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Mensagem por Alistair Renard Sex Jun 14, 2019 12:47 am

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A passagem a seguir é FECHADA AOS ENVOLVIDOS. Os envolvidos são Alistair Renard e Ryan DiMarco. Em LOCAL, por volta das 22 horas da noite. O conteúdo que o texto aborda é SOMENTE PARA MAIORES.

Buscando uma forma de proteger e abrigar os seus dragões, Alistair decide escondê-los nos campos de Vlitra, onde acaba conhecendo Ryan; um fazendeiro que pode vir a ser a salvação do Renard, que quer esconder seus filhos do mundo que os temem e os desejam.

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14/04/2019

Alistair Renard

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Mensagem por Alistair Renard Sex Jun 14, 2019 1:12 am


All the nightmares, They will disappear, As you come near
Não havia sido fácil encomendar aquela carruagem. Recebi olhares desconfiados por parte dos carpinteiros responsáveis pela criação do que eu acabara de pedir: uma carruagem resistente, preferencialmente de ferro e capaz de conter fogo. Claro, recebi olhares de suspeita, porém paguei bem e eles permaneceram de boca fechada e sem perguntas. Provavelmente deviam pensar que eu iria sequestrar alguém, mas aquele não era o caso. Precisava levar os meus dragões embora para algum lugar seguro. Eu havia arriscado a segurança deles, expondo-os no meio de El Diablo e chamando a atenção de todo mundo. Não podia continuar com eles escondidos dentro de um mero quarto de pensão para sempre. Eles tinham cinco anos a essa altura, então eu precisava ter o máximo de cuidado, pois o tamanho deles já era considerável para eles ficarem tanto tempo trancafiados – leia-se: o tempo inteiro, pois não era necessariamente algo normal levar dois dragões com quase três metros de comprimento e dois de altura.

Eu precisava protege-los, cuidar deles como eu havia planejado. Nesses momentos, enquanto os observava comerem alegremente a sua pilha de carne, pensava em como salvá-los. As pessoas viriam atrás deles, o poder deles era devastador e muitos poderiam deseja-lo somente para si. Só de pensar em algum crápula de Calipso desejando ou chegando perto deles já me deixava enojado. Não podia permitir que isso acontecesse. Sendo assim, contratei um senhor de idade bastante sigiloso e, na calada da noite, levei-os até a carruagem, localizada na praça de entrada da pensão, onde eles voaram direto para a enorme caixa metálica e rapidamente tratei de fechar as portas, pondo a mão na porta e fechando os olhos, buscando acalmá-los. “Por favor, se comportem até chegarmos no nosso destino, é para o próprio bem de vocês, meus filhos”, implorei, ignorando o relincho dos cavalos agitados e então assumi meu posto, segurando as rédeas e partindo.

***

Não sabia se Ryan estaria em casa, muito menos se ele ainda estava vivo. Sabia do seu vício em ópio, assim como ele tinha uma vida amargurada e uma péssima fama por seus poderes demoníacos. Deveria ser uma vida desagradável a do pobre loiro, porém ele era uma boa pessoa e eu havia conhecido uma face dele que poucos haviam testemunhado – a da generosidade. Ele me auxiliou a contatar o espírito do meu amado que se fora e, graças a ele, encontrei os dois bastardos responsáveis pela morte de Brandon. Eu devia muito a Ryan, era verdade, e agora eu estava prestes a pedir mais um enorme favor ao loiro.

Estacionando de frente para a porta que levava à estrada de ladrilhos até sua residência, desci com os pés enfiados na lama, protegidos devido às botas. Chovia fortemente, raios rompiam nos céus e iluminava todo o verde de Vlitra com agressividade. Ouvia os sons agudos de indignação de Marte e Júpiter, mas apenas encostei a mão para que eles cessassem – e bem a tempo de ver o loiro vir ao meu encontro, abrindo as comportas de sua fazenda me permitindo entrar na sua propriedade.

— Que bom que me viu, seria horrível ter de arrombar a sua porta. — Ri, apontando para o cadeado um tanto quanto fraco que ele possuía, brincando com a minha reputação de ladrão – o que não era verdade; eu era um espião e um prostituto, nada mais.

Fui até os dois cavalos da frente, puxando-os pelas rédeas e buscando acalmá-los, coisa que não parecia dar muito certo – não sabia se a agitação se devia aos raios rompendo as nuvens negras da noite ou por causa dos dragões dentro de suas gaiolas, irritados e amedrontados pela tempestade. Se ao menos um de nós dois pudesse controlar o clima, ao menos. Nem mesmo minha conexão com eles parecia surtir efeito, pois eles sentiam algo genuinamente amedrontador e, além do mais, estavam trancafiados numa gaiola minúscula e sem janelas.

— Eu preciso da sua ajuda e... — mal consegui terminar de falar; as portas foram derrubadas, ocasionando num som alto de plaft do metal contra a lama que se assomava à nossa volta devido as chuvas fortes. Engoli em seco enquanto Marte e Júpiter saíam lentamente de sua pequena gaiola, rosnando na direção de Ryan, o qual busquei me manter na frente. — Não! Ele é um amigo, não é meu inimigo, quietos!

Eles – especialmente Marte, o dragão negro e de olhos vermelhos, cujo elemento era o fogo – se acalmaram, baixando um pouco a cabeça em um claro sinal de respeito. Respirei profundamente, olhando ao meu redor se mais ninguém existia ali nas redondezas da fazenda do loiro. Certo, não havia mais ninguém ali além de nós dois. Virei-me para o bruxo necromante, sorrindo meio que sem jeito.

— Então, esses são meus filhos. Eu preciso da sua ajuda e eu juro que eu posso pagar, eu tenho dinheiro para lhe ajudar a alimentá-los e a construir um lugar para eles. Eu só preciso que eles fiquem contidos e num local grande o suficiente para eles crescerem. Só disso de que preciso, Ryan. Por favor. — Tentei não soar desesperado, mas quando se tratava dos meus filhos, eu perdia o juízo por completo. Precisava protege-los e eles tinham somente a mim para resguardá-los. Claro, com Ryan cuidando deles, eles precisariam ficar em algum tipo de enorme construção sem janelas e fechado vinte e quatro horas por dia, mas eu podia ensiná-los, adestra-los, e eles sempre obedeceriam aos comandos do necromante – ou pelo menos deixar de feri-los.

De qualquer forma, precisava da resposta do loiro. Com ela, pensaria no próximo passo a seguir. Aproximando-se de mim, os dragões encostaram-se em mim e então alisei o topo árido de suas cabeças, cheias de chifres diminutos.

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Alistair Renard
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