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Mensagem por Rylee Forchheim Qua Abr 10, 2019 8:59 pm

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A passagem a seguir é FECHADA AOS ENVOLVIDOS. Os envolvidos são CHIARA GRECCO E RYLEE FORCHHEIM. Numa CASA DA ÁRVORE, por volta das 00h. O conteúdo que o texto aborda é LIVRE PARA TODOS OS PÚBLICOS.

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Mensagem por Chiara Greco Costantini Qui Abr 11, 2019 6:13 pm

 
MIDNIGHT
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A morena andava pelos corredores frios e escuros. Era perto da meia noite quando alcançou as portas de entrada e cumprimentou os guardar com um aceno simples de cabeça. Eles retribuíram o aceno com uma continência e abriram as portas para a mulher que lhes dava ordens e garantia seus empregos. Sequer olhou para trás quando a batida das portas indicou que elas se fecharam. Continuou seu caminho firmemente pelos jardins e os atravessou cada vez mais rapidamente conforme os olhos se ajustavam à escuridão - a lua cheia ajudava. Fez todo o caminho até um ponto onde as sebes tinham um espaço pequeno, suficiente para uma mulher magra como ela passar, e se esgueirou entre ela depois de conferir que não haviam olhos curiosos - a lua cheia atrapalhava. Deu a volta na mansão, se escondendo nas sombras produzidas pelo luar até chegar onde queria: sob a sacada do quarto de Rylee. Buscou pela grama uma pedrinha.

                Toc. Toc.

Duas pequenas pedras voaram pelo ar, arremessadas por Chiara e acertaram o vidro, sem danificá-lo.  Depois do ato correu pelos jardins na direção da antiga casa na árvore, local onde as crianças costumavam brincar, mas agora, abandonada, era o esconderijo de duas pessoas que se encontravam na escuridão por volta da meia-noite. Entrou sorrateiramente pelas escadas capengas de madeira e se sentou sobre o chão riscado. Os antigos brinquedos que usavam ainda estava lá, porém empoeirados. O único deles que não demonstrava abandono era uma pequena mesa na qual ela depositava tortinhas e lanchinhos adquiridos das sobras da cozinha. Aguardou impaciente os longos minutos que levava para ele descer a janela e chegar ao local. Dito, feito e cronometrado. Ouviu o som antes de vê-lo, mas logo o topo da cabeça cheia de cabelos morenos apareceu pela entrada arrancando o primeiro sorriso da morena naquele dia.

Não era possível se levantar, mas ela se ajoelhou ereta e fez uma breve saudação inclinando o corpo - como ele odiava aquilo! Como ela adorava fazê-lo! — Boa noite, majestade. — Brincou com o sorriso nos lábios e voltando a se sentar encolhida no espaço que não deveria comportar dois adultos. — O banquete real está servido. — Com a mão gesticulou para a mesa à sua frente.


 

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Mensagem por Rylee Forchheim Qui Abr 11, 2019 9:44 pm

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“Romeu, Romeu? Por que és Romeu? Renega teu pai e abdica de teu nome; ou se não o quiseres, jura me amar e não serei mais um Capuleto (...) Teu nome apenas é meu inimigo. Tu não és um Montecchio, és tu mesmo (...) Ó! Sê algum outro nome! O que há num nome? O que chamamos uma rosa teria o mesmo perfume sob outro nome (...). Romeu, renuncia a teu nome; e em lugar deste nome, que não faz parte de ti, toma-me toda!"

O típico riquinho leitor. Uma das grandes paixões de Rylee era este alto culto de informar-se sobre histórias, sejam elas verdadeiras ou falsas, realísticas ou fictícias. Tais versos citados vêm da obra mundialmente conhecida de William Shakespeare: Romeu & Julieta. Contava a respeito de um casal de jovens que viram-se apaixonados um pelo o outro, porém, devido ao ódio que as famílias de ambos sentiam uma pela outra, eles acabam tendo de recorrer a um medida suicida para poderem ficar juntos, na eternidade. Desde a infância, carregava-se consigo o exemplar do livro, por influência dos pais que queriam que ele enriquecessem de sabedoria e não vivesse uma vida de acômodo social, proporcionado através da casa que pertencia; um dos últimos, diga-se de passagem.

Mas, a infância dele não foi limitada ao estudo e leitura. Como qualquer ser humano nesta fase de inocência que jamais retorna, é preciso se divertir, fazer amizades e etc. No geral, brincar. E por isso, na transparência do vidro de uma das janelas do seu quarto, ao lado esquerdo, ele mirava a pequena casa na árvore aos fundos de terreno. A pequena abertura, sem porta como um portal, que atualmente o obrigava a se curvar para que perpassasse. Acima de si, depois das camadas superiores da residência - teto, telhado e etc., havia uma lua completa e branca. Bem ao centro do céu esbranquiçado de verão, com uma brisa lenta e envolvente a balançar as folhas da planta que sustenta a casa na árvore. — Já é meia-noite. Cadê ela? — Apreensivo e um tanto quanto inquieto, batia o pé impacientemente sobre o assoalho do solo. Caminhou de um lado para o outro, exercitando-se de braços entrelaçados ao peito.

Toc. Toc.

O ruído de pedras sendo atiradas contra o vidro de uma das janelas, sem força o suficiente para estilhaçar o material, era o sinal que precisava para dar uma fugida.

Teleportando-se até a base do tronco, deparou-se com a escada pregada à superfície. Subiu-a na velocidade em que conseguia, até porque a madeira já estava repleta de cupins. Conforme aproximava-se do topo e, logicamente, da entrada, o som de coisas sendo mexidas adentrada a audição masculina. Tentou colocar somente os olhos para espiar o que se passava ali dentro, mas já havia sido percebido. "Boa noite, majestade", disse ela a fim de cumprimentá-lo. Rylee olhou para trás. Para a esquerda e, por fim, para a direita. — Está falando comigo, senhora capitã da guarda real? Porque nenhum Weingarten tá por aqui. — Com um tom mais cordial no timbre grosso, como se fossem a primeira vez que se falassem, verbalizou.

Soltou um riso anasalado ao dar por encerrado a encenação.

O espaço limitado e apertado para dois adultos o obrigava a sentar-se sobre as próprias pernas, de fronte a pequena mesa repleta de comidas que ela havia preparado para o casal. — São essas comidas que vamos servir no nosso casamento? — Olhando com aspecto de nojo daquelas "coisas", indagou. Riu. Brincou. — Parecem estar deliciosos. — Levitou uma rosca no ar e levou em direção da sua boca. Mas, interrompeu ao visualizar a expressão de cachorrinho que caiu da mudança da mulher. — Abra a boca e fecha os olhos. — Apanhou o doce com a destra e, lentamente, o conduziu até a pequena abertura entre os lábios de Chiara.

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Mensagem por Chiara Greco Costantini Sáb Abr 13, 2019 4:34 pm

 
MIDNIGHT
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Lembrava a primeira visita à casa na árvore em que se encontrava agora. Parecia ter entrado em um conto de fadas: vista de fora ela parecia encaixar-se perfeitamente na árvore alta. Samambaias caíam dos galhos que sustentavam a estrutura feita toda em madeira. Uma pequena varanda repleta de vasos com flores coloridas e vibrantes. Diferente de seu estado atual, o local era novo, lustrado e parecia brilhar de impecavelmente limpo. As versões criança de Rylee e Chiara a adentraram, o primeiro na frente oferecendo a mão à segunda, e pararam alguns segundos admirando-a. Uma casa em miniatura recheada de brinquedos, um pequeno cantinho onde começara a surgir os primeiros vestígios do que futuramente seria reconhecido pelos dois como amor. As lembranças mais felizes de Ferrari envolviam sempre aquele lugar, na presença de Rylee e algumas do pai - que estava sempre de guarda.

O primeiro brinquedo que ganhou de verdade.

As risadas infantis que pareciam sinos de vento.

Uma flor arrancada dada com carinho.

A descoberta do poder.

O primeiro beijo...
Roubado por Rylee de maneira inesperada para a garota que passara os primeiros anos da adolescência em um conflito interno sem saber o que sentia e depois como confessar-lhe o que descobrira. Crescera sendo lembrada de que nascera em El Diablo e estava ali por sorte. Mas imaginem a felicidade da garota ao ver que o sentimento era recíproco e que o mais velho não se importava com a diferença de classes. Assim nasceu um relacionamento secreto, cultivado com amor às escondidas de todos os outros.

E ali se encontravam novamente. Na pequena casa que se tornara o refúgio dos amantes, se encontrando à meia-noite longe dos olhares curiosos e julgadores. Nada teria feito Chiara mais feliz que a liberdade de poder andar de mãos dadas em plena luz do dia, abraçá-lo na frente dos outros e não se dirigir a ele como "Senhor", seguido de uma reverência, mas estava satisfeita de poderem estar juntos. Conseguir manter o namoro por tantos anos apesar do empecilho já era uma conquista por si só.

Os olhos da morena se pousaram sobre o homem observando-o brincar sobre casamento e fazendo um gosto amargo inundar sua boca, mas ela nada expressou sobre isso; eles nunca poderiam se casar. Ela se apoiou nas mãos, ficando de quatro e fez a carinha que arrancava tudo dele: o cãozinho caído da mudança. Sorriu triunfante ao receber o doce na boca aberta e engatinhou até o Forchheim, deitando-se encolhida no colo dele. — Do jeito que fala de casamento faz as coisas parecerem tão fáceis. — Murmurou sem se conter, erguendo a mão para tocar sua bochecha. — Ouvi alguns colegas comentarem que você deve estar namorando escondido, porque nunca está com ninguém. — Riu sarcasticamente. — Alguns cogitaram você ser gay, mas todos sabem que não é. E as mulheres vivem falando sobre como você é lindo e supostamente já ficaram com você. — Nessa última ergueu a sobrancelha em indagação.



 

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Mensagem por Rylee Forchheim Qua Abr 17, 2019 3:17 am

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As escolhas que tomaram não agradava somente a ela, como a ele também. Ter de esconder-se da sociedade, especialmente omitir aquilo que mais queria berrar aos céus; o quanto amava Chiara e sempre amaria. Mas, a vida era um negócio que se você não risse para disfarçar as lágrimas, todos aos seu redor iriam notar a sua tristeza e, certamente, não queria demonstrar isto. Assim tem sido todos os anos desde que formaram um casal, só com a ciência do par. Nem mesmo os pais de Rylee, dos quais permitiram que o menino recebesse a melhor educação na face da terra, sabiam algo sobre o que fazia toda noite. Acreditavam fielmente que devia estar trancado no quarto após o período da noite, estudando, bem como alertava a eles.

Felizmente ou não, estar próximo do perigo e correndo contra todas as leis e regras impostas pelos líderes familiares de Forchheim, de casar-se com alguém igualmente de linhagem nobre, fazia com que o relacionamento às espreitas fosse mais divertido. Ele sorria em brincadeira nos instantes em que fugia de seus dias monótonos ao estar com a menina, já que ela o emergia passivamente em uma aventura emocionante toda santa noite e madrugada.

Enfim. Cena por cena, a cada milésimo dentro de cada segundo enquanto sentia o corpo feminino aconchegar-se ao dele, lembrou-se das memórias que partilhavam juntos. Todas. Não escapou-se alguma, desde as mais felizes como perceber que o sentiam um pelo outro era verdadeiro, até os tristes como ter de contá-la o incidente envolvendo Rylee e o pai da mesma, em como o segundo foi um herói por ter se sacrificado para manter a existência do protegido. Contente, um nível mediano na escala da felicidade, era a palavra que definia como a situação em que ele via-se; somente estaria cem porcento satisfeito e feliz se não tivessem que só encontrar-se à noite, longe dos olhos alheios.

— Quem me dera que nos casarmos fosse tão fácil assim. — O comentário acompanhou de um olhar em qualquer canto da pequena casa, ao mesmo tempo em que os braços enlaçaram os ombros alheios num quente abraço, na finalidade de protegê-la do frio da calada da noite. — Mas, brincar com isso faz parecer que é simples e ligeiro. — A direção dos olhos foram unidos quando a mão, a qual tocava-o na bochecha, chamou sua atenção. Curvando aos poucos a boca, o mais velho exibiu um fraco sorriso. Todavia, as palavras ditas a seguir ao moreno, sobre o que os terceiros comentavam a respeito dele, o fez segui-la com o riso sarcástico. Deu de ombros, afinal, não importava o que os outros pensavam dele, somente o que ela pensava.

— Bom, considerando que só beijei uma pessoa a minha vida inteira e eu namoro ela. — A fala foi interrompida pelo pensamento de como iria finalizá-la, mas deu a impressão de que era uma pausa dramática. — Está certo quem disse que sou gay. — Apesar de não ter feito tanto sentido, procurou rir da piada sem graça. Só para descontrair. — Você que vive beijando as pessoas aí, chupando as almas. Eu que devia estar com essa cara aí. — Inicialmente, arqueou as sobrancelhas em indagação, como a capitã fez. Por fim, a expressão adaptou para uma que sinalizasse birra, através das sobrancelhas franzidas e o maxilar trincado.

Teve a audácia em segurar a pose de criança mimada a fim de ver qual seria a reação dela. Nada fez na realidade, já que a membro do exército conhecia perfeitamente quando o homem estava emburrado por algum motivo, ou quando fazia-se de ator. — Droga. Odeio como você me conhece tão bem. — Com um bico nos lábios, era uma súplica a um selo a ser depositado neles. — Enfim, estive pensando numa alternativa para não termos de estar nos vendo só aqui, dando uma de Romeu e Julieta num amor proibido.— Letra por letra, calmamente proferia. A atmosfera ganhou um peso denso, junto ao silêncio desconfortante que o assunto trouxe consigo.

O sopro do vento lá no exterior era o único som.

O murmúrio veio a tona.

— A gente deveria fugir para um outro canto do império, ou até fora dele se for necessário.

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Mensagem por Chiara Greco Costantini Ter Abr 23, 2019 11:02 pm

 
MIDNIGHT
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Chiara e Rylee tinham lá suas diferenças, ainda mais se levar em consideração que o homem crescera no conforto de uma mansão e envolvido em riquezas - apenas por ter nascido no lugar certo -, enquanto a mulher levara uma vida difícil com a morte do pai e todo o treinamento que passara, que não era simples. E mesmo levando isso em consideração, ela o achava mais forte. O homem vivia na pressão de honrar seu nome e ter um bom futuro. Ser quem era fazia as pessoas fofocarem e esperarem grandes feitos, mas ele sempre manteve tudo sob controle e conciliou sua vida com o romance com Chiara, sem deixar que lhe faltasse amor, carinho ou atenção. Assim a mulher tirava dele a força que precisava para resistir à tudo, usando-o como porto seguro. Todo dia ansiava por sua companhia e cada vez que saía em missão era um tormento. As horas se demoravam a passar, fazendo parecer que os dias eram semanas sem sua companhia.

— Como é possível que alguém como você tenha ficado apenas comigo em sua vida toda? 26 anos não é o mesmo que 16. — Murmurou, tentando esquivar-se da culpa que carregava por, de fato, ter beijado outras pessoas. — Você sabe que faço por necessidade. Não é como se eu sentisse prazer com isso. Apesar de me sentir mais forte. — A morena esfregou as pontas dos dedos polegar e indicador, logo os abrindo como se esticasse um chiclete, mas na verdade era como uma pequeno raiozinho de energia que se ligava ao dedos. Observou aquele pequeno ligamento, ignorando totalmente a birra do mais velho, sabendo que em algum minutos eles perderia a pose por ser apenas uma brincadeira.

Finalmente quando sentiu que a postura alheia mudara ela desfez a energia brilhante entre os dedos e se postou de joelhos, já que era difícil ficar de pé ali pela baixa altura. Pôde sentir como ele media as palavras proferidas. Imaginando o que viria a seguir, agiu de forma lenta para que ele não visse seu rosto e pudesse pensar bem a respeito do que era dito. Esticou-se para apanhar a jaqueta que deixara no chão, ficando de quatro sobre o colo do homem, a bunda empinada em sua direção; era seu hobby secreto provocá-lo inocentemente. Sentou-se quando alcançou a peça de roupa, sobre o quadril dele, e tirou do bolso um maço de cigarros e isqueiro. — Fugir? — Chiara parou em meio ao ato de abrir o maço, absorvendo a ideia proposta. Passado o choque, ela tirou dois cigarros, um para cada um e voltou a se sentar de frente para ele antes de acender o seu e lhe jogar o isqueiro.

Deu uma tragada lenta e girou o cigarro nos dedos, observando a fumaça subir e logo se juntar à que ela mesma expirava. — Hmmm... E como faríamos isso? Para onde iríamos ou o que comer? — Perguntou com os olhos ainda fixos à frente. Não sabia exatamente o que responder. Dentre tudo o que imaginara, aquilo havia sido sua maior surpresa. Já haviam brincado a respeito disso antes, mas agora sabia que o assunto era sério.



 

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Mensagem por Rylee Forchheim Qui Abr 25, 2019 12:45 am

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Uns dos exemplos mais comuns de medos de Rylee era o receio de não dar orgulho a seu pai, nem honrar o nome que carregava nos ombros. No entanto, não era o principal e o maior dentre todos eles: o medo da infelicidade. Certamente o único habitante e nascido de Calipso a preocupar-se com a felicidade, já que maioria, senão todos eles, encontravam-na nas moedas douradas depositadas em suas respectivas contas no banco de ferro, e/ou num cofre lacrado a sete chaves na camada mais submersa e restrita das residência. E ele sabia com quem e somente quem compartilharia de tal sensação, emoção e liberdade, esta última sendo que a priva, atualmente, de passarem seus dias juntos, até os fins dos tempos.

Confessar seus pensamentos e desejos a Chiara sempre foi uma tarefa fácil, sabendo que ela era o ser que mais podia confiar neste universo ou em outros. Ao despertar da sua magia, manipulando a energia que provém desta, foi a primeira a quem contou e demonstrou o que minimamente sabia realizar com o dom. Os grandes olhos límpidos da menina, na época, encantaram-se ao ver o brilho cintilante que emanava do centro das palmas do nobre. Mas, sob a lua em que se viam, estava mais difícil das palavras vierem à tona. Como uma comida presa na garganta, tinha algo que devia sair e não conseguia. Algo que deveria falar a ela acima de tudo.

— Eu só fiquei com você a minha vida inteira, porque é a única pessoa que sempre quis ficar. — Justificou-se diante das dúvidas femininas, as quais pairavam no ar com certo ar de medo. Ou não. Talvez, depois de anos vendo-se às escuras em toda caída de noite, já soubesse dessas palavras. Ao reparar que o drama não fazia efeito nela, a brincar com um pequena faísca de raio de energia entre os dedos como forma de passar o tempo, ele deu por fim à postura adotada. E não pode deixar de assistir com luxúria, ela inclinar-se sobre si, deitando-se nos quatros membros na intenção de alcançar a jaqueta jogada ao chão - sabia ele que este não era a real e verdadeira razão de fazer questão de empinar sua bunda até ele, e sim, para clamar por um tapa. Assim o fez, desferiu no súbito momento, antes de ela sentar-se no colo dele.

Recebeu o cigarro em mãos antes de conduzi-lo a entre os dentes e lábios, onde prendeu-o. Ateou a chama na ponta de fora, enquanto tragava para permanecer a vida da chama a queimar o tabaco. Em silêncio, após sugerir a opção de fuga do mundo preconceito  em que viviam para viver em um novo. Um mundo em que poderiam viver sem medo de represália e discordância dos superiores de ambos, especialmente do pai do rapaz, que jamais aceitaria o romance do seu filho e herdeiro do cargo de primeiro-investigador como uma "plebeia". — Sim. Fugir. — Assentiu depois de soprar fumaça para cima para que não manchasse os fios escuros de capitã com o odor fétido da fumaça do cigarro.

No instante em que virou-se até ele, soube devia ser cem porcento racional e sincero com a menina, bem como ela sempre foi. — Bom, eu não pensei nisso ainda... — Referia-se às questões perguntadas. — Com o dinheiro que tenho e o que posso pegar "emprestado" do cofre do meu pai, dá para comprar um chalé maravilhoso em Vlitra, longe da civilização e de problemas. — Os olhos mantiveram-se em fixo contato. — E eu quero fazer o quanto antes isso, porque... — A pausa neste instante durou bem mais do que segundos. O olhar masculino pendeu até o chão. O pulmão esvaziou-se por meio de um longo suspiro. — Meu pai, hoje, marcou um casamento para mim com uma das filhas dos Havard. — Com o término do murmúrio fraco, quase que impossível de ser ouvido, ergueu-se novamente para fitá-la, esperando as piores das reações.

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Mensagem por Chiara Greco Costantini Dom Abr 28, 2019 2:04 pm

 
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O choque era visível no rosto de Chiara. Que parou em meio a tragada e acabou por se engasgar com a fumaça. Sabia que provavelmente o dia chegaria, mas guardara esse medo dentro de um canto bem profundo e escondido em seu coração, afinal já tinha muita coisa com que se preocupar, mas agora veio tudo à tona. Depois de tossir a fumaça encarou o homem à sua frente com os olhos lacrimenjantes, sem saber se pelo engasgo ou a notícia. Notou no rosto masculino cada detalhe, desde a sombra projetada sobre os olhos alheio na escuridão, aos seus lábios que explorava todos os dias um pouco mais e a franja que lhe caía sobre a face atribuindo-lhe charme. Viu ali tudo o que perderia se não fizesse algo; tudo o que amava e não poderia viver sem. Tomou o rosto entre as mãos, depois de jogar o cigarro fora, sentindo que tinha o mundo entre elas, mundo que agora estava ameaçado. — Vamos fugir. — Concordou Chiara com o tom de voz firme, apesar do desmoronamento que acontecia em seu interior. — Para qualquer lugar. Vlira, El Diablo, além da cidade. Eu não me importo. — E realmente não se importava, bastava tê-lo em sua companhia.

A confusão na mente da mulher era demasiada, deixando-a sem chão. Em questão de segundos tinha todo o conforto que lhe bastava. Estava com Rylee em uma típica noite de casal, tinha um emprego ótimo e estável, amigos e segurança. Agora sentia que não tinha nada, exceto o medo. No entanto o exterior não demonstrava o que acontecia, aprendera a ser forte e controlar suas emoções, mas sabia que ele a conhecia o suficiente para ler seus pensamentos apenas no olhar e não queria demonstrar fraqueza, então deitou-se em seu peito, escondendo o rosto e assimilando tudo. Buscava o lado bom da história. Fugir poderia não ser má ideia. Teriam uma casa para si e não haveria mais a preocupação de serem pegos. Viveriam como um casal normal, iniciando uma família. Um chalé me Vlira? Ela nunca gostara de extravagâncias, um chalé parecia perfeito, como um conto de fadas. Podia até imaginar-se cuidando de um jardim florido, suja de terra e de noite tomar um café numa poltrona ao lado da de Rylee que estaria lendo algum livro, como sempre. A imagem aquietou seu coração, fazendo-a relaxar em seus braços e pensar num futuro melhor do já havia sonhado.

— Um chalé parece perfeito... Poderíamos ter um cachorro. — Riu-se, mas notou que sua voz assumira um tom ligeiramente choroso e infantil. — Eu poderia ter um jardim, uma cozinha onde fazer meus bolos. — Eram algumas paixões secretas que Chiara compartilhava apenas com o Forchheim. — E você teria uma biblioteca. — Murmurou. — E um quarto com uma cama só para nós dois. — Não sabia quando exatamente começara, mas a morena agora chorava silenciosamente, molhando as bochechas e a camisa alheia. Em sua confusão não sabia o que era, mas sabia que era um sentimento forte que apertava seu coração. Alívio? Sim... Finalmente conseguiria tudo o que mais sonhara na vida.



 

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Mensagem por Rylee Forchheim Dom Abr 28, 2019 9:03 pm

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Não havia dúvidas, ter de conta-la ao que estava passando em sua vida nos últimos dias foi uma dolorosa tarefa, não tanto quanto perceber as reações causadas nela com o que foi dito. Mas, a necessidade em proferir era colossal, não podia guardar mais; nem deveria por sinal, afinal, a relação dos dois baseia-se na confiança e respeito mútuo, assim, escondê-la de uma informação tão importante como aquela seria como uma quebra de código e promessa e desvencilhar-se do que construíram ao longo dos anos. Como um elo de empatia – sentir a dor do outro, os olhos dele ficaram vermelhos e úmidos, enquanto segurava o desejo de acompanha-la no choro silencioso. Mordia-se, fincava as presas nos próprios lábios, a fim de suprir isso. Entretanto, parecia de nada funcionar. Nada mesmo.

A resposta tirou-o do estado catatônico, semelhante aquele que Chiara levava a quem aplicasse a sentença da morte. Preso no próprio mundo, lamuriando-se de arrependimento por plantar angústia e dor na única pessoa em todo o universo que não merecia sofrer com estas emoções. Um assentimento? De todas as hipóteses que circulavam ao redor da mente do rapaz, concordar era a menos esperada. Pois, já tinha em mente o que teria de abdicar para realizar tal conclusão. Abrir mãos de amigos, de família, de trabalho e etc. — Vamos? — Relevou a questão mais para si mesmo do que ela para enfatizar se escutou corretamente. — Vamos. — Em tom mais sério e menos sôfrego, enfatizou.

Os pulmões vazios, sentia um ponto de dor bem ao centro do tronco. Não tinha haver com a ausência de oxigênio, nem com o fato de estar a respirar ofegantemente durante o choro, mas ainda com as dores dadas à amada. De imediatismo, no instante em que se viu como o repouso e esconderijo ao rosto alheio, os braços contornaram a silhueta e buscou abraça-la. Conforta-la. Não enxergava a feição da qual era apaixonado, nem captava qualquer som proeminente dela. Apesar disso, os sentidos de Rylee conheciam da verdade, bem como conhecia a própria capitã da guarda real. Ignorando o lado emocional momentaneamente aflorado, encontrou-se tendo de mergulhar no racional, ou ao menos não deixar-se levar pelas marés da negatividade; arrependimento, dor, sofrimento e demais, mas fugir poderia ser algo bom também. Enfim, após quase uma década a viver como um casal somente sob o véu da noite, somente na distância de outros, poderiam assumir-se, dormir juntos, acordar juntos, fazer coisas juntos a todos os instantes.

Imaginar isso o fazia sorrir sem graça, enquanto mirava a lua brilhar no céu, através do quadrado na parede de madeira.

À medida que o momento acalmava-se, do mesmo jeito que, aparentemente, os pensamentos de ambos também, puderam conversar melhor. Certamente, passou-se na cabeça de Ferrari os lados positivos que conseguiriam vivenciar ao tomar a decisão da fuga. O Forchheim levantou a destra à altura da própria face, esfregando o dorso da palma no nariz a fungar. Respirou profundamente. Todavia, a seriedade nele quebrou-se no segundo em que assimilou a risada da menina, que divertia-se em pensar em adotar um cachorro com ele. — A gente podia plantar tabaco, aí não precisar gastar tanto comprando maço de cigarro, porque faria o próprio. — As ideias foram complementadas com esta ao lembrar-se do químico que tragavam antes do drama. As pontas dos dedos tomaram a base do queixo da militar, apreciando o tato macio da derme da mesma. Sem enrolar muito, ergueu a cabeça para que não fosse ocultada mais. Encaixou o olhar ao dela e o vinculou para que não se desfizesse nunca mais. — Eu já achei um lugar perfeito. — Deitando-a na palma da mão, dedilhou a bochecha com o polegar. — É um chalé um pouco distante dos vilarejos de Vlitra, mas dá para chegar até eles voando por 5 minutos. É grande, tem quartos para nós e para mais o que quiser. — Tentava descrever da maneira que ela pudesse ver mentalmente. — Tem tudo o que poderia querer. — Por fim, ressaltou.

Com um sorriso na boca, Rylee ditava as frases da forma mais contagiante possível, transpassando a ela o quão animado estava para partilhar a vida com ela por completo, não só por um período do dia. Mas, tinha de fazer algo antes. — Chiara... — Após alguns minutos em silêncio, somente a contemplar o brilho límpido dos olhos da garota, clamou por seu nome e por sua atenção. — Antes de tudo, eu queria propor algo. — Ajustou a postura, colocou-se sobre os joelhos novamente. Recolheu do bolso uma pequena caixa, da qual guardava dentro um objeto precioso. — Que você entrasse naquela casa como minha esposa, não só como minha namorada. — Revelou o conteúdo no interior. Um anel dourado com uma pequena joia encrostada no centro. O pegou e o colocou no anelar da canhota de Ferrari.

Mirando-a a todo instante, nos olhos para ser mais específico. O coração batia mais freneticamente como nunca. O ritmo respiratório, outra vez, ofegava. Tímido, sentia o rosto queimar.

— Chiara, aceita se casar comigo?

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Bite that tattoo on your shoulder

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Mensagem por Chiara Greco Costantini Sáb maio 25, 2019 4:53 am

 
MIDNIGHT
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Era difícil para a Costantini saber se ouvira direito as palavras proferidas pelo mais velho. Analisando tudo o que mudara em questão de meia hora, poderia-se dizer que havia morrido e não percebera. "Será? Será que em algum momento eu cheguei ao paraíso? Eu fui digna dele, afinal?", perguntou-se em segredo dentro da própria mente. Ao considerar tudo o que passara não sabia dizer se era uma candidata ao céu, mas as dificuldades se mostraram testes e enfim recebera sua redenção. A única coisa que lhe dava a certeza da vida era que o mundo espiritual era bem diferente; gélido, cinza e com certeza o coração não estaria batendo tão forte se a morte a houvesse arrebatado. Os olhos ardiam como nunca, a ponto de embaçar a vista e não conseguir enxergar nada.

Ajeitando-se no colo dele, Chiara ergueu os braços para envolver o rosto masculino de forma delicada com ambas as mãos. Ali ela tinha tudo o que gostaria e precisava. Seguro entre suas mãos. Dessa forma foi mais fácil conseguir focar a visão e reencontrá-lo no mar das lágrimas que escorriam pela face e molhavam a própria blusa. — Você tem dúvidas? — Perguntou a ele com a voz fraca. Fungou e pigarreou para tentar normalizar o tom. — Lógico que aceito.


 

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Chiara Greco Costantini
Kill me

26

10/04/2019

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