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Mensagem por Hades Weingarten Sex maio 31, 2019 11:40 pm

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A passagem a seguir é FECHADA AOS ENVOLVIDOS. Os envolvidos são apenas Hades. Nos campos de Vlitra, por volta das 15hrs da tarde. O conteúdo que o texto aborda é SOMENTE PARA MAIORES.

Na DIY, Hades vai investigar um caso de desaparecimento de uma garota que é filha de um ex-parceiro seu morto em guerra, descobrindo um terrível segredo envolvendo o sumiço da menina.

Hades Weingarten
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26/04/2019

Hades Weingarten

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Mensagem por Hades Weingarten Sex maio 31, 2019 11:43 pm

A vida é uma caixa de surpresas. Elas podiam ser boas ou más, mas uma constante no universo é que a humanidade sempre está evoluindo. Éramos o pico agora, havíamos chegado ao topo e vivíamos numa comunidade quase que perfeita, possuíamos poderes e sobrevivemos ao maior holocausto nuclear do mundo. Nem todas as civilizações anteriores poderiam afirmar que poderiam sobreviver a esse tipo de evento raro. Sem sombra nenhuma de dúvidas nós estávamos no maior esplendor de todos. Sentia-me abençoado por isso, amava mais do que tudo a minha vida em Weingarten e devia tudo isso ao meu pai, Norman. Graças a seus conselhos e ensinamentos eu havia chegado longe, sendo apto o suficiente para substituí-lo como imperador. Não havia sido fácil, pois eu não tinha intento algum em assumir a liderança, mesmo eu já tendo quarenta e cinco anos – não sei bem o motivo, mas para mim era como se meu pai fosse incapaz de morrer.

Estava passando a tarde em meus aposentos, sentia-me um pouco solitário e precisava de descanso e quietude. Fazia um bordado, costurando suave enquanto mantinha minha atenção ali e também nas portas abertas que levavam a varanda de meu quarto. Com as pernas cruzadas, fazia minha costurada com calma e concentração, fazendo aquilo mais pela tranquilidade que aquilo me trazia do que pelo fato de gostar daquilo de fato – coisa que eu não gostava, na verdade. Entretanto, eu estava relaxado naquela tarde e isso era algo raro de acontecer. Quase terminando meu bordado, eis que sou interrompido por batidas na porta. Parei, olhando pelo canto do olho a porta fechada e esperando que fosse deixado em paz, entretanto a batida foi insistente e então revirei os olhos, movendo os dedos e criando um campo de força em volta da maçaneta, abrindo-a.

— Sim, Apolo? — questionei o jovem da guarda real com um sorriso de canto de rosto, insinuante e mavioso, fazendo-o corar e desviar de meus olhos por alguns segundos. Ele sempre havia sido tímido, apesar de ser um excelente lutador e ter sobrevivido a uma missão com um rapaz, sendo ambos os únicos da história a conseguirem sair vivos de suas primeiras missões e sozinhos, cujo líder e demais soldados experientes haviam falecido. Ele era muito experiente, e não só no campo de batalha, se é que me entendem.

— Houve um incidente em Vlitra, uma mulher teve a sua filha sequestrada. Ela é a fornecedora de frutas do senhor, sempre vai visita-la às sextas, lembra?

Engoli em seco, lembrando-me da pobre Sharon com pesar. Ela era uma senhora na casa dos seus setenta anos, tinha uma filha chamada Carmen que a ajudava com o cultivo de frutas, legumes e na criação de animais. Elas viviam sozinhas desde que o esposo de Sharon morrera ano passado, Garrett, um homem que eu havia conhecido na guarda real e que me pedira para que cuidasse das suas duas meninas. Depois disso, nunca abandonei Sharon e Carmen e sempre ia visita-las toda sexta-feira para comprar frutas e dar umas dez vezes mais de ouro do que o preço comum. Claro que ninguém sabia disso, pois eu evitava não falar nada para que ninguém usasse isso contra mim. Mas agora o segredo parecia estar prestes a escapar.

— Bem, eu vou sozinho até Vlitra e vou falar com Sharon. Fique aqui e cuide de qualquer parente meu dentro do palácio, está bem? — assenti para ele e estendi a mão para que ele partisse, colocando o meu bordado em cima da mesa do quarto e então me pus de pé, vasculhando as roupas e escolhendo as mais confortáveis e apropriadas para andar pelo campo, mata e floresta fechada.

Escolhendo vestes escuras, vesti calça negra, botas de mesma tonalidade feitas de couro resistente e uma camisa despojada e de cor vinho, pondo uma comprida sobrecasaca escarlate e partindo para a terra verde de Vlitra.

***

O cavalo branco se movia graciosamente enquanto sentia o peso de minha espada embainhada no coldre preso a minha cintura, a viagem era um pouco mais comprida do que se podia imaginar, principalmente quando eu não ia de carruagem. Era uma das primeiras vezes que eu ia de cavalo, então a sensação era diferente e eu aproveitava para cumprimentar as pessoas enquanto ia pelos distritos, recebendo sempre propostas dos guardas de me acompanharem, principalmente quando eu chegara a El Diablo.

Os campos de Vlitra possuíam um ar diferente do resto de Weingarten, o verde predominava e não haviam estruturas mirabolantes como os prédios de Calipso, muito menos as construções de concreto feitas em Kaleo. Havia um verdadeiro mar cor de esmeralda que se espalhava por todos os locais onde eu olhasse, e isso me apaziguava bastante. Lembrava-me que meu pai sempre havia sido muito apegado ao campo, gostava de passar horas por lá e era um dos seus cantos preferidos para passar o tempo. Acho que éramos mais parecidos do que podíamos imaginar.

Cheguei à fazenda de Sharon e notei um pequeno grupo de pessoas, provavelmente vizinhos e amigos próximos, rodeando a mulher que estava na varanda da casa, com dois guardas civis próximos da chorosa senhora. Não me surpreendia isso, vide que ela era como um raio de sol iluminando o céu num dia de verão, sorridente e generosa com todos. Sua filha não passava despercebida também, sendo uma jovem graciosa e voluptuosa, muito bonita e desejada, além de ter a mesma doçura da mãe e personalidade forte do pai, sempre treinando espadas com seu namorado, que era da guarda civil – provavelmente ele devia ser um daqueles dois guardas na casa. Anotei mentalmente sobre o namorado e me aproximei, sendo percebido e reverenciado, o que rejeitei com um aceno de mão qualquer.

— Só vim aqui para ajudar. — Anunciei sem qualquer tipo de receio, pois todos já me conheciam desde a época em que eu era um príncipe da guarda real, então todos tinham ciência de que eu sempre havia sido um ótimo detetive, resolvendo inúmeros casos e mistérios. Então, eu me ofertar para resolver aquilo não era necessariamente uma grande surpresa.

Aproximando-me de Sharon, todos deram passagem para mim e assenti para cada um deles, aproveitando para ler suas mentes e auras. Todos sentiam pena da pobre senhora, se compadeciam por sua situação entristecedora e um dos dois guardas, o namorado de Carmen, estava bastante emocionado. Ele parecia genuinamente feliz e, concentrando-me em suas compleições, ele acabou por me olhar e desviou os olhos, sua aura se tornando um pouco agressiva e seus pensamentos um pouco conturbados. É, certo, ele me odiava, mas pelo menos não encontrei nada relacionado ao sumiço da garota.

— Sinto muito, Sharon, eu posso falar com você em particular? — perguntei para a senhorinha sentada na cadeira de balanço e, assentindo para os seus companheiros, Sharon dispensou todos e então ergueu a mão, a qual eu segurei e ajudei-a a ficar de pé enquanto seguíamos para dentro de sua casa.

Apesar da idade, ela tinha um corpo magro e usava um vestido vermelho sem mangas. Seus olhos eram azuis e estavam um pouco embaçados pela cegueira parcial da mesma, enquanto seus fios eram negros e não tinham absolutamente nenhum fio branco. Ela parecia mais forte desde a última vez em que a vi semana passada. Semicerrei os olhos enquanto a via preparar o bule e o enchia de água, pondo-o no fogão.

— Chá? — sua voz era fina, apesar de embargada e cansada pelos anos de vida. Era quase irônico eu ter 62 anos e ter plena saúde enquanto ela tinha 72 e era extremamente frágil e doente. A casa estava bastante vazia, quase que sem vida sem a presença jovial da Carmen. Neguei, enquanto me sentava e respirava profundamente aspirando o cheiro do ar. Isso era enxofre? — O que faz aqui, Hades? — ela me chamou pelo nome, coisa a qual ela estava acostumada devido as minhas visitas semanais. Já tínhamos bastante intimidade a esta altura.

— Como assim o que faço aqui, Sharon? Estou procurando por Carmen. Não sabe onde ela está, sabe? — estranhei, pois apesar da saúde debilitada da senhora ela não era nem um pouco esquecida ou desmemoriada, lembrando de absolutamente tudo.

Engoli em seco sentindo pena da situação da mulher. Deveria ser difícil viver sozinha e não poder fazer nada sobre o sumiço de sua filha, sua única família. Deveria ser complicado, mas se dependesse de mim eu iria encontrar Carmen e eu conseguiria salvá-la. Eu iria encontra-la e ela ficaria bem. Tentei ler a mente dela, mas fui impedido. Nunca havia tentado ler as mentes das duas, nem da mãe nem da filha, por isso não podia afirmar o que era essa barreira que eu havia encontrado agora.

— Sharon, onde viu Carmen pela última vez? Digo, antes dela sumir? — perguntei para a senhora, estendendo a minha mão e apertando a sua, enrugada e trêmula. Ela sorriu, mas soou diferente.

— No espelho mágico. Vamos, papai, não quer mesmo um chá? — perguntou a senhora, me fazendo recuar e recostar-me na cadeira enquanto tentava raciocinar.

— Pode me mostrar onde está esse espelho mágico? — perguntei, enquanto a via se pôr de pé e ir até o bule, preparando o seu chá e misturando as folhas na água com a colher. — Sharon, pode me ajudar aqui, por favor? Eu preciso de mais informações para encontrar a sua filha.

Ela parou abruptamente, imóvel como uma estátua e de costas para mim, com o bule em sua mão virado e a água esverdeada escorrendo para a sua xícara na pia. Aos poucos, o chá ia transbordando enquanto a água quente se espalhava por toda a pia e derramava-se em seus pés, o que me fez ir em disparada até a senhora e ampará-la, puxando o bule de sua mão e afastando a xícara, me queimando no processo.

— Eu não tenho filha, senhor Weingarten, eu não posso, minha mãe não deixa ainda. Ela quer que eu me preserve para um de seus filhos. — Aquelas palavras me fizeram relaxar o aperto no bule, soltando-o na pia enquanto olhava a senhora de cima a baixo. O que ela quer dizer com isso? Poderia ela estar me confundindo com Norman e relembrando dos seus tempos de juventude quando provavelmente sua mãe planejava emparelhar a garota comigo? “Um de seus filhos” foram as palavras usadas por ela, o que me fez estranhar. Eu era filho único.

Mesmo com aquela loucura, decidi confiar naquelas palavras e então olhei para as escadas que levavam ao primeiro andar e, me voltando para Sharon, ergui o dedo pedindo um momento e saí pela casa. Subindo as escadas, deslizava a mão direita pelo corrimão e me deparava com inúmeras portas, as quais fui abrindo, encontrando nada de interessante ou importante. Focado naquilo, invadi cada cômodo, vasculhando gavetas e armários, guarda-roupas e escrivaninhas, até os banheiros, mas nada parecia interessante. Foi então que eu parei e olhei para o alto, vendo a passagem para o sótão.

Agachando-me, iluminei minhas mãos e libertei a energia vermelha de minha mana e criei um disco abaixo de meus pés, levitando até a porta, a qual abri e entrei no local. Como não havia escada alguma ali, decidi criar minha própria passagem. O local era escuro e possuía uma única janela redonda com um símbolo estranho. Armários por todos os locais cheios de cupins, retratos antigos e muitos livros se encontravam abandonados e cobertos com panos brancos que eu puxava e os expunha para meus olhos ávidos e curiosos. Não sabia ainda o que procurar, mas sentia que algo podia ser útil ali. Num acúmulo de caixas, encontrei uma fotografia minha e de meu antigo amigo de guerra, Garrett. Ele parecia contente ao meu lado, assim como sua bela esposa e a bebê em seus braços.

Entretanto, um detalhe chamou a minha atenção. O colar de Sharon. Possuía o mesmo símbolo da janela. Encarei a janela, aproximando-me da mesma ainda com o porta-retratos em minhas mãos. Havia um espelho grande e maior que eu coberto por um lençol, sendo essa peça a única coberta ali – não julguei um espelho como algo importante, mas agora me lembrava do que Sharon havia falado sobre espelho mágico na cozinha. Respirei fundo e então puxei o lençol branco e limpo, encontrando um espelho normal e de moldura prateada com o mesmo símbolo do colar e da janela. Estranhei a semelhança, não podia ser só uma coincidência. Ele era tão banal...

Aproximando-me do mesmo, encostei o dedo indicador no espelho e, para a minha surpresa, o mesmo foi literalmente puxado pelo vidro e rapidamente soltei o porta-retratos e segurei meu braço esquerdo, tentando puxá-lo enquanto meus dedos eram puxados e eu sentia uma dor excruciante, como se estivesse comido ou corroído pelo espelho, até que encostei meu pé esquerdo na beirada do espelho e consegui me impulsionar para trás, caindo no chão violentamente. Arfante e perdendo o ar, segurei meu pulso esquerdo e gritei. Eu estava com a minha mão toda putrefata, as pontas de meus dedos inclusive eram ossos retorcidos, sem carne alguma. Olhei ao meu redor inutilmente, como se algo ali fosse me salvar. Foi então que avistei um pequenino roedor me encarando debaixo de um dos armários. Puxei-o com um campo de força em volta dele, segurando-o e absorvendo sua força vital, o suficiente para recuperar a mão inteira.

Gemendo de nojo, larguei o rato e fitei minha mão, até que ouvi um passo e me virei, vendo Sharon de pé, me olhando. Ainda sentado no chão, olhei para o porta-retratos como reflexo, vendo algo escrito por de trás da foto. Palavras em outras línguas, elas rimavam e continham uma magia que eu só poderia classificar como algo vil e maléfico. Encarei Sharon, pondo-me de pé e constatando que ela não usava nenhum tipo de colar como o que ela usava na foto. Puxei da memória: Sharon nunca usou um colar como aquele, não era?

— Cadê o colar? Ele fez algo horrível com a Carmen, não fez? Esse espelho, ele... o que ele faz, Sharon? — perguntei preocupado para Sharon, cuja reação foi sorrir, enquanto seus dentes iam ficando negros e caíam, sua pele ficava ainda mais enrugada e ela se contorcia, ficando corcunda e fraca. — Sharon!

— Cadê a minha mãe, preciso dela! — berrou a idosa, enquanto ela ia ficando cada vez mais velha e ia se desfazendo. Tentei segurá-la, curá-la, mas ela simplesmente ia definhando até seus ossos surgirem e se tornarem poeira.

***

Estava cansado, não conseguia simplesmente conceber que Sharon fora vítima de sua própria filha e que a mesma a assassinara. Ela havia feito algum tipo de maldição para com a mãe e a deixado para trás, só podia ser isso. Ainda diante da pilha de poeira que era Sharon, fui pego de surpresa pelo som de passos no andar de baixo. Aparentemente, era a voz do namorado de Carmen, contente e feliz. Andando na ponta dos pés, me esgueirei até a porta do sótão e a fechei, ouvindo e vendo pelas frestas da madeira o homem lá embaixo e a morena. Era ela!

— Ficamos tão preocupados, Carmen! Eu mal consigo pensar que você se perdeu em El Diablo. Você podia ter morrido! — Leon, o loiro trajado com roupas comuns, segurava as mãos e sua amada, parecendo extremamente contente e feliz.

— Eu estou aqui, meu amor, e não vou sair daqui... espera, cadê a mamãe? — perguntou a morena, olhando ao seu redor. Era agora que eu iria pegar a vadia no pulo. Comprimi os lábios, até que ela olha para o teto exatamente onde eu estava. — Tem alguém aqui, sinto isso. Venha, Leon, vamos para o sótão.

Puxando-o pelas mãos, os dois correm e então me ponho de pé, procurando por qualquer arma disposta ali, mas na falta de uma, criei duas espadas de energia e esperei-a. Ouvi os sons de seus passos e então o arrastar de algo, logo a porta era aberta e Carmen surgia imponente em um longo vestido vermelho e acompanhado de Leon, que viu a pilha de poeira e franziu o cenho.

— O que aconteceu aqui? — perguntou ele, fazendo-me rolar os olhos e criar uma conexão psíquica, mostrando a ele com rapidez tudo o que havia acabado de acontecer nos últimos minutos, desde que ele saíra da casa junto dos companheiros de Sharon. Ele recuou um passo, olhando a namorada de cima a baixo e então sacou um revólver do bolso, apontando-a para a testa da morena.

— Amor, o que é isso?

— Você matou a sua própria mãe, Carmen! Eu vi, o Sr. Weingarten me mostrou! — berrou ele, fazendo-a se encolher e se tremer inteira.

— Vai acreditar nele?

— Claro, por que caralho ele ia mentir? — gritou o loiro, sua mão trêmula segurando a arma.

— Eu não tenho nada a perder, mas já você, Carmen... — avancei um passo, apontando a lâmina de uma das espadas, invadindo seus pensamentos.

Engoli em seco e arregalei os olhos. Era ela, Sharon. Carmen não era a Carmen e sim a Sharon o tempo inteiro. A mulher idosa que eu via diariamente era ninguém mais ninguém menos que a própria Carmen, envelhecida por ser a fonte de comida para a carniceira Sharon, sedenta por poder. Ela havia ludibriado os pensamentos da própria filha, até decidir ir até mim e me usar como uma espécie de bateria por causa de minha mana. Mas ela não contava que eu iria parar em Vlitra e interrogar sua filha e descobrir tudo. Passei as informações obtidas para Leon, que gritou e apertou o gatilho, acertando o ombro da bruxa e fazendo-a cair.

— Como nunca percebi esse tempo todo? Você mudou a aparência da sua filha, deixou ela como você, porém mais velha, enquanto você mesma rouba a aparência jovial da Carmen. Como pôde? E por quê? Só por que queria roubar toda a minha mana?

Ela riu, começando a gargalhar enquanto olhava para Leon e ele começava a tremer, entreolhando-se comigo e então largando a arma no solo, a qual tratei de pegar com meu campo de força e leva-la a minha mão. Ele levou a mão direita ao pescoço, começando a perder o fôlego enquanto a esquerda lutava para se ver livre do aperto.

— Pare com isso, Sharon! Por favor!

— Sua mana, então. Acha que eu fui a boa moça que cresceu sendo amiguinha do imperador para qual fim? Você realmente acha que eu vou ser uma fazendeira? Uma garota do campo? Eu nasci para ser uma imperatriz, seu idiota! — ela esbravejou, enquanto Leon ia ficando roxo. — Esse idiota também servia de comida.

A ambição dela, todo aquele ódio e gula, aquele sorriso perverso e cruel. Como eu não havia notado aqueles feitiços? Ela tomara a forma da própria filha, deixando a pobre Carmen envelhecer e se assemelhar a ela mesma em questão de pouquíssimo tempo. E tudo por quê? Porque ela queria ter vida eterna? Ser uma imperatriz e de algum modo me conquistar? Bem, ela estava redondamente enganada se achava que iria conseguir sobreviver a hoje. Criei um campo de força em volta da cabeça de Sharon, diminuindo seu oxigênio e lentamente apertando-a, enquanto o aperto de Leon afrouxava e ele se via livre da influência maquiavélica de sua amante.

Ela gritava, mas o som não saía de dentro do campo de força e aos poucos sua cabeça começou a ser literalmente amassada, até que ela estendeu sua mão direita para mim e de sua palma sai uma serpente branca e gigantesca, se enroscando em minhas pernas e me derrubando, retirando toda a minha concentração. Ela corre em minha direção com unhas enormes e afiadas, porém seu corpo é pego pelas ancas por Leon, e é então que fito o espelho e o seguro com meu campo de força, arrastando-o na nossa direção violentamente.

— Joga! — berrei, sendo prontamente obedecido e, largando-a na direção do espelho, Leon a deixa se chocar contra o mesmo.

O espelho racha, tremendo como vibrasse, até que ele se parte, caindo aos pedaços ao chão, sobrando apenas a moldura da peça rara e vil. Entreolhei-me com Leon, engolindo em seco, pondo as mãos nos joelhos e, cansado, dei um tapa nas costas do rapaz.

— E então, espero que da próxima possa escolher melhor sua namorada, meu bom rapaz. — Comentei, apertando a mão do mesmo e saindo do sótão. Precisava de um bom descanso e, principalmente, de um bom banho.

Sentia-me traído, pois dediquei anos de minha vida para servir e proteger aquelas duas e, no fim, Sharon se provara uma vilã ambiciosa cujo plano era me drenar e tomar meu posto. Mas isso havia sido bom, pois alertara até mesmo para um problema comigo: minha sede. Não era segredo nenhum para minha esposa que eu absorvia vitalidade para manter minha aparência e vitalidade, mas e se futuramente eu me tornasse igual a Sharon, chegando ao ponto de assassinar minha própria filha ou filho para me manter jovem? Não queria pensar na possibilidade, eu gostava das minhas crias e eu não iria matar nenhuma delas.

Nunca. Eu não seria um pai ruim jamais para eles.
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Mensagem por Deva Dom Jun 02, 2019 5:13 pm

AVALIAÇÃO

Em geral, a DIY correu bem e cumpriu seu propósito sem grandes problemas. Gostei da criatividade na hora de desenvolver o conflito central, ligando os NPCs ao passado de Hades e terminando a missão de forma completamente inesperada. Confesso que a situação de Sharon e Carmen não era, de forma alguma, o que imaginei que seria, e isso é ótimo. Não tem nada mais chato do que um enredo previsível, e o seu passou longe disso.

Também não encontrei erros de ortografia. Contudo, notei que você tende a estender as frases além do que deveria — cheguei a ler uma com sete linhas até finalmente chegar ao ponto final — o que torna difícil manter um ritmo satisfatório de leitura e até prejudica o entendimento de certas cenas, que precisei reler para conseguir compreender. É apenas isso o que vou descontar. Meu conselho é revisar o texto em voz alta, buscando substituir algumas vírgulas por pontos finais, adicionando, assim, fluidez à leitura.

Levando tudo em consideração, a DIY foi bastante satisfatória, e por isso concedo 1.800xp como recompensa final, que já foi adicionada à sua ficha. Meus parabéns!
Deva
12

25/03/2019

Deva

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