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Mensagem por Valentin Lancaster Ter Jun 04, 2019 8:28 pm

o cavaleiro vermelho
A passagem a seguir é FECHADA AOS ENVOLVIDOS. Os envolvidos são Valentin Lancaster. Em El Diablo, por volta das 22hrs. O conteúdo que o texto aborda é SOMENTE PARA MAIORES.

Decidido a ser o cavaleiro da profecia prevista por sua bisavó, Valentin decide acabar com toda uma máfia sozinho, indo até El Diablo e exterminando todos os seus integrantes. É um ato honroso para o rapaz, onde ele finalmente encontra um consenso com suas múltiplas personalidades e uma forma de rendição.


Valentin Lancaster
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12/04/2019

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Valentin Lancaster

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Mensagem por Valentin Lancaster Ter Jun 04, 2019 8:38 pm



4, Nyx: assassina em série, caça e mata homens que ela julga serem merecedores da morte. Possui uma sede de vingança enorme e é muito boa em ludibriar homens bobos.
→ Natalie Portman
→ Controle de feromônios, mimetismo em serpente

5, Henry: sempre está em algum bar assediando mulheres ou comprando brigas. Machista e mandão, ele acha que está certo todas as vezes e trata todos de forma rude. Gosta de flertar e intimidar as pessoas para se sentir melhor.
→ Jason Momoa
→ Mimetismo em lobo, mimetismo em metais

6, Samuel: se veste semelhante a um cowboy, tem sotaque texano e interiorano, gosta de usar laço para prender seus inimigos e gosta de usar revólveres e pistolas. Gosta de viver grandes aventuras, andar de cavalo e beber uísque.
→ Chris Carmack
→ Nenhum poder

7, Nathaniel: possui um jeito sutil de falar e de se expressar, sendo bastante persuasivo e com um vasto conhecimento em psicologia, o qual ele usa para manipular as pessoas. É cheio de mistérios e segredos, não revelando quase nada sobre si mesmo. Não se sabe nem qual poder ele utiliza.
→ Hugh Dancy
→ ?

8, Atena: trata-se de uma mulher inteligente e grande estrategista de guerra, possuindo sempre bons planos e tendo armadilhas em mente. Raramente luta, mas quando o faz é feroz.
→ Julianne Moore
→ Mimetismo em diamantes, mimetismo aerocinético

9, Gregory: é um rapaz tímido e atrapalhado, sempre visto desenhando e que se mantém o máximo o possível longe das pessoas por gaguejar um pouco quando nervoso – ou seja, o tempo todo.
→ Ross Lynch
→ Mimetismo em pedras

12, Farrah: colorida, sempre está com cabelos mudando de cores e suas vestes são as mais chocantes de toda a cidade. Chamativa, escandalosa, mimada e de língua afiada, possui grande senso de moda e não gosta de sujar as mãos em batalhas, preferindo conquistar soldados e fazê-los lutarem por ela.
→ Farrah Moan
→ Controle de feromônios, mimetismo em animais venenosos

17, Homem-Espantalho: é um homem enorme com dois metros de altura, no lugar de sua cabeça há um saco preto ou pano, depende de quem ele quer assustar; por vezes assume uma cabeça de feno. Seu corpo não possui sangue e ao invés disso possui apenas feno.
→ ?
→ ?

21, Lily Santos: é uma mulher escandalosa, sempre usando dildos ou trepando, gritando feito doida e chamando a atenção.
→ Lily Santos
→ Nenhum poder

Valentin Lancaster
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12/04/2019

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Mensagem por Valentin Lancaster Ter Jun 04, 2019 8:38 pm

O medo é algo poderoso e sempre foi. Ele é capaz de impulsionar até o mais covarde dos seres a enfrentar monstros e vencê-los. A sobrevivência é um fruto do medo, o qual costumamos chamá-lo erroneamente de “medo irracional”. Ora, se ele é irracional então somos todos bobos em estarmos vivos! O medo é aquilo que nos faz encontrar coragem nos locais mais recônditos de nossas almas, é a capacidade de fazer um lápis ou uma pedra uma arma mortal capaz de esmagar cérebros, tudo em nome da vida. Como teríamos chegado até aqui se não fosse pelo medo? Há muitos e muitos anos atrás, nos escondemos como ratos nos subterrâneos enquanto o mundo era consumido pelo fogo. Nós sobrevivemos junto às baratas e agora somos o topo da cadeia alimentar, todos dotados de poderes, denominados inteligentemente de individualidades.

Somos seres individuais, não somos? Temos inúmeros espectros que formam uma figura maior, sendo cada sorriso, cada fala e cada ato apenas uma pequena peça do quebra-cabeças. Somos egoístas, seres inferiores movidos pelo ego e sendo reféns de nossos desejos. Mesmo com todo esse tempo tendo se passado, eu continuava percebendo que velhos hábitos não morriam. Tínhamos classes sociais, desemprego, miséria e fome. Claro, não era difícil ver o imperador desfilando e distribuindo comida e ouvindo as lamentações dos pobres, mas ele era apenas um homem no final das contas.

Só uma pessoa não era capaz de mudar o mundo. E para a sorte do mundo eu era milhares em um.

O submundo

— Deveríamos aplicar um plano de contingência. Há muitas variáveis que deveríamos pensar sobre. — Em seu terninho negro e com os fios ruivos amarrados num coque, Atena cruzou os dedos, os braços na comprida mesa oval.

Estávamos todos nós, minhas personalidades e eu, numa sala ampla que mais parecia um galpão abandonado, com janelas enormes que não revelavam nada lá fora. Aquele era o submundo, o meu mundo subconsciente onde moravam todas as minhas personalidades. Era preciso cuidado, pois sempre que eu descia para lá meu corpo ficava vulnerável e, por esse motivo, eu fazia isso quando ia dormir em Le Ange, protegido de perigos exteriores.

A mesa era obviamente enorme, pois éramos vinte e oito indivíduos. Reuniões como aquelas não eram comuns – até alguns dias atrás, eu sequer sabia da existência do Submundo, somente vindo a descobri-lo após a revelação de uma profecia prevista por minha bisavó. Graças a ela, pude encontrar esse lugar e então passei a organizar todas as minhas personalidades. Geralmente elas tinham seus próprios quartos, ou setores, tendo todas elas um elevador no qual somente uma podia subir e, ao chegar no topo, precisavam de minha permissão para abrirem a porta e assumirem o controle. Por causa dessa organização não tinha mais nenhum surto faziam-se semanas.

— Mas deveríamos realmente colocar esse plano em prática? Digo, podemos sim melhorar a vida da população exilada de El Diablo, mas isso não significa que eles irão adorá-lo ou sequer olhar com gratidão para você, Valentin — contestou o doutor Nathaniel, ajeitando os seus óculos e sorrindo sem jeito com seus lábios finos realçados pela barba negra e fina, bem aparada como sempre. — Sabemos que você faz isso pela sua incessante busca de um propósito e um sentimento maior de pertencimento. Isso pode ser muito nocivo para os seus sentimentos, talvez deva se afastar de Thomas, hm?

— O que o Thomas tem a ver com isso? — argumentei, ou melhor, tentei, porém ri sem jeito e me entreguei. Era verdade que eu ainda tinha sentimentos por ele, mas isso não tinha nada a ver com o assunto.

Eu havia reunido todas aquelas mentes próprias e independentes no intuito de pensar numa forma de fazer El Diablo prosperar. Eu queria ajudar a população e tinha certeza de que todas aquelas pessoas poderiam me auxiliar nessa tarefa. A maioria parecia interessada, mas nem todos compartilhavam do meu entusiasmo e preocupação.

— Por que se preocupar com eles? Você nem é de lá! — retrucou Farrah, dando uma jogada de cabelos e bufando. — Eu já estive lá uma vez e então posso afirmar com toda a certeza: foi horrível. Vocês não fazem ideia. — Ela pôs seus dedos finos cobrindo os lábios e começando a chorar de verdade. Rolei os olhos. Fresca.

— Não precisa rolar os olhos para a moça, cara, se quiser pode ir na minha sessão depois, meu bem. Posso te confortar. — Confiante, Henry mordiscou o lábio inferior e deu um rosnado ao mandar um beijo para Farah, que arfou e fez cara de nojo exprimindo um “argh”. Gregory, com suas feições joviais e jeitinho inocente, riu, abafando a boca com suas mãos. Ele recebeu um olhar do brutamontes, fazendo-o encolher-se com medo.

— Sacrifício! — falou o Homem Espantalho, sendo aquela a única palavra que ele conseguia falar.

— Gente, vamos nos concentrar no que importa: ajudar as pessoas. Precisamos cumprir com a profecia que minha bisavó teve sobre mim. Ela fala que eu posso ajudar o mundo desse modo! — falei incisivamente, batendo as pontados dos dedos na mesa enquanto recebia a atenção de todos.

Lily, vestindo um uniforme constituído de saia curta e top, gargalhou, entreolhando-se com Farrah, que começou a rir também. As duas foram silenciadas por Atena, cuja superioridade e olhar crítico as fez se calarem imediatamente. Seja pela idade, presença ou sabedoria tática, ela sempre era escutada e respeitada. Mais do que eu, infelizmente, que falava e só era ignorado ou caçoado por isso.

— Somos vinte e oito pessoas aqui dentro, vocês querendo ou não. Precisamos arranjar um modo de ter um propósito, de seguir esse destino. A velha Lancaster cita todos nós, não é apenas Valentin o escolhido para se tornar um grande cavaleiro e salvador. Eu geralmente sou muito cética, porém eu confesso que os fatos são muito verossímeis para serem ignorados. Precisamos fazer algo a respeito. — Atena mantinha a calma e a neutralidade em seu tom de voz, seus olhos esboçavam nenhuma emoção enquanto ela fitava cada um de nós, pondo juízos nas nossas cabeças.

Eu sempre havia me apoiado no legado de meu pai. Havia ingressado na tropa expedicionária como uma forma de extravasar o meu luto pela morte dele. Durante anos e anos, me concentrei apenas na tarefa de prosseguir com a profissão de meu pai, mas agora o que eu iria fazer quando descobrira que ele não era o herói em trajes dourados e montado num cavalo branco? Como continuar vivendo num mundo onde haviam tantas injustiças e problemas? Precisávamos ajudar as pessoas, tirar os criminosos das ruas e deixar nem que fosse uns 10% El Diablo mais segura.

— Se quer proteger El Diablo, você poderia eliminar as ameaças. Você é um soldado, não é? Pode tentar convencer os guardas civis a protegerem as ruas do distrito, já que ele é esquecido por todos. Thomas não mata bandidos diariamente? Ajude-o, ora! — Nyx, com um longo vestido branco cuja cauda se arrastava pelo chão, mantinha suas unhas compridas tamborilando a mesa de mogno, seus longos fios castanhos soltos e caindo em cascatas nos ombros. Como sempre, provocativa. — Faço questão em matar aqueles homens nojentos. Eles merecem. — Com seus olhos castanhos semicerrados, ela sorriu de canto maliciosamente.

Suspirei, coçando minha nuca sem jeito e levando em conta a ideia de Nyx. Certo, ela era uma psicopata misândrica, mas a sua ideia fazia muito sentido. El Diablo era considerado o pior distrito justamente por ser o mais infestado de criminosos e o menos patrulhado. E se todos nós nos juntássemos e limpássemos o lugar, deixando-o tão protegido quanto Kaleo e Vlitra? Poderíamos equilibrar a balança. Assenti para todos, pondo-me de pé enquanto dava uma última olhada para Atena que, em sua fria emoção de orgulho, deu um mínimo sorriso para mim antes que eu partisse. A passos rápidos, alcancei o elevador e apertei em seu botão, logo o mesmo subia enquanto eu assumia o controle de meu corpo e despertava no mundo real.

***

El Diablo era uma terra fértil, cheia de boas pessoas que viviam oprimidas e sofrendo com o descaso do governo. Se eu ao menos tivesse a chance de exterminar nem que fosse uma máfia, pelo menos uma das maiores, eu conseguiria equilibrar as coisas e eu estaria fazendo a coisa certa por todos. Pelo bem maior.

Em Le Ange, peguei arma nenhuma, vide que eu era o meu próprio arsenal vivo, graças aos meus poderes de modelar e retirar partes do meu corpo para usos dos mais diversos. Eu conseguiria, eu seria capaz. Repetia para mim mesmo durante todo o percurso, até que cheguei aos portões velhos e mal aproveitados de El Diablo, onde olhei para trás e vi os guardas em Kaleo fazendo as suas patrulhas, sem sequer olharem para cá, do outro lado do portão. Exalei o ar de meus pulmões, maneando negativamente a cabeça. Não tinha tempo para pensar nisso. Ziguezagueando as ruas do distrito sujo, tocava em algumas pessoas para ler suas memórias e buscar qualquer tipo de informação referente a máfias em ascensão. Alguma deveria ter atraído as atenções do povo.

Até que encontrei algo.

Eles se denominavam Serpentes Californianas, usando roupas com um desenho de serpentes laranjas imitando a areia de um deserto. Aparentemente eles haviam conseguido, de algum modo, visitar o estado da Califórnia nos Estados Unidos e lá enfrentaram serpentes gigantes e sobreviveram para contar história. Por causa disso, usavam casacos feitos das escamas das cobras e se orgulhavam disso, se julgando invencíveis. Para a falta de sorte deles eu podia ser todos os animais do mundo. Eles tinham uma casa de três andares feita de concreto, divergindo das construções simplistas das residências e lojas feitas de madeira ou terra. Possuíam uma estátua de cobre de serpente no frontão acima da porta e nem se importavam em deixar um vigia armado, em mãos um rifle.

Do outro lado da rua, permaneci sentado na varanda do bar cuja única bebida era uísque. Observei-os, vendo suas janelas fechadas e com grades. A única porta de entrada era a da frente, pelos fundos era inacessível por conta de o quintal ser com muros altos e ser ali onde os homens recebiam neste exato momento uma entrega de armas e drogas. Pelo o que eu havia notado, eram de quatro e sete homens só nos fundos. Então a melhor entrada seria a da frente. Certo, então. Virei a dose e então entrei no bar me dirigindo ao banheiro. Transformando-me numa mosca, saí do local e fui para a casa das Serpentes.

Era sempre estranho ser um animal por completo, mas eu tentava apenas me concentrar no meu objetivo e, claro, não sentir nojo da minha forma atual. Esgueirando-me pela rua, atravessei-a e então sem dificuldade alguma passei pelo guarda e então entrei no lugar pela porta da frente, cuja porta dupla estava aberta. Haviam dois homens conversando e jogando cartas tranquilamente, enquanto mais para a frente, no quintal, mais seis descarregavam carruagens cheias de caixotes com armas e drogas. No primeiro andar haviam dois caras transando e mandando ver, haviam alguns que dormiam e era no terceiro e último andar que estava o meu prêmio: os três líderes daquela máfia, avaliando com olhos ferinos uma “prostituta” que não deveria ter mais do que treze anos. Ao todo haviam dezessete homens daquela organização ali.

Fui para um dos quartos e voltei ao normal, criando roupas para o meu corpo e então me transformei num dos homens do descarregamento no quintal, imitando toda a sua aparência e voz. Não havia tido a chance de tocá-lo e imitar sua personalidade e memórias, entretanto deveria ser o suficiente. Bati na porta do quarto dos três chefes e um dos cinco amiguinhos deles veio a mim, olhando-me de cima a baixo com visível cara de poucos amigos.

— Chefe, houve um problema. Uma caixa a menos. Pode vir comigo? O entregador falou algo sobre só liberar ela com vocês. — Falei, imitando a voz neutra do bandido, e então um dos três chefes saiu de sua mesa, vindo até mim.

— Certo, vamos. — Ele me acompanhou pelos corredores e a porta foi fechada atrás de nós. Enquanto caminhávamos para o corredor rumo às escadas, transformei minha mão esquerda numa lâmina, enfiando-a num golpe rápido na jugular do homem. Ele sequer teve tempo de reação, o sangue rompeu do corte como uma represa quebrada e o líquido rubro se espalhou enquanto eu retornava à minha forma verdadeira.

— Nunca mais vão perturbar El Diablo. — Sussurrei para o homem enorme e de barba grossa, que tombou contra a parede e começou a escorregar pela mesma, seus olhos perdendo o seu brilho vital. Estava feito. Foi então que notei que eu estava sendo observado. Com a porta aberta, um jovem magricela e um dos acompanhantes dos chefes, me via e estava com os olhos arregalados.

— INVASOR! — berrou ele e, com ódio, inflei meu peito de raiva e estendi o meu braço direito na sua direção, alongando-o por todo o corredor graças a elasticidade e transformei as pontas de meus dedos em afiadas lâminas flamejantes, enfiando-as no peito do rapaz.

Mas o caos já havia sido instaurado. Os dois líderes permaneceram em seus quartos e um homem alto e negro saiu, apenas. Como sempre, covardes. Ele veio correndo em minha direção. Ele era tão pesado que o chão rangia e rachava diante de cada passo dele que, agora, corria na minha direção. Manipulando minha densidade corporal, me tornei mais resistente e pesado, o que me garantiria força o suficiente para aguentar apanhar daquele brutamontes. Seu soco foi certeiro e tentei me esquivar, mas seu outro punho encontrou meu peito, me atirando para longe e me erguendo do chão com o impacto. Minhas costas se chocaram contra a parede e a mesma não suportou, quebrando-se em inúmeros pedaços enquanto eu era jogado em um quarto.

Mal tive tempo de me colocar de pé; fui pego pelos cabelos e erguido do chão, recebendo inúmeros socos e sendo atingido por um último que me jogou longe de novo. Posso jurar que senti dor, mesmo estando com a minha densidade tão alta que eu não poderia ser erguido nem por dez homens. Mas por aquele gigante de mais de dois metros eu podia ser levantado, pelo visto. Ouvia o som de passos apressados vindos das escadas. Precisava acabar com aquele gigante ou iria me foder feio. Usando minha elasticidade, estiquei meu braço e transformei-o numa lança, esticando-a até o peito do homem, acertando em cheio o seu coração e transpassando-o. Ele tombou de joelhos no chão, fechando os olhos bem na hora em que puxei com a elasticidade o braço/lança para mim e usei o enorme corpo do homem como defesa para a chuva de tiros. Desfiz a lança, segurando com força o gigante para defesa e então me tornei intangível, passando direto pelo corpo e vendo que haviam quatro homens atirando.

A primeira coisa que fiz foi descer e sumir no chão, ficando no primeiro andar e então surgindo atrás deles, enfiando minhas mãos – que eram lâminas afiadas – em suas cabeças. Chutando o primeiro à minha esquerda e quebrando sua perna com a força aplicada, puxando-a – com um terceiro braço – para mim e em seguida a empurrando contra o peito do homem. Transformei meu terceiro braço em uma espada, arrancando o membro de meu corpo e cravando no peito de um dos homens a espada, em seguida fazendo o mesmo com o outro.

Cansado, me recostei numa parede e então transformei a minha mão esquerda em chamas, passando-a pelo quarto e ateando fogo ao mesmo. E lá no fim do corredor estava o meu oponente, uma das Serpentes. Inspirei fundo, caminhando tranquilamente, até que ele some numa fumaça e surge bem na minha frente, cravando uma faca em meu abdômen e me empurrando contra as escadas. A dor era lancinante, era como um choque que se espalhava por todo o meu corpo. Comecei a rolar pelas escadas, ainda com a faca cravada em mim. Quando finalmente parei, de barriga para cima e com as mãos trêmulas tentando alcançar em vão a adaga, eis que sinto um chute certeiro bem no cabo, cravando a lâmina ainda mais em mim.

Urrei de dor, lágrimas desciam por minha face e me curvei, encolhendo-me em agonia enquanto tentava apaziguar aquele sofrimento. Queimava de dentro para fora, enquanto o ruivo de cabelos curtos e barba enorme sorria. Sádico filho de uma quenga. Arfando, apoiei as mãos no chão e olhei para minha camisa branca, agora vermelha. Ri, piscando o olho para ele e deixando-o frustrado com a minha provocação.

— Você foi vencido, está sozinho. — Abrindo as mãos e estendendo-as para os lados, ele olhou ao redor da sala de estar daquele andar. Haviam homens por todas as partes. Gargalhei, enquanto arrancava a adaga e a lançava longe.

— Não estou sozinho. — Falei, enquanto ia dando a deixa para que outro subisse o elevador e viesse à tona.

Henry

Estalei meu pescoço, apoiando as mãos no solo e curvando minhas pernas para dar um salto e já ficar de pé. Um arrombado do caralho veio na minha direção e dei um soco nele, amassando seu crânio. É, minhas mãos eram de aço. Erguendo meus pulsos para o cara de ferrugem, chamei-o.

— Vem tranquilo, viadinho — provoquei-o, fazendo o homem se teleportar para algum lugar onde ele poderia me atacar de perto. Ele tinha uma faca em mãos, então ele poderia me ferir a qualquer momento. Como saber onde ele iria surgir? Senti ele surgir bem atrás de mim, à minha esquerda, e então, sua faca encontrou meu corpo, agora todo constituído de aço. — Errou.

Segurei-o pelo pescoço, enquanto ele tentava se transportar, porém não conseguia devido ao aperto. Com a outra mão, dei um soco em seu estômago, vingando Valentin e encontrando suas entranhas. Que legal, parecia uma mistura de gelatina! Gargalhei, urrando enquanto puxava suas tripas para fora. Senti alguém jogar uma cadeira nas minhas costas, mas caguei para as outras mocinhas dali e prossegui, até sentir que o cabeça de merda aqui estava morto. Larguei-o no chão, e então abri meus braços, desafiando-os.

— Podem vir, boiolas!

O primeiro foi um rapaz que lançava eletricidade, desviando de um soco seu, segurei-o pelo pescoço e lancei-o contra uma parede. Um rapaz criou um arco feito de chamas e começou a lançar flechas de fogo contra mim, as quais combati com meus braços fortes e resistentes. Eram oito caras, incluindo o último dos chefes das Serpentes. Derrubá-los significava acabar com uma das maiores máfias. O teto acima de nós pegava fogo, o terceiro andar era incinerado e suas chamas desciam pelas escadas e o teto começava a desabar, com vigas sendo destruídas e rachaduras e pedaços de concreto caindo o tempo inteiro.

Em determinado momento, dois subiram em minhas costas, os quais esmaguei ao pular e cair de costas no chão. Um outro veio com minhas transmutadas em garras nojentas e segurei-as, quebrando suas unhas graças ao aço que era minha pele. Dei uma cabeçada no homem careca e cujos olhos eram de cor totalmente vermelha, dando dois tapas com as palmas abertas e esmagando seu crânio. Pondo-me de pé, ergui os punhos e foi então que senti uma forte onda elétrica atingir meu corpo metálico, fazendo-me curvar o corpo e cair de joelhos, grunhindo de dor. Até que de repente meu mundo se apagou.

Samuel

Agarrei a arma de um dos homens, atirando contra a testa de um deles. Eu era um dos melhores atiradores de todos e eu não iria simplesmente deixar que fôssemos vencidos desse modo tão estapafúrdio. Seja o que fosse essa palavra, Atena falou ela mais cedo e achei bonita de se usar. Enfim, pulei e usei o corpo de um dos caras como escudo e, fechando um olho e usando como mira, atingi as pernas e em seguida os olhos de mais dois caras. E então só restava o chefão e eu.

— Atira bem. — Elogiou o homem, de cabelos compridos, lisos e negros, com uma espada em sua mão. Ele parecia confiante, mesmo tendo todos os seus homens mortos e caídos.

— Mas se garante numa luta de espadas? — o homem me jogou uma espada. Eu não fazia ideia de como usar aquilo. Dei de ombros e, enquanto via ele fazer inúmeras piruetas e movendo sua espada a uma velocidade quase sobre-humana, suspirei e então dei um tiro certeiro em sua testa.

— Pronto, tudo certo. — Cruzei os braços, porém logo notei que tudo estava quase prestes a desabar e, segurando meu chapéu de cowboy, saí correndo apressadamente dali.

Valentin

Cambaleante e com uma mão no ferimento, saí e encarei o edifício em chamas. Suas drogas e armas seriam destruídas e nada mais iria sobrar para contar história. A população finalmente estaria a salva. Haviam outras máfias, mas eu poderia destruí-las como fiz com as Serpentes Californianas. Eu poderia salvá-los. Saí do prédio em chamas e me vi rodeado por pessoas, todas com expressões de medo, receio e hesitação.

— Não se preocupem, eu sou um amigo. Eu destruí essa máfia e irei fazer isso com todas. Vocês estão seguros. — Garanti, até que uma senhora zombou disso com uma gargalhada.

— Tirou o posto das Serpentes Californianas somente para cedê-lo a outros piores. Eles pelo menos davam comidas para nós em troca de alguns serviços, mas a segunda maior máfia era dos Canibais. Como o nome já diz, eles são canibais. E graças a você agora eles são o número um. — Acusativa, a velhinha de voz rouca me apontou seu dedo esquelético, e então todos passaram a me culpar.

— Os Canibais vão nos massacrar, eles são piores que as Serpentes Californias!

— Seu merda, por que você fez isso?

— Idiota! Nos condenou!

Fiquei em choque, boquiaberto e imóvel, até que comecei a sentir meu corpo ser atingido por pedras. Eles estavam me apedrejando? Eles estavam me apedrejando! Comecei a chorar, me agachando e tentando resistir, mas eu mal conseguia usar os meus poderes agora, estava perplexo com a ingratidão do povo e não havia uma forma correta de fazê-los verem que tudo o que fiz foi ajuda-los.

— Esperem! — gritei, transformando meu corpo em chamas e incinerando minhas vestes no processo, sobrevoando acima do solo. Eles recuaram, temerosos. — Eu só tentava salvar vocês do crime que permeia esse distrito.

Eles nunca iriam me respeitar, eu queria ajuda-los, salvá-los do medo que as máfias proporcionavam. Eles só conheciam o medo, eles só sabiam o que era dor e gostavam dela. Comprimindo os lábios, olhei para cada um deles. Eles nunca iriam aprender, eles nunca iriam se sentir satisfeitos. Tudo o que eles conheciam era apenas o medo. Não podia continuar tentando salvá-los, não quando eles me julgavam e preferiam gangues, máfias, criminosos e malfeitores menos ruins no poder ao invés de gente alguma os comandando pelo medo. Só havia um único jeito de fazê-los entender.

Voltei ao normal e, ainda levitando, vesti-me de negro e transformei meu braço num machado, lançando-o na direção da população e quase acertando os pés de um deles. O homem recuou, me olhando com medo. Isso! O medo iria fazê-los me entender.

— Eu salvei vocês! — elevei minha voz, fazendo-me ser ouvido. — Destruí as Serpentes Californianas e eu irei destroçar os Canibais e todos aqueles que se oporem contra El Diablo. Os inimigos desse distrito e de todos os outros são os meus inimigos também. Irei protege-los e nada, absolutamente nada, vai fazê-los esmorecer. Eu quero protege-los e é isso que eu farei.

— Os guardas nem pisam aqui, e você é só um, não pode contê-los. São muitos criminosos, rapaz. — Comentou um outro morador, fazendo-me sorrir de canto.

— Nós somos uma legião, meu bom homem, somos mais numerosos que todos vocês aqui à minha volta. Iremos protege-los. — Falei, com todas as outras vinte e sete vozes dentro de mim se unindo à minha.

Eu não estava mais sozinho, e ninguém em El Diablo estaria sozinho.
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12/04/2019

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Mensagem por Deva Sex Jun 07, 2019 11:38 am

AVALIAÇÃO
Como sempre, saiu-se muito bem. Apesar de a sua missão anterior já ter sido satisfatória, senti uma certa melhora desta com relação àquela, o que é muito bom.

Adorei o modo como desenvolveu o submundo, um lugar para colocar tantas personalidades com tantas perspectivas diferentes em ordem. Quando se fala em múltiplas personalidades, é normal ver certa dificuldade para apresentar cada uma sem fazer com que todas pareçam a mesma, e não encontrei essa dificuldade aqui; Nyx, Atena, Samuel e até o Espantalho claramente tinham pontos de vistas diferentes, você colocou isso à mostra de um jeito bem interessante.

A única coisa que incomodou um pouquinho foram alguns momentos das cenas de luta, que por vezes pareceram apressados demais, técnicos demais. Muita coisa acontecendo na mesma frase, como "A primeira coisa que fiz foi descer e sumir no chão, ficando no primeiro andar e então surgindo atrás deles, enfiando minhas mãos – que eram lâminas afiadas – em suas cabeças.". Mas, ainda assim, não comprometeu a leitura como um todo – e eu gostei muito dela no geral.

O enredo foi bom assim como o desenvolvimento, e particularmente gostei do final. Sem mais, o total da avaliação não poderia ser diferente de 2000xp, que já estão adicionados à sua ficha.
Deva
12

25/03/2019

Deva

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