade, o metamorfo viu que, próximo do loiro adormecido, havia uma segunda mochila.

Pegando Carter, agora mais estável, o levou até a casa onde Hernandez também estava, pondo os dois próximos. Por ora, os dois estavam bem. Sandford estava aflita e, vendo-a melhor e com mais calma agora, Valentin pôde notar que ela estava muito machucada, mancando graças a um corte no joelho esquerdo e com várias escoriações nos braços e rosto devido ao corte da tempestade de areia. Definitivamente ela estava mais fraca que ele, que graças aos seus poderes, revestiu a pele de diamantes durante toda a tempestade. Tocando-a no ombro, o metamorfo sorriu; um sorriso meia lua, sem jeito, o qual ela retribuiu.

— Eles vão ficar bem? — perguntou ela, demonstrando ter sentimentos pela primeira vez em muito tempo. Valentin voltou-se para encarar os dois e, semicerrando os olhos, logo os arregalou ao ver um movimento suspeito.

— Droga! — voando até Hernandez, o segurou e então percebeu que o rapaz estava tendo convulsões. Ele havia sido atingido por uma lança, então por que estava tendo uma convulsão? Estranhando aquilo, Valentin então rasga a camisa do rapaz, podendo ver melhor; em torno do corte, uma mancha verde-lodo se alastrava pelo corpo pálido do soldado, envenenando-o. Tentando raciocinar, Lancaster não pôde pensar em nada. Não sabia qual aquele tipo de veneno, nem como removê-lo.

— Faz alguma coisa! — urrou a loira, dando um soco nas costas de Valentin, mas ele apenas manteve a cabeça baixa, segurando bem o corpo do amigo, os olhos marejados. Seu corpo convulsionava violentamente, até que ele parou. Esbaforando o ar de seus pulmões e pondo as mãos nos joelhos, Angela chorava copiosamente, até que fitou Lancaster com um misto do que parecia ser raiva, tristeza e desesperança. — O que faremos agora? Estamos sem cavalos, com uns 20% do total de suprimento que tínhamos e com dois da nossa tropa mortos. O que vamos fazer? — aflita, Sandford aos poucos começava a entrar em pânico.

Ficando de pé, Valentin segurou seus ombros e tentou confortá-la, porém ela ainda estava abalada e ficava cada vez mais agressiva e aturdida, até que o metamorfo lhe atingiu com um tapa na face, fazendo-a voltar ao normal. Ela engoliu em seco, alisando a bochecha e olhando irritadiça para Lancaster.

— Eu preciso que fique cuidando do nosso chefe, ele ainda está vivo e... — subindo a camisa do mesmo, notou que o ferimento provavelmente deveria ser de alguma lâmina dos Walkers ou suas garras, já que não havia envenenamento visível. — Ótimo, ele não está envenenado. Bem, fique com ele, eu irei procurar ajuda, vou levar só um pouco de comida e água, eu posso voar, eu vou ficar bem e chegarei rápido se forçar os meus limites no voo. — Acalmando-a, Valentin pôs as mãos nos ombros da loira, cuja reação foi assentir ainda um pouco emudecida devido ao trauma. Ela não mais chorava, mas era possível ver que seus olhos verdes não paravam, movendo-se nervosamente, assim como ela era incapaz de parar de roer suas unhas.

— Eu... eu quero ir, podemos dar um jeito de levar o William com a gente...

— Não! Não vai dar! Ele está muito ferido e só iríamos demorar ainda mais, sem contar que nós estamos sem cavalos. Posso voar quase metade do nosso percurso em menos tempo, não precisa se preocupar comigo, posso me adaptar a quase tudo. Foque em cuidar dele, você tem experiência com primeiros-socorros, eu não. — Garantindo-a que ficaria bem, o metamorfo sentia uma pontada de nervosismo no âmago ao mentir, pois ele honestamente não sabia como sobreviver sozinho em um lugar tão longe assim de casa. Mas ele precisava tentar.

— Volta logo, está bem? — murmurou ela ficando de joelhos, medindo a temperatura de Carter. Dada a sua expressão calma e de alívio, tudo estava bem.

Era preciso Valentin tomar uma decisão, e rápido.








3520 palavras
Valentin Lancaster
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Mensagem por Valentin Lancaster Qui maio 02, 2019 5:53 pm




   
voltando para casa (2/2)





Separando os itens, Valentin tentou medir tudo numa balança mental, tomando notas. Ele provavelmente conseguiria voar por alguns quilômetros antes de ser vencido pelo cansaço, então ele precisa comer e recuperar as energias, de forma que, em um dia e meio de viagem, ele provavelmente levaria apenas meio dia para chegar até Weingarten, se fosse rápido e não fosse parado por nenhum monstro. Sendo assim, Lancaster buscou dividir tudo para que seus dois companheiros tivessem mais do que ele, vide que Carter ainda estava em um estado grave e ainda não havia despertado.

Sendo assim, a divisão fora feita. Dos dez enlatados, sete ficaram com Angela e William, afinal Valentin podia criar frutos de seu corpo ao criar plantas, além dele levar menos tempo para ir até Weingarten e voltar pela sua capacidade de voar. Das seis garrafas de água, quatro ficaram com seus parceiros, já que Lancaster podia criar água ao transformar partes de seu corpo em plantas marítimas recheadas de água. Das quatro barrinhas de cereal, foram deixadas três com seus companheiros, assim como os dois kits de primeiros socorros. Quanto as duas cobertas e os dois moletons, Valentin optou por apenas levar consigo um moletom, deixando o isqueiro com Angela para que ela pudesse aquecê-los. Já na saída, ele virou-se para a amiga, abraçando-a.

— Vou ficar bem, se salve e deixe o nosso chefe vivo até eu voltar com ajuda, certo? — despedindo-se, levou um soco de leve no ombro, sorrindo.

— Claro que vai ficar bem, se você morrer eu te ressuscito só para lhe assassinar. — Brincou a loira, fazendo uma continência informal e então acenando um tchau enquanto o metamorfo preparava a sua mochila e colocava a espada na bainha, alçando voo. Muitos perigos estavam à espreita e ele precisava ser esperto.


***


Durante a noite os monstros saíam para caçar, e pelo céu noturno Valentin podia vê-los acima de antigas casas, prédios e afins, enquanto ele tentava ir o mais rápido que podia, os punhos fechados e para a frente de seu corpo, igual a um super-herói de um gibi com quase trezentos e setenta anos de idade, encontrado por Lancaster numa de suas expedições. Superman o nome do herói, cuja roupa era uma cueca usada por cima da calça e com um disfarce ridículo. Soava estranho, porém o metamorfo gostava de como suas histórias eram divertidas e legais de se ler, sempre inspirando o heroísmo. Pena não haver muitos exemplares na loja onde ele encontrou os volumes.

Havia uma infinidade de criaturas lá embaixo que, estranhamente, pareciam terem uma ótima visão e percepção, pois o notavam mesmo que suas vestes fossem escuras e ele emitisse som algum. Elas o seguiam, desistindo na metade do caminho, algumas ainda insistiam em sair dos limites da pequenina cidade – que a tropa evitara justamente por ser abarrotada de monstros –, entrando na mata verde da floresta, grunhindo e perseguindo-o incansavelmente. Decidido a não dar bandeira e ser encontrado por elas – afinal ele teria de descer cedo ou tarde –, ele voou um pouco mais alto, pegando as correntes de ar que facilitavam e muito o seu voo, entretanto o frio acima das nuvens era congelante.

O deserto se fazia presente mais uma vez, deixando Lancaster um pouco perdido quanto a direção que ele deveria ir. Pegando o mapa em seu bolso, localizou-se e então pegou à direita, voando um pouco mais rapidamente e então ouvindo um som, semelhante a um grasnado. Preocupado, o metamorfo semicerrou os olhos e então foi surpreendido com um gigantesco Ptero vindo na sua direção. Com mais de cinco metros de comprimento e asas cortantes como navalhas, a ave tentou atingir o soldado que, tornando-se intangível, instintivamente se curvou em posição fetal e deixou-se despencar do alto até o solo fofo do deserto. Enquanto caía, o pássaro bicava-o, sem conseguir pegá-lo de forma alguma, mas não desistindo de tentar fisgá-lo.

Assim que atingiu o solo seu corpo passou direto graças ao seu corpo em estado imaterial e então tudo ficou escuro abaixo das toneladas de areia, mas ainda era possível ouvir os grasnados do monstro acima de si. Subindo e vendo-se diante do pássaro, bradou sua espada e tornou-se sólido uma vez mais, avançando ainda incerto de sua vitória. A quimera já havia enfrentado antes um Ptero, porém tivera companhia de seus parceiros de tropa, além da ave ter sobrevivido e apenas fugido devido ao fogo. Isso! Fogo! Pensando rápido, o metamorfo deu vários saltos para trás, desviando-se das investidas das bicadas e também das pontas das asas do animal, erguendo sua espada e cortando um pedaço da asa esquerda da criatura. Ela recuou, seus passos pesados deixando pegadas enormes na areia.

Suando, exausto pelo voo e buscando vencer aquela besta, o soldado joga a sua espada na direção do Ptero e então acerta seu olho, passando a correr e então usando os seus poderes para levitar, voando acima do pássaro e, aproveitando a sua distração, o metamorfo revestiu o corpo de diamantes e, pesado, desceu como uma bola de canhão e atingiu o crânio da ave, amassando-o. Aquele pequeno ato de coragem deveria ser o suficiente para acabar com aquilo, mas não havia sido. Agitando-se, o monstro se agita e então lança o corpo de Lancaster no deserto, que rola pela areia, já exaurido. Como destruir aquilo? A aberração veio em sua direção com agressividade, grasnando e deixando o soldado irritadiço e um pouco desorientado, e então como medida preventiva Valentin usou de seu poder para fazer suas orelhas desaparecerem. A sensação era bizarra, principalmente por ele não ouvir, mas isso o impediria de ter seus poderes afetados pelo som agudo e insuportável.

Frustrada, a criatura avançou enquanto Valentin voava e, vendo o bico gigantesco escancarado do monstro, foi então que a decisão suicida fora tomada: ele se deixaria ser engolido. Intangível, desceu direto pela boca da ave e foi direto a velocidade ímpar até chegar ao estômago da mesma, transformando seus braços em plantas ao deixar seus braços tangíveis e lançou veneno diretamente nas paredes internas do ventre titânico da besta. Seus antebraços e mãos eram agora tentáculos esverdeados cujas pontas lançavam um pó alaranjada e altamente venenoso, que se impregnava no interior e lentamente ia corroindo a criatura de dentro para fora. Desfazendo as plantas de seus braços, Lancaster deixou o corpo inteiro transformado em diamante pontiagudo e, rindo, pendeu a cabeça de lado.

— Hora de te abrir, coisinha! — murmurou Valentin, avançando e começando a dar socos e chutes no intestino do Ptero, arrancando pedaços, sangue e líquidos internos enquanto o ser se debatia do lado de fora, tentando de alguma forma expulsar o seu invasor. Parecia horas, mas eram apenas minutos de longos e potentes socos de diamante, até que finalmente Lancaster pôde sentir o vento frio da noite, e então ele se viu fora das entranhas do pássaro, espalhando seu sangue em cascatas pela areia fria do deserto.

Dando seus últimos granidos de dor e agonia, por fim a aberração se contorceu, caindo ao solo já sem vida e derrotada pelo moreno. Erguendo o punho direito em uma comemoração sem vida, Valentin retirou uma barra de cereal – a única que tinha – e a comeu, enquanto recuperava as energias para poder construir o local onde iria passar a noite. Tornando o corpo mais resistente ao incrementar sua densidade corporal, a quimera passou a arrancar as grossas penas da ave, pegando-as. Um plano se formava em sua mente e ele precisaria que ele funcionava para passar a noite.

Enquanto comia aqui e ali do arroz e frango de seu enlatado, tendo como líquido uma garrafa d'água, Valentin ia recuperando as energias à medida que ia construindo uma tenda improvisada feita a partir das penas da ave. Amarrando-as com cordas improvisadas feitas de pedaços de plantas que o Lancaster criava em seu corpo, ele ia construindo sua casa temporária, retangular e pequena, mas de tamanho o suficiente para acomodá-lo. Vasculhando a sua mochila, retirou o moletom, grosso e quente, capaz de aquecê-lo durante toda a noite fria do deserto. Deitando-se no moletom, o metamorfo abraçou a sua mochila, pensando em como Carter e Sandford deveriam estar neste momento, sobrevivendo àquele inferno de lugar. Ele precisava sempre tê-los em mente, pois a vida deles dependia unicamente do esforço de Valentin em chegar até Weingarten.

Com isso em mente, o soldado da tropa caiu no sono.


***


Os primeiros raios solares incidiam sobre as penas, esquentando-as e criando um clima desfavorável para o metamorfo que, grunhindo, ergueu a mão e começou a destruir a tenda, quebrando-a e então esticando o corpo, estalando diversos pontos enquanto gemia pela noite de sono produtiva. Certo, ele precisava agir rapidamente e chegar a Weingarten. Pegando o seu enlatado, passou a comer do mesmo, tomando mais uma garrafa d'água e então olhando para o alto, verificando as horas. Deveriam ser oito ou nove horas, certo, ainda daria tempo de chegar às muralhas antes do pôr-do-sol.

Alçando voo, o moreno começou a ir na direção das nuvens, olhando para baixo buscando qualquer indício da presença de monstruosidades. Aumentando a sua velocidade, Valentin ia se aproximando cada vez mais da cidade, restando algo em torno de cinco horas, mas foi então que ele fora surpreendido com uma lança que perfurou seu ombro direito, gerando uma dor excruciante e fazendo-o diminuir o ritmo, começando a perder a sua altitude e ir de encontro ao solo do deserto. Hienas vinham em sua direção, munidas de lanças e exprimindo gritos e palavras, deixando como sempre o Lancaster abismado e ainda incomodado com a inteligência delas.

Puxando a lança de seu ombro, gritou em agonia e soltou um suspiro aliviado ao ver que não havia veneno contido. Grunhindo estafado, o metamorfo rolou os olhos e revestiu a pele de prata, recebendo mais lanças em seu corpo, que quebravam-se devido a resistência sobre-humana. Pegando a primeira pelo queixo, arrancou o maxilar da hiena, atirando a criatura ao longe e então dando um soco em outra, sentindo mais um Walker subir em seu corpo e tentar arranhá-lo. Pegando-a pelos ombros, lançou-a em outra das aberrações falantes e alçoou voo. Não poderia perder tempo batalhando contra aqueles seres, Valentin precisava chegar urgentemente à Weingarten.

Voando, comeu ali mesmo, no ar, o seu almoço, bebendo água para descer a comida enlatada e então prosseguiu. O cansaço pesava em seus ombros, principalmente, devido a dor da lança crava ali anteriormente, porém o guerreiro da tropa expedicionária não poderia se dar por vencido. Seus amigos precisavam dele e Carter poderia até mesmo morrer caso Valentin falhasse. No passado vários companheiros de batalha haviam caído, e desde então o metamorfo prometera a si mesmo que nunca mais permitiria perder ninguém. Nunca mais. Com a mente um pouco zonza, Lancaster via ao longe as muralhas de Weingarten e, acenando, buscava atrair a atenção dos guardas que protegiam a entrada e, despencando, apenas teve tempo de revestir a pele de mármore antes de despencar, desmaiando e perdendo por completo a consciência.


***


Valentin acordou com a boca seca numa cama do hospital de Le Ange, agitado e atordoado enquanto apalpava o corpo buscando por sua mochila inseparável, mas ela não estava consigo. Éliphas estava à sua frente, assim como o tenente Köhte, ambos parecendo um pouco preocupados. Observando-os, Lancaster lembrou-se de seus parceiros e então se sentou, gemendo pelo esforço e a dor que isso lhe causou.

— Precisam ir até...

— Eles já foram encontrados, pode ficar tranquilo. A soldado Sandford criou um construto de areia gigante para que pudessem localizá-los, assim que você veio sozinho percebemos que algo estava errado. Fez bem, Lancaster. — Assentiu o capitão Crowley, fazendo o metamorfo assentir e erguer o dedo fazendo um joia.

— Certo, bom, agora vou dormir... — sorriu Valentin, logo caindo no sono com a mesma rapidez com a qual despertou.








2000 palavras
Valentin Lancaster
135

12/04/2019

Base militar de Le Ange

Valentin Lancaster

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Mensagem por Animal Seg maio 06, 2019 12:08 am

Do IT!

Valentin! Que escrita formidável! Confesso que a forma que você descreve as cenas me passa a imagem real da situação que está acontecendo e isso, sem dúvidas, é divino! Consegui acompanhar todas as ações da sua narração, todos os pontos de vista, enfim, gostei bastante. Você também narrou muito bem a interação com seu grupo, sei que é difícil interagir com NPC's, ainda mais sendo quatro!

E você seguiu as ordens da Preta, do início ao fim! Outro ponto que achei ótimo foi a forma como descreveu os NPC's, dando imagem de como eles seriam, suas devidas personalidades, e, claro, suas individualidades. Você está de parabéns, meu bom!


Avaliação:

  • Ortografia: 400/400
  • Gramática: 400/400
  • Cenário: 400/400
  • Enredo: 350/400
  • Dificuldade: 400/400

Total: 1950xp.



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25/03/2019

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