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Terra suja
Terra suja
Terra Suja
— O ouro o veste são bem, senhor Osíris. — As palavras da serviçal soavam dentre o sorriso nos lábios, claramente forçado. A inveja detrás aos olhos de ébano da mulher de características latinas, ela encarava os adornos dourados nas vestes do príncipe da família Gottschalk e herdeiro ao trono do senhorio da moeda. — Seja mais ligeira, Alma. — A frequência grave da voz ecoou nas paredes e no interior do cômodo — o quarto do rapaz. Virando-se sobre o ombro, a silhuete se mostrou reconhecível. — Não quero que meu filho chegue atrasado no banco. Será um grande para dia o futuro economista do império. — Perceptível orgulho nas falas do mais velho, quem fez questão de se aproximar e acariciar os fios negros do jovem.
— Me desculpa, senhor Hórus! — Acelerou-se de imediato durante a chegada do líder. O suor frio, temente a ele, correu pelo canto da face, enquanto os dedos terminavam de vesti-lo. Tapas sem força, apenas tinham a serventia de desamarrotar o tecido.
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Há poucos metros da saída da área residencial dos dourados, o cocheiro alisava o par de éguas cor de avelã. — Bom dia, senhor Hórus e senhor Osíris. — Bem trajado em vestimentas formais e uma cartola para esconder as entradas nos cabelos branco, o Willy Sem-Dente cumprimentou tanto o pai, quanto o filho. Diferente da senhora de meia idade de outrora, o dono da carruagem continha o sorriso nitidamente na voz, sempre contente e cortês com a presença de ambos; servia à família desde a infância de Hórus. — Para Kaleo no Banco Central, certo? — Por via das dúvidas, fez questão de indagar, apesar de ser o trajeto.
— Exatamente, Willy. — Arrastando o pequeno compartimento de vidro, já dentro do cubículo do veículo fechado não-motorizado, Hórus expôs a cabeça ao exterior e o respondeu. — Mas, não precisa correr hoje. Sem pressa. — Trouxe à tona lembranças do cocheiro incentivando os equinos a galoparem sem freio, quase atropelando alguns em meio à viagem da capital de Calipso até o pólo comercial.
Ambos caíram na gargalhada por míseros segundos, até Willy recompôr o fôlego e mandar nas rédeas. Vagarosamente e em baixa velocidade, avançavam na manhã de segunda-feira. Moviam-se até o banco, ambiente profissional do senhor da moeda.
As instruções
Siga as instruções e informações listadas abaixo. Dúvidas envie por MP. - Você, Osíris, terá de interagir nas duas passagens e situações. Primeiramente, com a mulher que ajudava a vesti-lo e seu pai foi verificar o porquê de tanta demora. Já o segundo caso é dentro da carruagem, conversando com o cocheiro e Hórus também.
- Terminando de atender essa demanda, você tem a possibilidade de interagir unicamente com Hórus, perguntando o que vão fazer hoje no Banco Central de Ferro — considere que, assim como em OFF, o personagem não sabe. Lembrando que é apenas um exemplo, não limite-se a ele.
- A sua postagem, então, deve ser finalizada na chegada do objetivo do momento, mas evite entrar em detalhes a respeito. Só diga que chegou e pronto, é o suficiente e o preferencial.
- Perdão pela demora, vida corrida. Enfim, em relação a prazos, lhe darei 5 dias para postar, eu terei o mesmo prazo para respondê-lo. Está válido a partir do exato instante, finalizando nas 23:59 do dia 26/06.
Última edição por Samsara em Qua Jul 01, 2020 10:23 am, editado 1 vez(es)
Iscariotes
273
18/11/1998
07/12/2012
25
Terra suja
Re: Terra suja
O COMEÇO:
Descendente dos Faraós
Osíris Gottschalk
Descendente dos Faraós
Osíris Gottschalk
Osíris estava meio aéreo aquele dia. Desde que seu pai havia dito sobre seu compromisso no Banco Central sua cabeça começou a maquinar inúmeros motivos sobre a sua ida a instituição financeira do reino, seu pai até então não havia explicado com detalhes o que iam fazer de tamanha importância lá. De fato o herdeiro dos Gottschalk não sabia com detalhes o que acontecia no trabalho do seu pai, mas era de se imaginar que um treinamento maior e mais rigoroso ia começar em breve.
A serviçal estava ajudando o primogênito a se vestir conforme manda o rigor da nobreza. Osíris não se importava muito com isso, na verdade, tamanha regra e etiqueta o incomodava, por mais que ele amasse como ele ficava repleto de adornos dourados, sua vaidade exalava em alguns momentos. Ele percebeu a inveja com que Alma o olhava e aquilo o marcou. Era cercado de riqueza, mas não podia dizer ao mesmo sobre os outros.
_Obrigado, Alma, fico feliz pelo elogio. Isso demonstra seu bom gosto_ respondeu o garoto com um sorriso tímido.
Seu pai entrou furioso no recinto, preocupado com o horário e aquilo deu alguma felicidade a Osíris. Apesar de amar seu pai, ele era um pouco ressentido sobre como ele era tratado diante do caçula. No entanto, ele era o herdeiro legítimo e por isso conseguia ver um pouco da ansiedade e alegria do pai em incluí lo nos serviços da família. Emoções conflituosas de certo remexiam no peito do jovem.
Ele agradeceu a serviçal e se dirigiu com seu pai, agora já vestido como manda o figurino, para a carruagem que iria lhe levar até o local. O cocheiro parecia mais alegre que a mulher de antes e por isso Osíris o cumprimentou com maior afinco. Depois entrou na carruagem e ouviu seu pai falar que o rapaz não precisava correr.
_O senhor não havia dito que precisavamos nos apressar? Além de misterioso está cheio de contradições não é?_ disse Osíris fazendo uma piada.
Ele seguiu em silêncio até chegar perto do destino deles: o banco central. Ele era uma construção linda e resplandecente, algo que não poderia esperar menos de uma instituição comandada por descendentes faraônicos não é mesmo? Ao chegar lá a inquietação do primogênito era visível.
_Pode me dizer do que se trata essa visita? Ou posso vasculhar sua mente pra saber? Sempre há essa opção_ disse o garoto sério na primeira parte e mal conseguindo conter o riso na última parte.
O garoto não gostava de usar seus poderes à toa, apesar de amar eles, por isso sabia que seu pai ia entender a piada. Além disso, ler a mente de seu pai seria um desrespeito se acontecesse de verdade e ele estava longe de querer irritar o velho. Mas aquela piada o atiçou. Uma vez que ele não sabia o que iria acontecer ali, todavia podia identificar se houvesse alguém ali perto com intenção escusas.
Osíris Gottschalk
11
13/06/2020
Terra suja
Re: Terra suja
Terra Suja
Neutralidade pairava nos traços faciais do regente dos Gottschalk e do Banco Central de Ferro, exceto com os comentários do primogênitos. Escutando a eles, se viu na necessidade em revirar os olhos quase de imediato, porém, o riso do mais velho quebrou toda a expectativa de cólera momentânea. — A vida tem dessas, meu filho. — Se referiu às tais "contradições" ditas por Osíris que, por sua vez, se referiam à pressa de Hórus e o mando dele pro cocheiro. Os olhos de ébano do maior estiveram, no decorrer do rumo, nas laterais. Avistava, através das portinholas nas paredes da carruagem, o ambiente exterior. Sorriso nos rostos dos indivíduos, os residentes das terras do centro comercial e urbano de Kaleo. Sem sombra de dúvidas, um lugar agradável para se viver. Os Gottschalk, em especial, possuíam mais carinho e afinco com essa parcela determinada de weingartianos, visto que estavam nas proximidades do trabalho deles — o banco.
Enfim, os ruídos do trotar das éguas foram substituídos pelo silêncio. Todavia, o silêncio entre os rapazes se deu ao fim com o questionamento de Osíris. Ele indagava a respeito dos motivos da vida ao local de trabalho do pai. — Bom... — Antes de mais nada, Hórus o encarou. Vasculhar a mente dele seria um crime ético incapaz de perdoar. — Enfim. — Ombros agitados, para cima e para baixo. — Trouxe hoje você para cá, porque quero que se acostume com a rotina de como é trabalhar aqui. — A disciplina nas palavras eloquentes era invejável. — Você é meu herdeiro e, acima de tudo, herdeiro disso tudo. — O indicador apontou para a grandiosa construção cinzenta, na qual estavam diante.
Sendo o primeiro a sair do espaço da carruagem, Hórus logo se direcionou à porta dupla guardada por dois homens da guarda civil. Eles bateram continência, enquanto o homem do banco se aproximavam e tiveram a cortesia em abrir as portas para ele. O gesto com a cabeça agradeceu aos dois rapazes. Já no saguão, o movimento de terceiros era quase nulo, dado o horário matutino. — Vamos direto para minha sala, é lá onde tem que estar mais familiarizado. — O progenitor virou-se até a cria e sobre os ombros mesmo, ele disse.
O sala restrita ao senhor da moeda era grande, o bastante para ocupar boa parte do andar. Cores prateadas, misturadas ao dourado padrão exibiam toda a luxuosidade do ambiente. Iluminada pela luz fraca pregada ao teto para não danificar a visão, os móveis consistiam em, basicamente, uma grande mesa marrom de madeira com duas cadeiras — visitante e residente —, uma parede recheada de bancada para arquivos e uma pequena portinhola fixa na parede contrária. — Me ajude a verificar esses documentos. — Devidamente posicionados sobre o plano da mesa, com o Hórus já sentado em seu canto e no aguardo.
As instruções
Siga as instruções e informações listadas abaixo. Dúvidas envie por MP. - Antes de mais nada, o conteúdo do documento vai ser abordado no próximo post. Só para esclarecer caso tenha qualquer dúvida relacionado a isso — não se preocupe.
- Pode começar o post a partir do momento em que Hórus sai da carruagem e se vai em direção do banco, contigo o acompanhando obviamente. Com a chegada ao saguão, pode citar que ambos foram alvejados por cumprimentos dos trabalhadores locais, questionando com passaram a noite e etc. Conversas cotidianas e comuns.
- Para avançar até a sala do senhor da moeda, localizada no andar superior, tem de ir pela direita e subir as escadarias. Note que há outra escadaria logo ao lado, essa indo para baixo ao invés de para cima. Contudo, grades de metal interrompem o acesso a ela, assim como a porta lacrada e vigiada por outro guarda.
- O segundo andar do prédio é basicamente de serviços internos, auxílios à função do senhor da moeda e na administração do local. A sala dele é no fundo do corredor à direita, destacado por ter uma secretária guardando a entrada junto de outro guarda. Nome dela é Celes.
- Interaja com os elementos citados no interior da sala do senhor da moeda, vasculhe e explore o que um dia será seu. Deixe o documento citado para o final da postagem.
- Sobre o prazo, manteremos a mesma função. Tem até domingo, dia 05 de julho, para fazer a postagem em resposta à narrada. Lembrando que tem até o final do dia para, portanto, até as 23:59.
Iscariotes
273
18/11/1998
07/12/2012
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Terra suja
Re: Terra suja
O COMEÇO:
Descendente dos Faraós
Osíris Gottschalk
Descendente dos Faraós
Osíris Gottschalk
O jovem herdeiro dos Gottschalk nunca se interessou por suas responsabilidades quanto ao que era esperado a ele como o primogênito. Seu enorme espírito libertino e aventureiro achava monótona uma vida onde estivesse preso demais a algo. Entretanto, desde os despertares de seus poderes ele tem se envolvido cada vez mais nos negócios da família.
Inclusive, quando o mesmo ouviu seu pai lhe dizer o motivo de estar aqui ele não se surpreendeu nenhum pouco. Sabia que isso estava para acontecer e estava disposto a cumprir o que lhe era esperado, só não sabia se iria fazer isso de acordo com as normas. Assim, enquanto descia da carruagem e entrava no banco um sorriso se formou em seu rosto.
Aquele era sim, uma tarefa monótona e entediante, no entanto era um mundo novo para ele e uma oportunidade de provar que podia fazer as coisas de acordo com o que ele mesmo queria.
- Ora, senhores, muito obrigado pela cortesia. Fico agraciado com ela, senhores - disse Osíris com sua melhor voz de aristocrata para os soldados ali parados.
O garoto acompanhou o pai até a sala, mas não sem antes dar uma olhadinha nas grades que levavam para o andar oposto ao que se dirigiam agora. Grades e lugares fechados eram interessantes ao garoto, pareciam que atiçavam a curiosidade dele.
Depois da rápida olhada ao local protegido por grades correu em direção a seu pai. Suas passadas ecoavam pelo piso de mármore enquanto ele se apressava para alcançar Horus. Ao chegar próximo a secretária ele fez um pequeno pliê, escondido de seu pai e deu uma piscadinha a moça.
- Muita movimentação hoje, Celes? Como vai? - cumprimentou depois
Antes de sentar no lugar indicado Osíris passeou pelo escritório do pai, passou a mão em alguns livros e observou da janela até a rua e depois conferiu a portinha pequena curioso com aquele adereço. Logo, sentou e começou a encarar os documentos.
- Pai, diga-me, o que mais de interessante aconteceu aqui nas últimas semanas? - disse ele sendo sincera pela pergunta, dessa vez não havia deboche em sua voz.
- agradecimento:
Queria agradecer por entender meus problemas e permiti que eu postasse depois. Grato demais! <3
Osíris Gottschalk
11
13/06/2020
Terra suja
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