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Mensagem por Alistair Renard Dom Jun 02, 2019 3:36 am

o doce cântico dos dragões
A passagem a seguir é FECHADA AOS ENVOLVIDOS. Os envolvidos são Alistair Renard. Na Ilha de Páscoa. O conteúdo que o texto aborda é SOMENTE PARA MAIORES.

Sendo guiado por sonhos, Alistair decide ir atrás de ovos de dragões, mesmo que seja só um mito e ele nem saiba do que se trata. Trilhando uma jornada de fé, o pai dos dragões entra numa trajetória de amor e destruição para conseguir seus filhos.

Alistair Renard
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14/04/2019

Alistair Renard

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Mensagem por Alistair Renard Dom Jun 02, 2019 3:47 am




NPCs

1, Geralt
• Christian Wilde
• Percepção
• Sério, neutro, charmoso, um pouco mal-humorado, desagradável, coração de ouro apesar de aparentar ser grosso, sarcástico

2, Mack
• Henry Simmons
• Criação de ossos afiados nos antebraços
• Bondoso, gentil, bom rapaz, grande porém com coração cálido, inteligente e sagaz, um verdadeiro líder

3, Philip
• Clark Gregg
• Disparo de raios lasers pelos olhos
• Misterioso, ambicioso, humor ambíguo, manipulador, egoísta, falso, fala suave, serpente

4, Yulia
• Milla Jovovich
• Criação de imagens holográficas
• Ambivalente, misteriosa e cheia de segredos, estressada e arrogante, é a verdadeira líder dos piratas, mandona e perversa, sádica, pouco confiável

Ambientação

Ilha de Páscoa, no Chile: FOTO 1, FOTO 2, FOTO 3.

Navio: FOTO

Valeryan (fogo): FOTO

Viseryon (gelo): FOTO





informações importantes


Alistair Renard
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Alistair Renard

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Mensagem por Alistair Renard Dom Jun 02, 2019 3:49 am



Minha vida nunca havia sido de glória ou fama, como muitos acham que é a vida na nobreza de Calipso. Havia cinismo por detrás daquelas muralhas, segredos, mentiras e podridão enraizadas nos corações daqueles líderes e a maldade era uma constante em quase todos. Quem me vê falando assim sobre a nobreza pode até achar que sou um morador pobre de El Diablo, revoltado com o governo só pelo universo me ter feito nascer na mediocridade, mas não, eu nasci num berço de ouro e eu pertencia à nata da burguesia. Eu era da família Renard, a mão de ferro do imperador, sendo eles os responsáveis por organizar a base de Le Ange e todos os militares de Weingarten. Apesar de todo o prestígio, eu sempre estive à sombra de meu irmão mais velho.

Ele era o preferido de papai, sempre sendo elogiado por sua força física, por seu corpo atlético e por sua coragem. Ele era o soldado perfeito. Lembro-me de como foi desastroso o meu treinamento, quando eu tinha apenas dez anos de idade e mal tinha a percepção do que era a palavra fracasso. Meu irmão e eu passamos por testes ferrenhos e nos machucamos no processo, mas quem saiu vitorioso claramente não havia sido eu ao final do teste. Depois disso passei a ser ainda mais ignorado, sendo tachado de coisas como fraco e mulherzinha. Os homens da família Renard podiam ser muito cruéis.

Ainda me recordo com um sentimento pesado de vergonha de como foi o dia em que um bruxo amigo da família veio nos visitar, com aquele seu corpo esquelético e as costas um pouco corcundas, seus dedos enormes parecendo tentáculos e os olhos completamente brancos. Tive pesadelos por dias com ele. Ele me tocou por quase todo o corpo, usando seus poderes sensitivos no intuito de encontrar qualquer tipo de anomalia em mim ou algum indício de que eu tinha poderes, mas parecia impossível para ele achar minha essência.

— Bem, Sr. Renard, de fato teu filho possui uma individualidade em sua essência, mas ela está fragmentada profundamente em seu âmago, enraizada no solo fértil de sua alma e parece que não vai desabrochar nem tão cedo. — Proferia o mago com suas mãos vagueando por meus braços e em seguida fechando-as em volta do meu pescoço.

— Eu preciso de meu filho forte e saudável, assim como todos os homens da nossa família. Ele precisa dos seus poderes para ser da nossa guarda, ora! — afirmava com convicta irritação o chefe dos Renard, sentado em uma cadeira e de braços cruzados me fitando do outro lado do laboratório do Doutor Erkron.

— Bem, pelo que vejo ele precisa amadurecer e encontrar um propósito. Veja o pequeno Renard aqui como um bom vinho. Provavelmente ele deve encontrar algo de útil para fazer até chegar aos trinta — comentou com um sorriso acanhado o bruxo/doutor, dando de ombros para papai. — Ele é forte e saudável, no entanto, ele apenas não manifestou nenhuma habilidade.

O olhar de meu pai foi cortante como uma navalha, e eu nunca me senti tão mal em toda a minha vida.

***

Crescer como um mero coadjuvante na vida de toda a sua família não era algo bom. Por mais que eu fosse lutar e retornasse das guerras vivo e intacto, meu irmão sempre era louvado por seus poderes e bravura. Ele era o general, afinal de contas. Não tinha inveja disso, mas era difícil não me sentir abandonado quando ambos íamos e voltávamos vivos de nossas missões, porém apenas um de nós era visto e agraciado com um abraço. Custava me darem um abraço e perguntarem se eu estava bem?

De qualquer forma, a vida como membro da tropa expedicionária era boa, pois assim eu ficava livre da influência desgastante de meus familiares e de seus comentários depreciativos. Como se não bastasse, eu tinha idade de me casar, mas não me sentia atraído por mulher alguma de Calipso ou de qualquer outro distrito. Em suma: mais uma vez decisões foram feitas por mim e fui arranjado em um casamento. Como obedecer meus progenitores desse jeito? Não me arrependo de ter fugido naquela época, e não me arrependo de ter confiado na minha intuição.

Eu não me arrependo de ter fé.

***

Ainda era escuro e aos poucos o céu ia se tornando um cinza-claro à medida que ia amanhecendo. O sol despertava lentamente e eu estava diante todas as minhas economias em cima da minha cama. Era pouco, muito pouco, mas creio que deveria ser o suficiente para que eu conseguisse alugar um barco para me levar até onde eu havia sonhado. Aquele lugar realmente existia? Meus sonhos eram confusos, mas a cada dia que se passava eu tinha aquelas visões realísticas de um local sagrado, construído debaixo da terra, sob a faixada de um vulcão inativo e com dois ovos de cores preta e cinza-escuro. O que havia dentro deles? Podia ver flashes de fogueiras acesas, de pessoas guardando com cuidado aqueles dois artefatos e selando com magia a entrada para as profundezas daquele templo subterrâneo.

Eu não sabia o que aquilo significava, mas eu sentia que eu precisava dar um jeito de ir até aquela ilha e urgente. Não tinha livros no meu pequenino quarto, então rapidamente desci as escadas da pensão na qual eu morava e saí rumo a qualquer lugar onde tivesse uma biblioteca ou uma loja de livros. Eu precisava achar aquela ilha e como orientação tinha apenas aquela gigantesca cratera e umas estátuas engraçadas como orientação. Em meio a minhas andanças acabei indo parar em Kaleo, onde achei uma lojinha simplória de livros e praticamente mergulhei de cabeça em cada um dos livros, buscando qualquer um que falasse sobre as ilhas do mundo antigo lá fora.

— Ei, são duas moedas de ouro, rapaz. Vai escolher um livro ou vai continuar procurando por um em específico? — perguntou o comerciante de braços cruzados e, sorrindo para o mesmo ainda sem jeito, respirei fundo e achei um em específico. Era sobre ilhas, perfeito! Virando-me para o cara, apontei para o livro e ele pareceu mais tranquilo devido ao meu alívio de encontrar o que eu procurava – eu parecia um pouco insano caçando os livros dele e derrubando vários no chão. — Vai levar esse aí?

Bem, eu não tinha o dinheiro. Tentei argumentar, convencer o vendedor a me dar o que eu precisava e isso acabou envolvendo algo que eu já estava acostumado a negociar: meu corpo. Não era tão difícil me objetificarem e me darem coisas em troca de sexo, o que me ajudava bastante. Nos meus primeiros dias em El Diablo consegui um lugar para morar e comida graças ao meu corpo. Se não fosse pela minha aparência eu já teria perecido.

Com o livro em mãos, retornei para a pensão e dei meia volta ao ver a dona na porta conversando com uma amiga, desviando para a esquerda e pegando um beco para me ver livre de sua cobrança. Precisava dar um jeito de voltar ao meu quarto e conseguir o restante das minhas economias, ou eu teria de gastá-las para pagar o aluguel e não haveria como eu conseguir pagar um navio para me levar até aquela ilha. Eu precisava chegar até lá. Sentia no meu âmago que eu necessitava disso.

Esperei ali por um bom tempo até a dona da pensão se ausentar e fui quase correndo para dentro do conjunto de quartos, indo ao meu e puxando a bolsa do buraco no assoalho que eu havia criado, tapado por um móvel pesado. Peguei as moedas de ouro e enfiei-as numa bolsa pequena de couro e a pus no bolso, pegando uma sacola feita de flanela e joguei minhas roupas dentro, pegando alguns enlatados, caixas de doces e a pouca comida que eu tinha e saí quase correndo com uma sacola nas costas, as moedas e um livro na mão. Precisava ir urgentemente até os meus parceiros.

***

Eles eram companheiros agradáveis, mas não se engane: tudo para eles tem um preço, até mesmo a minha vida. Conhecia cada um deles pelo nome, mas mesmo assim não podia confiar neles, pois pelo preço certo aqueles piratas filhos de uma mãe me trairiam e entregariam minha cabeça numa bandeja de prata. Todo cuidado é pouco em El Diablo e eu vivia ali o suficiente para saber disso. Encontrei os quatro bebendo no cais, num armazém onde geralmente ficava os produtos roubados e contrabandeados, como era de se esperar deles. O único que eu realmente conhecia e tinha intimidade era Geralt, um amigo de longa data e a única pessoa que me estendeu a mão quando eu havia chegado em El Diablo. Com a ajuda mútua, acabamos saindo da miséria e, juntos, nos tornamos os melhores espiões e prostitutos da região. Chegamos longe, mas nosso relacionamento chegou ao fim prematuramente.

Ele havia dormido com Yulia, a líder daquele navio e a mulher que todos temiam por ser uma sanguinária de mão cheia, exterminando seus inimigos e sendo capaz de qualquer coisa para vencer. Se eu confiava? Não mesmo, mas eu precisava da sua ajuda para poder chegar até a Ilha de Páscoa que ficava extremamente longe daqui, e somente Yulia era louca e ambiciosa o suficiente para navegar até o fim do mundo por uma quantia alta de dinheiro. Odiava aquela situação, mas precisava do navio da morena e eu não podia me dar ao luxo de escolher os outros amadores dali.

— Preciso ir até o Chile, sabem onde fica? — perguntei, abrindo o livro e mostrando o país. Um moreno enorme e musculoso riu, quase cuspindo sua cerveja, batendo uma mão na coxa e gargalhando.

— Você está louco? Não vamos aí nem a pau! É muito longe e muito arriscado. — O homem de pele escura e olhos estranhamente belos e gentis me olhou, fazendo-me voltar para Yulia.

— Depende, quanto está disposto a pagar? Os lances comigo começam ao redor dos quinhentos, mas por você e pela distância, vamos começar por mil? — irritante, a morena piscou lentamente seus olhos verdes e me fez rolar os olhos, retirando o pacote pesado de moedas.

Todos ficaram boquiaberto. Eu era econômico, isso era verdade, por isso morava numa pensão meia-boca e comprava só do mais barato, mas eu sabia que economizar iria me trazer até aqui, eu iria conseguir chegar àquela ilha e nada seria capaz de me deter. Eu tinha fé de que minha intuição estava certa e meus sonhos não podiam ser meras fantasias. Eu precisava ir até a Ilha de Páscoa. Abrindo o pacote, a mulher avaliou cada moeda, fechando o saco e se recostando na cadeira, pondo suas botas de cano longo em cima da mesa e sorrindo de canto. Geralt parecia cansado, logo ficou de pé e ergueu seu copo.

— À nossa nova viagem! — fazendo um brinde, ele sorriu para mim bobamente e minha reação foi rolar os olhos, pegando um copo e virando a jarra de vinho, virando-o e pondo-o na mesa.

— Que horas posso vir? — perguntei indo diretamente ao ponto, fazendo Yulia sorrir enquanto bebia seu vinho. Ela havia sido a única junto a mim a não erguer seu copo para o brinde. Ela ergueu os dedos, indicando nove horas da noite. Assenti, dando uma última olhada em Geralt e vendo-o bastante desconfiado.

Saí dali, ouvindo a gargalhada suave de Yulia enquanto partia. Sabia que ela poderia me passar a perna, mas a conhecia fazia anos e eu sabia que ela nunca havia ludibriado ninguém antes. Graças a sua palavra sua fama como pirata se alastrava pelos distritos, sendo ela uma das mais procuradas capitãs. Sem ter para onde ir, pois caso voltasse para a pensão encontraria meu quarto com outro dono e alguns livros e poucas roupas minhas na rua, decidi que ficaria vagueando pelas ruas e descansaria num centro comunitário para sem-teto até chegar a hora. O local era desconfortável, mas seria o suficiente.

***

Despertei no meio das milhares de camas amontoadas num enorme salão que servia para os sem-teto, peguei minha sacola debaixo do travesseiro no qual dormia e saí rumo ao porto. A temperatura, como sempre, estava ótimo e não parecia fazer frio nem calor, então me dirigi até o cais e encontrei os quatro piratas já subindo a passarela de madeira até o navio com caixas e sacos e mais sacos de suprimento. Geralt fumava um cigarro e assim que me viu veio na minha direção parecendo preocupado com alguma coisa.

— Tem certeza disso? Ainda dá tempo de desistir e pegar o seu dinheiro de volta. Posso convencer Yulia a lhe devolver o ouro. Isso é uma missão suicida, por que quer ir para o Chile?

Geralt e eu namorávamos no passado, e isso era um fator determinante na minha vida, pois sem ele eu provavelmente teria morrido nas ruas. Eu devia muita coisa a ele e por causa disso – e também do nosso amor e carinho – nós possuíamos uma relação que ainda mantinha carinho em nossos olhares, mas eu ainda guardava uma dose não muito saudável de rancor. Ele havia me traído com Yulia, a vadia que era a capitão do navio que eu aluguei. Sim, eu havia pagado uma fortuna para a mulher que seduziu o meu namorado para que ela me levasse até o Chile. A vida é irônica, às vezes. Mas eu precisava ir até lá e não me importava com picuinhas do passado.

Embarquei no navio e troquei um rápido aperto de mão com Yulia, tentando esconder meu ódio por ela e assentindo assim que ouvi o grito da morena avisando que iríamos partir. Estávamos nós cinco ali e mais ninguém, e segundo a capitã isso seria mais do que suficiente para chegarmos até o Chile. Partimos por volta da meia-noite e eu finamente ganhei um quarto só meu, onde tinha uma cama confortável e até mesmo uma banheira redonda de madeira onde eu poderia tomar banho. Enquanto me enrolava no lençol, ouvia o som distante do mar abafado pelas paredes e me perguntava como iria viver após ir até aquela ilha. E se não tivesse nada lá para ser encontrado? E se fosse só um sonho com um local antigo e varrido pelo tempo e nada mais? Eu teria gasto todas as minhas economias para nada?

Acordei durante a madrugada com batidas na porta, suaves e baixas, fazendo-me concluir que só poderia ser Geralt. Abri a porta e suspirei constatando o pior. Ele parecia igualmente preocupado, assim como no cais, mas em sua mão tinha uma bandeja de comida. Ele veio até a cama, pondo o prato e revelando um purê de batata, arroz, carne de galinha e um copo quente de sopa. Certo, alguns pontos pela tentativa de reaproximação. Fiquei na porta, mas ele simplesmente se sentou e me olhou, imóvel. Fechei a porta e me aproximei, sentando-me de frente para ele e começando a comer.

— Eu cozinho, sabia? Sou o chef oficial daqui.

— Você sempre foi bom nisso. Pena que foi péssimo em outras coisas. — Alfinetei, enquanto comia com gosto a deliciosa refeição que Geralt havia preparado, enquanto recebia um olhar magoado.

— Eu tentei, eu juro que eu tentei, mas ela conseguiu de algum modo me convencer a transar com ela. Eu te juro que eu não queria fazer aquilo. — Patético, o loiro me olhava com as mãos unidas e com lágrimas se formando em seus olhos, ainda comendo, me distraí com o gosto celestial daquilo tudo e me virei para ele, dando de ombros.

— Está bem, Geralt, você pode ir agora, obrigado pela janta. — Agradeci-o, dispensando-o enquanto ele se levantava ainda sem jeito e ia embora.

Tentei ignorar a onda de negatividade que aquele assunto me trazia, prosseguindo com a minha refeição divina e preparada pela pessoa mais estúpida e irritante de todo esse mundo.

***

O tempo passa devagar quando se está dentro de um navio. Enorme e cheio de cômodos e com quatro pessoas além de mim, tudo se resumia a apenas isso. Seja jogando cartas com o grande e musculoso Mack e o mais velho e carrancudo Phillip, ou ignorando Geralt e recebendo agrados de sua parte, ou fingindo que Yulia sequer existia, eu vivia naquele ciclo entediante à medida que os dias se passavam. Tínhamos bastante comida e não precisávamos nos preocupar com isso, e por nossa mais pura sorte nossos únicos inimigos eram apenas os Leviathans; feras dos mares que sofreram feio com as radiações e eram muito agressivas, mas que no geral eram facilmente exterminadas por Mack, cujo poder envolvia soltar ossos afiados de seus braços, e Phillip, cuja principal habilidade era de soltar raios lasers pelos olhos, o que nos mantinha protegidos. Yulia se mantinha imparcial e longe, porém durante a noite eu por vezes a via criando uma espécie de escudo espelhado que afastava as criaturas.

Seguíamos no caminho certo, dizia a capitã, tendo como principal consultor Geralt, cujo poder envolvia uma percepção aguçada de direção – ou seja, ele nunca estava perdido e sempre conseguia achar o que procurava, o que fazia dele uma grande aquisição para a morena, além do corpo dele, claro. Não vi os dois trocarem um único beijo e eles dormiam em quartos separados, mas ainda não era capaz de perdoá-lo por tudo o que ele me fez e por ter jogado nosso relacionamento no lixo. Podíamos nem retornar vivos, mas mesmo assim eu não conseguia e, por isso, me sentia uma pessoa ruim.

Durante aqueles longos dias e semanas eu sonhava com aquele templo subterrâneo, com aqueles ovos com estranhas escamas pretas e cinzas e com as chamas que os mantinham aquecidos. Podia sentir o carinho do que quer que fosse ali dentro dos ovos, me invocando e me chamando. Acordava estranhamente bem, apesar disso, como se existisse esperança para a minha vida e eu dependesse desesperadamente daquilo. Eu não tinha o costume de ser um homem que me humilhava facilmente ou que aceitava ser subjugado, principalmente depois de ser o exato oposto do homem livre que eu sou hoje, mas algo naqueles dois ovos fazia meu coração derreter de carinho e afeição, algo que eu nunca havia sentido por nada nesse mundo. Tudo o que eu queria era tê-los comigo, aninhá-los junto a mim e cuidar deles, seja lá o que eles fossem.

Em meio a nossas viagens, eis que somos surpreendidos pela figura distante de uma fera colossal dos mares, movendo-se sinuosamente em nossa direção. Possuía uma pele de um tom roxo roseado e escuro, com enormes tentáculos e maior que qualquer edifício ou prédio que já vi em toda a minha vida. Ele vinha languidamente, quase como se nos provocasse com a sua proximidade iminente. Enormes grilhões foram pegos por Phillip e Mack e eles colocaram os mesmos em armas específicas para matar monstros marinhos, e então uma ideia me veio à mente. Aproximando as duas enormes estruturas para a beirada do navio, fiquei entre eles impedindo-os de atirar, abrindo os meus braços e atraindo a ira dos dois homens. Da polpa do navio, Yulia me olhava com temor – aquela era a primeira vez que eu a via tão amedrontada, mas também não era para menos um Kraken.

— Seus espelhos, Yulia, use-os! Faça o navio um espelho enorme e mova-o junto da figura do navio, assim ele irá perseguir o falso e não nós. Ande! — dei a ideia com um berro, fazendo-a saltar de sua cabine e erguer seus braços, criando então um espelho à nossa frente. Nos vimos refletidos no mesmo e, lentamente, a capitão foi movendo o espelho e deslizando-o pela superfície do oceano atraindo a atenção do monstro, fazendo-o perseguir e ir na direção contrária à nossa. Poucos minutos depois, sua enorme silhueta sumia no oceano enquanto já nos encontrávamos longe de seu alcance.

— Bom trabalho! — elogiou a morena. Ignorei-a, recebendo um olhar orgulhoso de Geralt enquanto eu voltava para os corredores dentro do navio.

— Quê? Só isso? — perguntou Phillip fazendo uma careta de decepção.

***

Três meses. Foi o tempo que levamos até vermos ao longe a silhueta da ilha, os contornos característicos das esculturas conhecidas como moais nos dando as boas-vindas. Vi o enorme buraco onde havia um vulcão que, segundo o livro que eu havia conseguido, estava inativo faziam-se milhares de anos.

Bem, o livro estava errado. As bordas da enorme cratera estavam soltando fumaça, formando uma linha cinzenta onde aos poucos o solo ia derretendo e formando magma, boa parte caindo no oceano e gerando uma nuvem insuportável que vinha até nós com um forte cheiro de enxofre. Usamos lenços para cobrir nossos rostos e recebi olhares de decepção e falta de vontade de todos, incluindo o próprio Geralt que durante toda a viagem parecia torcer para que eu estivesse certo.

— Nos trouxe até essa merda só para morrermos num vulcão? Vai me dizer o quê, que o templo dos seus sonhos está ali no meio? — reclamou Mack, apontando para o meio da cratera, que tinha vários buracos expostos. Olhei para ele, assentindo inocentemente. É, era ali mesmo onde estavam os ovos. Mack franziu o cenho, maneando negativamente. — Nem pensar, não mesmo, nem fodendo.

— Não vamos ali, Alistair, é arriscado e perigoso! — Geralt rebateu, enquanto segurava o meu braço com atribulação em seu semblante. Olhei-o de cima a baixo, empurrando-o com agressividade e atraindo os olhares de todos.

Phillip, com seu jeito carrancudo, retirou sua espada da bainha e a apontou para mim, aproximando-se com os olhos arregalados e fúria estampada em sua face. Ergui as mãos em rendição, enquanto ouvia o clique do revólver de Yulia ser destravado. Olhei para trás, vendo as chamas começarem a engolir o gramado coberto pela neve.

— Eu não me importo se me largarem aqui. Se quiser o façam, mas eu irei seguir o meu sonho e irei conseguir os meus ovos. Eu não sei o que eles são ou para o que servem, nem o que há dentro deles, mas eles me chamaram por um motivo e eu irei ouvi-los. Sou louco? Talvez, mas eu ao menos tenho fé em alguma coisa. E vocês? — acusei-os, baixando minhas mãos e recebendo olhares que misturavam desconfiança e até certo respeito, principalmente da capitão.

— Certo, homem de fé, mas você vai sozinho. — Guardando a sua arma no coldre, a morena apontou com o queixo para a direção do vulcão em estado de erupção.

Encarei as chamas, pensando se iria ser capaz de sobreviver a elas e chegar ao templo subterrâneo.

***

O navio parou próxima da areia e eu praticamente corri, ignorando as cinzas que caíam do céu como neve e fui correndo subindo as pedras negras e pesadas, aproximando-me cada vez mais da parte mais elevada, chegando mais e mais perto do vulcão em erupção. Suas chamas eram na verdade magma, brotando do solo em volta da cratera e impedindo que qualquer um fosse até o chão frágil e rachado, do qual podia ver entre as enormes frestas indícios de colunas de sustentação e um solo e paredes cheias de símbolos.

— Certo, quem vai descer? — perguntou Yulia acendendo um cigarro, parecendo despreocupada. Ninguém possuía poderes defensivos a não ser a própria capitã, e ela não tinha como se defender do magma e da fumaça, afinal seus espelhos apenas criavam e distorciam imagens. — Meus espelhos só criam e distorcem imagens, eles não protegem fisicamente ninguém.

Ela podia distorcer imagens? Estreitei o cenho e encarei-a sem disfarçar que ela havia acabado de confessar que podia mudar imagens. E se o meu flagra com Geralt deitado com ela fosse uma ilusão? Ela pareceu perceber aquilo, pois logo pigarreou e fitou o horizonte, desconfiada. Geralt veio até mim, assentindo e erguendo a mão para um aperto de mão, o qual retribuí.

— Eu sei que me odeia, mas eu quero ajuda-lo, tudo para compensar o meu erro. — Geralt fitou a enorme cratera, parecendo bastante nervoso.

— Eu não o odeio, e não precisa pedir desculpas, Yulia distorce imagens e você provavelmente só dormiu bêbado e ela usou seu espelho para que eu visse o que ela queria. — Olhei bem em seus olhos azuis, gentis e cheios de carinho, alisando sua barba e então voltando-me para a capitão, cuja reação foi ficar boquiaberta e dar de ombros, se recompondo e voltando a fumar.

Segurando minha mão, partimos para o vulcão fumegante e furioso, assim como Geralt e eu estávamos. Pulamos o círculo de magma e nos vemos no solo frágil da cratera, deslizando pelas pedras e nos desviando de algumas rochas vulcânicas esfumaçando aqui e ali, nos vendo no templo propriamente dito. Haviam palavras em um idioma desconhecido, formando frases e também desenhos feitos do mais puro ouro, em paredes cheias de gravuras. Mas o que me deixou perplexo foi o que tinha no fim do corredor. Corri, erguendo meus braços para me proteger do teto em falso que derrubava pedaços diversos ameaçando cair a qualquer segundo.

Havia um baú de ouro, o qual abri e encontrei um ovo. Recuei um passo, levando as mãos a minha boca, espantado. Geralt segurou meus ombros, abismado com a veracidade de meus sonhos, bem ali, diante de nossos olhos arregalados. Eles eram reais! Eu estava certo e tudo valeu a pena. Um estrondo alto nos despertou daquele transe e eu fechei o baú, tentando movê-lo, mas ele era pesado demais e, com a pressa, recebi a jaqueta de Geralt e usei-a para envolver o ovo e foi então que viramos para dar de frente com Yulia.

O tiro foi certeiro no peito de Geralt, que caiu de joelhos e se virou para mim com os olhos marejados, olhando para os ovos em meu colo e em seguida para minha face, e ali havia tanto amor, tanto carinho e paixão, que fui incapaz de me conter.

— São seus filhos, salve-os. Você nasceu para isso, amor. — Ele sorriu, sangue escorrendo de seus lábios finos enquanto ele rolava os olhos e estes se tornavam brancos como a neve, seu corpo caindo inerte no solo.

Ao nosso redor lascas do teto daquela cratera caíam, o solo sob nossos pés rachava e as paredes entortavam a cada estrondo. Tudo ruiria em breve e todos morreríamos se permanecêssemos ali. Com uma tocha em mãos para iluminar o escuro, Yulia sorria com malícia, encarando não a mim e sim os cálices e o enorme e pesado baú de ouro.

— Garotos, peguem tudo que for de ouro. — Ordenou a capitã, sendo obedecida por Phillip e Mack, ainda sem jeito com a morte de seu amigo.

Os dois passaram por mim, começando a saquear o templo e foi então que um deles recuou, olhando para Yulia abismado. Era Mack, que agora parecia nem querer tocar no ouro, como se ele fosse um animal venenoso.

— Capitã, você não sabe ler espanhol, não é? — perguntou Mack, fazendo-me fita-lo ainda confuso. — Aqui fala sobre o povo que construiu esse templo. Ele foi construído debaixo de um vulcão inativo para o dia em que ele fosse despertado de novo. Aqueles ovos, são um presente do deus dragão, e o ovo está aqui justamente para esse evento. Isso que está acontecendo agora. — O homem enorme e musculoso apontou ao seu redor, assustado.

Yulia apontou sua arma para mim, olhando para os ovos e ainda com a tocha em mãos. Rosnei como um animal, assustando-a um pouco, o que a fez atirar contra meu braço esquerdo de raspão. O choque me fez curvar e, com medo, segurei com força o ovo contra mim. Fitando Mack, engoli em seco e apontei com o queixo para a parede.

— Onde está o outro? Sonhei com dois. Esse é o negro com manchas vermelhas, falta o cinza. — Implorei, recebendo outro tiro, desta vez em minha coxa, curvando-me.

— Está numa montanha e Yulia pare com isso por favor! — berrou Mack para mim, mas se enfurecendo com a sua chefe e encarando-a com obstinação. Ele parecia desafiá-la, ele lia com louvor aquelas palavras, realmente honrando aqueles textos segredos escritos nas paredes. — Não estou mentindo, tudo está escrito nessas paredes. Aprendi espanhol com meu amigo Javier, eu juro que eu não estou lhe enganando. Se Alistair realmente veio até aqui por causa dos sonhos, então ele é próximo Tangata manu, o próximo homem-pássaro.

— As lendas falam sobre um homem-pássaro, mas é o guerreiro que vencia uma competição do povo daqui.

— Não — Mack maneou a cabeça, apontando para o ovo. — Aquilo era uma distração, o verdadeiro propósito sempre foi o ovo, mas ele ficou permanecido até agora. O outro está numa montanha longe daqui.

— JÁ CHEGA! — berrou Yulia, atirando para cima e, fazendo cair uma lasca do teto contra sua cabeça, avancei e agarrei a tocha que ela segurava pela ponta cheia de chamas, e aquilo me deixou surpreso, assim como todos ali. — Como você fez isso? — perguntou ela, esbaforida.

— Eu sou um dragão, vadia. — Apertei com força a tocha, lançando-a para trás enquanto o altar tinha sua parede destruída pelo magma, aos poucos invadindo o templo, enquanto Phillip e Mack corriam para fora do local que caía em ruínas. Pude ver os dois me olhando e, assentindo para eles, os dispensei, voltando-me para Yulia.

— Ótimo, vamos morrer nós dois, você e eu aqui, juntinhos. — Gargalhou a mulher, enquanto as paredes iam ruindo e o magma cobria meus pés, mas eu sentia dor alguma.

Quantas vezes me queimei na infância? Não sei, mas nunca fui de sentir muito calor ou frio, dificilmente pegando resfriado ou me queixando do calor extremo do verão. Poderia ser um sinal do meu vindouro futuro? Soltei Yulia contra o chão coberto de magma, vendo-a se contorcer e derreter, enquanto para mim tudo aquilo era como um mero afago da água do oceano. Segurei o ovo contra o meu peito, enquanto sorria. Aquela era a hora de meu filho nascer.

Mack

Em toda a minha vida sempre fui um homem religioso. Destino, universo, Deus, Zeus, Júpiter, Oxalá, Pã, enfim, para mim sempre houve algo acima de nós, e nada acontece por acaso. Como eu podia julgar os sonhos de um homem de fé? Sempre dei atenção aos meus sonhos e não seria agora depois de velho que eu iria simplesmente ignorar um rapaz com sonhos proféticos sobre ovos. Há, ovos, quem diria, hein? Dragões! Para mim eram só um mito, mas cá estou eu, de frente para uma enorme cratera que agora virava uma piscina de lava.

— Cacete, eles se foram mesmo, e agora? — Phillip pôs as mãos na cintura, balançando a cabeça desgostoso.

Eu ia falar que iríamos voltar, mas então vi algo diferente no meio de toda aquela lava quente e cheia de fumaça. Uma silhueta. Não! Não podia ser!

— Você está vendo o mesmo que eu estou vendo, Phil?

Do meio do mar de fogo, surgia Ali, seu corpo torneado e exposto sem roupa alguma, seus pelos derretidos escorriam por sua pele e esfumaçavam enquanto ele aparecia para nós sem fio algum em sua cabeça. Ele não tinha poder algum até hoje de manhã, mas o que mudou nele? Cinzas o cobriam da cabeça aos pés e eu só podia me ver fascinado por aquela, não pela nudez, mas sim pelo fato dele ter sobrevivido ao fogo e estar saindo dele como se ele fosse feito daquilo.

— Puta merda.

Ouvimos um som esganiçado e que se assemelhava a um grasnido de pássaro muito novo, parecia perto e olhamos ao nosso redor, incapazes de identificar de onde vinha o som. Até que o vimos. Era um pequenino dragãozinho, de aproximadamente dez centímetros, minúsculo e apoiado com suas garras nos ombros de seu pai, que sequer parecia se importar com a dor das unhas cravadas em sua pele – muito pelo contrário; ele acariciava a escama escura que compunha o pequenino corpo do réptil de olhos vermelhos. Ele soltou um grasnado agressivo para nós, mas Ali apenas o olhou e ele se acalmou, baixando sua cabeça para o moreno.

Como diabos ele fazia aquilo?

O tempo estava agressivo, com o oceano revolto à nossa direita e nuvens gélidas, a fumaça criada pelo vulcão em erupção sendo sufocante e o rio de lava parecia querer transbordar. Estava fazendo um misto de calor e frio, entretanto o peladão ali não se importava. Ele parecia sereno e, olhando à direita dele, fitou uma estrutura de pedras ainda intacta a uns quilômetros. Ele estreitou os olhos e, com uma suspeita de sorriso nos lábios, se encaminhou para lá.

Caminhamos por longos minutos, até estarmos diante de um monumento circular feito de pedras, onde havia uma passagem minúscula para algum lugar que só poderia ser subterrâneo e cuja entrada estava cheia de gelo. Pulando de seu ombro, o pequeno dragão começou a atirar chamas fracas de fogo, que logo incrementaram e derreteram a entrada.

— Aonde você está indo, cara, precisamos dar o fora, isso aqui vai se destruir! — berrou Phil, e então levantei a mão para ele e comecei a acompanhar Ali, seguindo seus passos que deixavam marcas de derretimento na neve devido a seu mergulho no lago de lava. Dentre as pedras, saiu uma pequenina criaturinha da entrada, essa com escamas cinzenta e levemente azulada, com olhos azuis de um tom oceânico, que grasnou e pulou para o ombro esquerdo do Renard, para o espanto de Phil. Já eu, ri.

— Vamos embora? — bati as palmas, já nervoso e ansioso para dar o fora dali e, olhando para cada um dos dragões, o moreno parecia distraído com eles, dando carinho em seus pescoços compridos.

— Velaryan será o seu nome — acariciando o filhote de dragão negro, Alistair sorriu para o mesmo, voltando-se para o filho cinzento e então beijando-o, sendo quase que bicado pelo outro por ciúmes. — Você será Viseryon. São meus filhos. — Sorriu Alistair, já caminhando e nos seguindo até o navio.

Ele parecia hipnotizado por seus dragões, acariciando-os e rindo com as peripécias deles, como a tentativa falha de Viseryon de tentar voar, precisando ser pego em pleno ar pelas mãos rápidas de Ali, ou pela briga dos dois por atenção. Apesar deles grasnarem quando chegávamos perto deles no caminho até a praia, eles geralmente agiam como cãezinhos fofos e brincalhões. Perguntava-me o que eles comiam enquanto subíamos no navio. Saímos da Ilha de Páscoa enquanto ouvíamos o cântico tenebroso e imponente dos filhotes de dragões, com Alistair fitando os vulcões com um olhar doce e inocente, quase sonhador.




Alistair Renard
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39

14/04/2019

Alistair Renard

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[DIY, difícil] o doce cântico dos dragões Empty Re: [DIY, difícil] o doce cântico dos dragões

Mensagem por Deva Seg Jun 03, 2019 11:27 am

AVALIAÇÃO
Gostei muito da forma como conseguiu conduzir os fatos sem pressa, em um ritmo para lá de satisfatório. Sua escrita em primeira pessoa aqui fez todo o sentido, possibilitando melhor compreensão da ligação de Alistair com os dragões, sua um tanto quanto complexa individualidade. Achei criativo, também, ter mudado o ponto de vista para o NPC em dado momento, além, é claro, do enredo impecável.

Encontrei pouquíssimos erros, coisas que não atrapalharam a leitura e provavelmente passaram despercebidas durante a digitação — o que, em um texto longo como esse, é completamente compreensível. Por isso, não vou descontá-los.

Meus parabéns, Alistair. Não poderia lhe dar uma avaliação diferente desta:

  • Ortografia: 400xp
  • Gramática: 400xp
  • Dificuldade: 400xp
  • Cenário: 400xp
  • Enredo: 400xp


Total: 2000xp
Deva
12

25/03/2019

Deva

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